sábado, 12 de março de 2011

Leis trabalhistas do Brasil são arcaicas e contraproducentes, diz 'Economist'

As leis trabalhistas do Brasil são arcaicas, contraproducentes e oneram tanto empresas quanto trabalhadores, diz uma reportagem da revista britânica The Economist que chegou às bancas nesta sexta-feira.

Leis trabalhistas do Brasil são arcaicas e contraproducentes, diz 'Economist'
A reportagem, intitulada Employer, Beware (Empregador, Cuidado), afirma que as leis trabalhistas brasileiras são ''extraordinariamente rígidas: elas impedem tanto empregadores como trabalhadores de negociar mudanças em termos e condições, mesmo quando há um acordo mútuo".

Para a revista, a legislação incentiva trabalhadores insatisfeitos a tentar que sejam demitidos em vez de pedir demissão.

Esse ciclo, acrescenta a Economist, induz também empresários a preferir não investir em treinamento de seus funcionários, já que esse é um investimento que pode não dar retorno.

De acordo com a publicação, as leis trabalhistas do Brasil são ''uma coleção de direitos de trabalhadores listados em 900 artigos, alguns escritos na Constituição do país, originalmente inspirados no código trabalhista de Mussolini''.

A reportagem diz que o conjunto de leis é custoso e que ''demissões 'sem justa causa'' geram multas de 4% sobre o que um trabalhador recebe", acrescentando que nem ''um empregado preguiçoso ou um empregador falido constituem 'justa causa'".

Custos

O artigo comenta que, em 2009, um total de 2,1 milhões de brasileiros processaram seus empregadores em cortes trabalhistas. ''Estes tribunais raramente se posicionam favoravelmente aos empregadores. O custo anual deste ramo do Judiciário é de de mais de R$ 10 bilhões (cerca de US$ 6 bilhões).

De acordo com a Economist, ''empresários há muito reclamam que essas onerosas leis trabalhistas, juntamente com elevados impostos sobre os salários, impedem-nos de realizar contratações e os empurram para fazer pagamentos por debaixo dos anos, isso quando esses pagamentos são feitos''.

O passado sindical do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva representava, no entender do empresariado brasileiro, uma esperança de que ele estaria mais bem situado que seus predecessores para persuadir trabalhadores a aderir a regras mais flexíveis que seriam melhores para eles.

Mas a publicação britânica acrescenta que os escândalos que abalaram o primeiro mandato de Lula impediram a implementação desta e de outras reformas. (VB)

Projeto cria normas para atuação de lobbies na Câmara dos Deputados

A proposta prevê o credenciamento pela Mesa Diretora de pessoas jurídicas de direito privado, que poderão prestar esclarecimentos e informações técnicas específicas às comissões, às lideranças, aos deputados e a órgãos...


A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Resolução 14/11, do deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), que regulamenta a atuação de entidades privadas no acompanhamento de matérias legislativas em tramitação na Casa, atividade conhecida como lobby.

A proposta prevê o credenciamento pela Mesa Diretora de pessoas jurídicas de direito privado, que poderão prestar esclarecimentos e informações técnicas específicas às comissões, às lideranças, aos deputados e a órgãos de assessoramento institucional sobre matérias em tramitação na Câmara.

São consideradas pessoas jurídicas de direito privado as fundações, associações, cooperativas, sociedades, organizações religiosas e partidos políticos. O projeto acrescenta artigo ao Regimento Interno da Câmara.

Segundo o autor, o objetivo do projeto é tornar mais transparente o relacionamento do Poder Legislativo com o setor privado, com as entidades de classe e com os grupos de interesse presentes todos os dias nos corredores da Casa.

