segunda-feira, 2 de maio de 2011

A morte de Bin Laden e o triunfo do “Comandante Obama”

A morte de Bin Laden ocorre alguns meses antes de se completarem dez anos do atentado que destruiu as Torres Gêmeas de Nova York, em 11 de setembro de 2001. Obama sublinhou a palavra “eu” quando disse que ele mesmo deu a ordem de lançar o ataque contra o santuário onde Bin Laden estava refugiado no Paquistão. Ele transformou-se no presidente que liquidou o inimigo número um da superpotência. Na madrugada desta segunda-feira, conservadores e liberais, direitistas e progressistas dos EUA, festejavam nas ruas a vitória do “comandante Obama” que conquistou um grande trunfo para sua reeleição em 2012. O artigo é de Martín Granovsky.
O novo diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), que acaba de ser proposto por Barack Obama, o general David Petraeus, será confirmado pelos senadores. Se restava alguma dúvida, seu último posto foi o chefe das forças da OTAN no Afeganistão. Assumirá como diretor da CIA com o troféu de Osama Bin Laden morto e as mãos livres para reforçar as operações militares encobertas.

Petraeus foi o arquiteto das operações de George Bush no Iraque e, nos últimos anos, apoiou os ataques contra bases da Al Qaeda não só no Afeganistão, mas também no Paquistão, onde Bin Laden foi morto. A morte de Bin Laden ocorre alguns meses antes de se completarem dez anos do atentado que destruiu as Torres Gêmeas de Nova York, em 11 de setembro de 2001. Em termos práticos e simbólicos, a operação da CIA confirma que Washington se aproxima do ponto de deixar o lugar de primeira potência econômica nas mãos da China, mas segue sendo a primeira, longe de qualquer outra, em capacidade de uso da força, incluindo aí operações de contrainsurgência.

Por isso, Obama, no discurso realizado na noite de domingo, lembrou que o ataque foi dirigido contra as Torres Gêmeas e também contra o Pentágono, na primeira agressão externa contra território norteamericano em sua história. Por isso, também, recordou que deus instruções a Leon Panetta definindo que a missão principal da CIA era encontrar Bin Laden vivo ou morto. Uma mensagem de gratificação e, ao mesmo tempo, de respaldo: Panetta foi designado e está por assumir como ministro da Defesa, onde deverá diminuir brutalmente o gasto militar e reorientá-lo. Também é chave no discurso a menção aos oficiais encarregados de operações encobertas: “Ninguém conhece seus nomes, mas o povo norteamericano deve estar agradecido a eles”, disse o presidente que assumiu no dia 20 de janeiro de 2009, e no final do ano que vem lutará para ser reeleito e iniciar outro mandato em 2013.

Obama sublinhou a palavra “eu” quando disse que ele mesmo deu a ordem de lançar o ataque contra o santuário onde Bin Laden estava refugiado no Paquistão. Ele transformou-se no presidente que liquidou o inimigo número um da superpotência. “Não vamos tolerar que nossa segurança seja ameaçada”, disse Obama.

O Washington Post anunciou, antes da notícia do assassinato de Bin Laden e ao comentar a nomeação de Petraeus, o começo de um período com “uma CIA cada vez mais militarizada”. Petraeus dirigiu a guerra do Iraque, um país governador pela tirania de Saddam Hussein que não era albergue de terroristas nem defendia o fundamentalismo islâmico. Logo em seguida, dirigiu a guerra do Afeganistão. O Washington Post assinalou que ser diretor da CIA significa, para Obama, liderar a terceira guerra: o combate, mediante operações encobertas ou dirigidas contra alvos específicos no Paquistão. Desde que o atual presidente assumiu, houve 192 ataques com mísseis em solo paquistanês, com um registro de 1890 terroristas ou suspeitos de sê-lo mortos.

