quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Fatos em foco

Ministério do Trabalho garante que a exigência de ponto eletrônico nas empresas – com mais de 10 trabalhadores – entra em vigor no dia 3 de outubro

Hamilton Octavio de Souza - Brasil de fato

Convênio médico
Grande embuste da privatização do setor de saúde, os convênios médicos privados estão hoje massificados e cada vez mais sucateados no atendimento dos conveniados, na exploração dos médicos e na precarização dos serviços prestados. Estão tão rebaixados que, no Estado de São Paulo, conseguiram de presente a reserva de 25% dos leitos nos hospitais públicos para conveniados do setor privado. Por que pagar o convênio privado?

Santa ingenuidade
Até parece um conto de fadas: o Ministério dos Esportes repassou R$ 6,2 milhões ao sindicato dos dirigentes de futebol, o Sindafebol, para fazer o cadastramento nacional das torcidas dos clubes. O sindicato dos cartolas embolsou o dinheiro e não cuidou da contrapartida, mesmo porque não tem competência para tal serviço. Pergunta básica: por que o Ministério liberou o dinheiro sem ter a garantia de que o serviço seria realizado?

Opinião pública
O movimento estudantil chileno realmente colocou o governo neoliberal de Sebastián Piñera contra a parede: pesquisas de opinião indicam que a aprovação do governo caiu para o índice mais baixo até agora, não passa dos 26%. De outro lado, as pesquisas comprovam que 77% da população apoia o movimento dos estudantes – por ensino público e o fi m do lucro na Educação. Aqui no Brasil o ensino privado continua dando todas as cartas!

Socialismo
Dias atrás, num debate sobre as esquerdas, no Brasil, o dirigente de uma organização política tida como sendo de esquerda, mas profundamente atrelada ao governo atual, justificou o apoio a políticas neoliberais da seguinte maneira: o programa máximo é o socialismo, mas como não existe correlação de forças para tanto, o que se faz é acumular forças com o programa de alianças. Será mesmo que se aliar aos ruralistas levará ao socialismo?

Concentração
Já foi o tempo em que cada farmácia tinha um dono, farmacêutico ou não, que se dedicava à atividade para a sustentação de sua própria família. Agora dois grandes grupos empresariais de drogarias controlam 1.400 farmácias em cinco estados. A concentração típica do capitalismo coloca nas mãos desses grupos o que deve ou não ser comercializado, e nos preços que eles bem entenderem. O prejudicado é o cidadão!

Ressocialização
Constituída para apoiar os direitos judiciais e fiscalizar o tratamento e as condições de acolhimento dos presos, a Associação de Amigos e Familiares de Presos, que funciona na Cohab 2, em Itaquera, São Paulo (as.amparar@gmail.com), desenvolve duas campanhas no momento: uma para assegurar a ressocialização digna (com estudo, trabalho e remuneração) e, outra, contra a privatização dos presídios. Força para a Amparar!

Ponto eletrônico
O Ministério do Trabalho garante que a exigência de ponto eletrônico nas empresas – com mais de 10 trabalhadores – entra em vigor no dia 3 de outubro. Os empresários recorreram ao Judiciário para impedir a introdução do registrador eletrônico do ponto, que possibilita ao trabalhador comprovar a jornada de trabalho, horas extras e adicionais legais. Falta agora uma campanha nacional para exigir o registro em carteira!

Saúde pública
Ao elogiar o documentário O Veneno Está na Mesa, do cineasta Silvio Tendler, que mostra os danos causados pelos agrotóxicos no Brasil, o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, Emanuel Cancella, afirmou: “A única entidade de visibilidade nacional e internacional que faz campanha em defesa da saúde dos brasileiros, denunciando o uso indiscriminado de agrotóxicos e transgênicos, é o MST”.

Direito humano
Movimentos sociais e populares lançaram, dia 5, na Câmara Municipal de São Paulo, o Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça, que tem por objetivo fortalecer a luta pela instalação da Comissão da Verdade, prevista no Projeto de Lei Federal 7.376/10. O comitê defende a “apuração das circunstâncias, das responsabilidades e punição dos autores” dos crimes praticados pelo Estado durante a Ditadura Civil-Militar (1964-1985)

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