Uma volta da história parece ir se completando. Obama acaba de anunciar o corte de impostos para os mais ricos, uma medida que vai no sentido inverso de sua promessa de voltar à sociedade menos desigual dos anos 60. E, com a morte de Bin Laden, obteve uma vitória no campo que parecia o seu flanco mais débil: o militar. Nesta madrugada, conservadores e liberais, direitistas e progressistas dos EUA, festejavam nas ruas a vitória do “comandante Obama”.
Fonte: Martín Granovsky - CM
 

Gasolina e batata puxam nova alta da inflação, mostra FGV

IPC-S acelerou de 0,80% para 0,95%.
Gasolina subiu em média 5,98% nas 4 semanas terminadas em 30 de abril.

A inflação calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) voltou a acelerar nas quatro semanas encerradas em 30 de abril, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador, que ficara em 0,80% na semana anterior, passou a 0,95%.
A gasolina e a batata-inglesa foram os itens que mais pesaram: o combustível ficou 5,98% mais caro, enquanto o preço da batata subiu 30,68%. Também pesaram as altas do álcool combustível (10,47%), do leite longa vida (3,82%) e da manga (23,31%).
Com o resultado da última semana, o IPC-S acumula alta de 3,46% no ano e de 6,05% nos últimos 12 meses.
Entre os grupos que compõem o IPC-S, alimentação voltou a apresentar aceleração, passando de 0,91% para 1,04%, com destaque para hortaliças e legumes (de 3,71% para 4,20%), panificados e biscoitos (de -0,43% para -0,22%), laticínios (de 2,12% para 2,51%) e carnes e peixes industrializados (de 0,74% para 1,16%).
Também ficaram maiores as taxas dos grupos transportes (de 1,82% para 2,10%), despesas diversas (de 0,53% para 0,81%), vestuário (de 1,06% para 1,34%), saúde e cuidados pessoais (de 0,87% para 1,10%) e habitação (de 0,38% para 0,47%).
Em sentido contrário, apenas a taxa do grupo Educação, Leitura e Recreação perdeu força, recuando de 0,36% para 0,32%. “A principal influência para este movimento partiu do item passagem aérea, cuja taxa passou de 3,08% para -1,04%”, diz a FGV em nota. (G1)

Oposição fraca é indesejável, diz Gilberto Carvalho

O ministro participou hoje das festividades de 1º de Maio das centrais sindicais unificadas, em São Paulo
O enfraquecimento da oposição não é desejável em uma democracia, disse hoje o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. O comentário foi a resposta ao questionamento de jornalistas em relação à criação de um novo partido, o PSD, formado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
De acordo com o ministro, "esse rearranjo (criação do PSD) é natural na evolução da política". Carvalho acrescentou que é importante uma oposição forte e honesta, "que cobre o governo".
O ministro também comentou a aceleração dos índices de inflação. Segundo ele, "a presidente Dilma já tomou medidas cautelosas contra o aumento de preços, para não levar o País à recessão, que gera desemprego", disse. "As ações têm sido corretas para manter o processo de crescimento com distribuição de renda".
Conforme Carvalho, o período de aceleração acentuada foi sazonal, provocado pela alta dos preços agrícolas, "que a partir de agora tendem a se estabilizar". Ele fez questão de ressaltar que "não há dentro do governo qualquer problema em relação à política econômica".
O ministro explicou a que ausência da presidente Dilma Roussef na festa dos trabalhadores em São Paulo é resultado de um quadro de forte gripe. "Conversamos e achamos que o melhor seria poupá-la nesse dia, para que possa trabalhar a semana toda". Anteriormente, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, havia informado que a ausência de Dilma teria ocorrido por tarefas internas no Palácio do Planalto.
Carvalho observou que o importante é a manutenção "do diálogo com as centrais sindicais e das conquistas dos trabalhadores". "Estamos em negociação permanente (com as centrais)", informou, citando avanços no setor de construção civil e sucroalcooleiro. "Agora devemos reabrir a questão dos aposentados", concluiu. O ministro participou hoje das festividades de 1º de Maio das centrais sindicais unificadas, em São Paulo.(AE)

Obama anuncia morte de Bin Laden

Bin Laden estava nas listas dos dez principais terroristas procurados pelo FBI
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou no final da noite deste domingo, 1º, a morte de Osama Bin Laden, líder do grupo extremista islâmico Al-Qaeda e organizador dos atentados terroristas às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e ao Pentágono, em 11 de setembro de 2001.
Caçado desde então pelas forças americanas, Bin Laden foi morto durante operação da CIA, a principal agência de inteligência dos EUA, em uma região montanhosa do Paquistão, próxima à fronteira com o Afeganistão.
O cadáver do líder da Al-Qaeda, de 54 ano, está em poder das forças americanas. "A Justiça foi feita", declarou Obama. Conforme descreveu, não houve agentes americanos nem civis paquistaneses feridos durante a operação. "Eles o mataram, e estão em posse de seu corpo."
Obama informou que, ao assumir a Presidência dos EUA, determinou ao então diretor da CIA, Leon Panetta, tratar como sua principal prioridade a tarefa de "matar ou capturar" Bin Laden. Embora tenha destacado agora ser possível "respirar aliviado", advertiu ser ainda missão dos EUA eliminar a Al-Qaeda.
"Nós não toleraremos ameaças a nossa segurança nacional nem a nossos aliados. Não há dúvidas que a Al-Qaeda continuará a nos atacar", afirmou. "Quero deixar claro, como o fez o presidente George W. Bush, que a Guerra ao Terror não é contra o Islã. A Al-Qaeda é um destruidor em massa de muçulmanos."
O presidente americano fez questão de agradecer a cooperação das forças paquistanesas, considerada essencial para o sucesso da operação de caça a Bin Laden. Conforme relatou, manteve uma conversa com o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, antes de seu anúncio.
A Casa Branca avisou que Obama faria uma declaração à Nação sobre uma "questão de segurança nacional" por volta das 22 horas de ontem (23h, horário de Brasília). Seu discurso estava previsto para meia hora depois. Autoridades preveniram os jornalistas credenciados para "voltar ao trabalho".
Pouco depois, os principais meios americanos antecipavam a razão, sem mais detalhes. Uma pequena multidão se reuniu em frente aos jardins da Casa Branca, cantando o hino americano, para celebrar a notícia antes mesmo do anúncio de Obama, às 23h30 (0h30, no horário de Brasília).
Bin Laden estava nas listas dos dez principais terroristas procurados pelo FBI antes de 2001, em função dos atentados contra embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, na África. O ataque aos Estados Unidos, há quase dez anos, foi o primeiro desde o bombardeio japonês a Pearl Harbour, no Hawai, em 1941.
A operação de 11 de setembro de 2001 envolveu o seqüestro de quatro aviões comerciais, lançados contra as torres do World Trade Center, em Nova York, e a sede do Pentágono, em Arlington. O número de mortos chegou a 2.974, além dos 19 sequestradores.
A resposta do então governo de George W. Bush marcou o início da Guerra ao Terror, que continua em curso. Aliado à Al-Qaeda, o regime do Taliban, no Afeganistão, foi deposto. Operações militares e de inteligência prenderam e mataram líderes e seguidores dos grupos extremistas islâmicos que deram cobertura a Bin Laden e a sua organização.
O terrorista de origem saudita negou ter liderado o ataque aos EUA até 2004, quando admitiu sua responsabilidade e informou ter-se inspirado no ataque de Israel a torres de Beirute durante a Guerra do Líbano, em 1982. (Agência Estado)

DEM-PSDB: aliança compulsória em 2012

O  DEM e o PSDB estudam a formalização de uma “união compulsória” entre os dois partidos já na eleição de 2012. Os planos de fusão entre as duas legendas, que encontram resistência em ambos os lados, serão discutidos apenas depois das disputas municipais no ano que vem. A ideia é “dogmatizar” as alianças municipais entre os dois partidos: nas cidades em que o PSDB for mais forte, o DEM apoiará o candidato a prefeito, assim como os tucanos defenderão as candidaturas dos democratas nos locais onde estes tiverem mais chances de vitória.
“A fusão remete a uma discussão de médio prazo. Neste momento, vamos debater a compulsoriedade (das alianças)”, afirmou o senador José Agripino Maia (RN), presidente do DEM. Para ele, a tese da aliança obrigatória deve ser colocada num documento a ser ratificado pelos partidos. “A solução adequada agora é fazer alianças para a disputa pelas prefeituras”, disse o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira, para quem a fusão permitirá aos partidos atuarem mais “nacionalmente”.
Na semana passada, líderes tucanos trouxeram a público a discussão sobre uma eventual fusão, que já se arrasta nos bastidores desde a eleição de 2010, quando os dois partidos perderam cadeiras no Congresso e viram seu poder de fogo diminuir. Uma eventual fusão faria da legenda resultante a mais “rica”, ao menos em termos de repasses do Fundo Partidário. Unidos, PSDB e DEM abocanhariam cerca de R$ 56 milhões do fundo em 2010, mais do que o PT (R$ 49 milhões) e o PMDB (R$ 37,6 milhões). Na divisão do tempo de propaganda eleitoral, o partido resultante também ficaria em primeiro lugar - mas essa vantagem é relativa, pois os tempos de TV de PSDB e DEM já são somados quando se coligam.
As desvantagens de uma eventual fusão foram enumeradas recentemente em artigo do ex-prefeito Cesar Maia (DEM). Para ele, seria extremamente complexo definir o espaço de cada dirigente de um novo partido nas 27 unidades da Federação e 5.556 municípios.
As principais disputas por espaço entre tucanos e integrantes do DEM se dão em estados como Bahia, Goiás e Rio Grande do Sul. O risco maior, para o ex-prefeito, é que a fusão sirva como brecha para uma debandada de políticos. “A legislação autoriza parlamentares e detentores de cargos executivos que se sintam prejudicados a mudarem de partido. Alguns deputados federais e vários deputados estaduais e vereadores usarão essa circunstância. O novo partido ficará menor.” (Tribuna da Bahia)

INSS estuda proibir acúmulo de aposentadoria e pensão

A Previdência Social planeja impedir que os segurados do INSS recebam aposentadoria e pensão ao mesmo tempo. Com isso, ficam no passado casos como o da mulher que trabalhou desde a juventude e, no fim da vida, recebe sua aposentadoria e a pensão do marido, falecido antes dela. Alterações como essa vão atingir em cheio a concessão de pensões por morte, que hoje representa 25% de todos os 28,2 milhões de benefícios pagos.
As mudanças não seriam restritas aos trabalhadores do setor privado e também se estenderiam ao servidor público. Direitos adquiridos ficariam preservados, assegurou o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, que não fala abertamente sobre as medidas, mas admite que são necessárias. Fontes do governo adiantam que a proposta em discussão prevê ainda a instituição de carência (período mínimo de contribuição ao INSS) para que o dependente do titular da aposentadoria possa ter direito à pensão. Isso não existe hoje, o que dá margem a muitas distorções, como a concessão de pensão no valor do teto para quem contribuiu somente uma única vez.

Outro aspecto que pode gerar bastante resistência é a necessidade de provar a dependência financeira para que o herdeiro tenha direito à pensão. Assim, não bastaria a pessoa ser casada no papel. Hoje, o casamento formal já é suficiente para a concessão. Se a ideia for adiante, casados oficialmente terão que passar pela mesma maratona de documentos hoje exigidas para a união informal: vão comprovar a dependência financeira.

Centrais serão consultadas

O governo federal reuniu trabalhadores, aposentados e pensionistas, economistas e especialistas há quatro anos para discutir a famosa "sustentabilidade" do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), que concentra os benefícios do INSS. Não houve acordo. Ninguém falou mais no assunto, até que o novo governo assumisse. As nova regras estão prontas e serão levadas às centrais sindicais.

O primeiro consenso em torno das propostas diz respeito às viúvas jovens. O governo já demonstrou bastante antipatia com elas, e o benefício ganhou o nada lisonjeiro apelido de "pensão viagra", como a Coluna apontou. Para elas, a proposta prevê o fim do caráter vitalício.

Confira o que será levado a sindicalistas e ao Congresso:
  • As mudanças vão atingir as jovens viúvas, que terão prazo limite para receber o benefício, hoje vitalício.
  • Não será permitido o pagamento de dois benefícios, hoje possível. A pessoa terá que escolher entre a aposentadoria e a pensão.
  • Em vez de conceder o benefício sem qualquer análise de mérito, a Previdência pretende exigir documentos que comprovem a dependência financeira do potencial titular da pensão por morte.
  • A pensão, que hoje é concedida integralmente, ou seja, no valor exato da aposentadoria, terá um limitador.
  • Haverá carência para que o herdeiro tenha direito à pensão. Hoje, uma contribuição é suficiente. Os técnicos querem estabelecer um período mínimo de meses.
  • Direitos adquiridos serão preservados. Isso significa que quem recebe pensão hoje não está ameaçado.
  • O governo não pretende "empurrar" o pacote. As propostas serão levadas às centrais sindicais.
  • Servidores públicos seriam submetidos às mesmas regras. INSS e regimes próprios ficarão cada vez mais parecidos.
  • As medidas ainda terão que passar pelo crivo do Congresso Nacional.
Fonte: Terra

Aécio rechaça crise e ironiza concessão de aeroportos

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) rechaçou análises que sinalizam que a oposição está em crise e descartou que ela ocorra, em particular, entre os próprios tucanos. Segundo o parlamentar, o PSDB é um dos partidos mais vigorosos do País. "Os partidos sempre passam por mudanças. Não sei o sentido desse ceticismo que vejo em algumas análises", afirmou, durante comemorações do Dia do Trabalho, em São Paulo.
Aécio também comentou a debandada de políticos do PSDB. Na semana passada, Walter Feldman, um dos fundadores do partido, anunciou sua saída. "Claro que ninguém quer perder companheiros", disse. Mas, segundo ele, "trata-se uma questão local, que não abala a estrutura do partido em São Paulo".
Ele classificou o atual momento de "ajustamento". "O PSDB está se fortalecendo. Dez Estados são governados pela oposição, representando cerca de 50% do PIB (Produto Interno Bruto). Em 2014, o PSDB vai voltar ao poder central", garantiu. "O PSDB tem de estar firme, pois tenho confiança no futuro da oposição", acrescentou.
Aécio salientou que o PSDB está há 16 anos no governo em São Paulo e avaliou que o atual governador Geraldo Alckmin "é altamente avaliado". "Temos uma estrutura de deputados que faz a diferença. São Paulo e Minas são baluartes da oposição. Com apoio do Paraná e Goiás, entre outros Estados, temos de mostrar um governo que preze a meritocracia; que não aparelhe a máquina pública; que não viva de circunstância, como ocorre há muito anos; e que tenha atitude para debelar a inflação e impedir a desindustrialização".
Fonte: TOMAS OKUDA - Agência Estado

GOVERNADOR DE SC DEIXA O DEMO: DIREITA

O dia 1º de Maio trouxe um presente simbólico aos trabalhadores brasileiros: o partido dos DEMOS, a velha cepa da ARENA e do PFL , desmilinguiu de vez com o anúncio da saída do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, para ingressar no PSD. Liderado nominalmente pelo prefeito de SP, Gilberto Kassab, o PSD é o novo polo do conservadorismo brasileiro.  Mas é, sobretudo, um torniquete a serviço de José Serra que pretende usá-lo para asfixiar as alas rivais do PSDB, deixando-lhes duas opções: apoiá-lo incondicionalmente como o candidato de 2014, em aliança com o PSD, ou morrer de inanição por sucessivas deserções em suas fileiras, até culminar com a do próprio Serra, que seria ungido, então, pelo novo bonde conservador. Entende-se agora a 'radicalização' do governador Aécio Neves que fez duras críticas ao governo no 1º de Maio. Está em jogo a cabeça de chapa do conservadorismo em 2014: Aécio e Serra anteciparam a temporada de caça às credenciais. Vale tudo e vai jorrar sangue.
(Carta Maior; 2º feira, 02/05/ 2011