Sem consenso

O deputado lembra que tramita há mais de 20 anos na Câmara o Projeto de Lei 6132/90, do ex-senador Marco Maciel, que regulamenta as atividades de grupos de pressão ou de lobbies, sem que haja consenso para a sua aprovação.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou, em 1992, parecer que considerou a proposta inconstitucional. "Ficou claro neste parecer que cada Poder deve regular o assunto internamente. Portanto, no Legislativo, cada Casa deve estabelecer no Regimento Interno as condições e formas de dar transparência às atividades de grupos de interesse legítimos", argumenta.

Regras

De acordo com a proposta, cada agente privado indicará um representante para ser responsável perante a Casa por todas as informações prestadas ou opiniões emitidas à Mesa, às lideranças, às comissões ou a deputados. As informações prestadas deverão ser exclusivamente subsídios de caráter técnico, documental, informativo e instrutivo.

O texto estabelece ainda que, no credenciamento, deverão ser explicitados os respectivos campos de interesse do agente privado. Caberá ao 1º secretário expedir credenciais a fim de que os representantes possam ter acesso às dependências da Câmara, excluídas as privativas dos deputados.

Um ato da Mesa regulará o credenciamento e as condições em que os agentes privados serão recebidos em audiências nas comissões, nas lideranças, pelos deputados e pelo órgão de assessoramento institucional.

Tramitação

A proposta será analisada pela CCJ e pela Mesa Diretora. Depois, será votada pelo Plenário.
Fonte: VoteBrasil

Reforma política ganha força na Assembleia

De olho no assunto que tem atraído os holofotes nacionais, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais criou a Comissão Extraordinária de Acompanhamento da Reforma Política. Integrante do grupo, o deputado Antônio Júlio (PMDB) defende o voto majoritário nas eleições legislativa – pela regra, seriam eleitos os candidatos mais votados, sem o cálculo dos votos da coligação.

Para ele, a mudança fortaleceria os partidos, acabando com as coligações. A primeira reunião da comissão está marcada para o dia 15. O grupo é formado também pelos deputados Carlos Mosconi (PSDB), que será o coordenador; Rogério Correia (PT), autor do requerimento que solicitou sua criação; Romeu Queiroz (PSB) e Luzia Ferreira (PPS). (VB)

Legislativos retomam trabalhos na segunda

Passado o recesso da folia de Momo, que para muitos se prolonga até o final de semana, as Casas Legislativas do Estado e do Município devem se concentrar sobre duas tarefas polêmicas: a apreciação do salário dos servidores estaduais e a formação das comissões temáticas, que dão abertura para as grandes votações de projetos na Câmara de Vereadores.
Na Assembleia, os deputados do governo e da oposição pretendem na próxima segunda-feira promover um forte debate sobre o reajuste de 5,91% do funcionalismo público. No parlamento municipal, a perspectiva é de que a discussão sobre os colegiados seja sacramentada também neste dia. 

O oposicionista Elmar Nascimento (PR) acusou o projeto de pouco favorecer os servidores. Ele classificou como contraditória a postura do PT em relação ao assunto. “Em São Paulo como eles são oposição votam por um aumento bem maior que alcança até R$620. Aqui como eles são governo é diferente”, criticou. O líder do governo, deputado Zé Neto (PT) contestou e disse que “não é hora de fazer discurso fácil”. Conforme o petista, o momento de ajustes fiscais, tanto no país, quanto nos estados induz a todos a terem prudência.
“É mais prudente não colocar o Estado longe do alcance das mãos. Temos muita consciência do passo que estamos dando no Estado”, enfatizou. Na Câmara, os líderes do governo e da oposição sinalizaram ontem que as bancadas devem chegar a um consenso sobre as comissões na segunda.
“Há uma possibilidade grande de acordo. Tudo será na base da proporcionalidade e do equilíbrio”, disse o líder do governo, Teo Sena (PTC) sem querer informar qual a proposta teria sido feita aos oposicionistas que pleiteiam além da Comissão de Defesa do Consumidor – já acordada, a de Saúde e de Planejamento.
Demonstrando clima de entendimento, o líder da oposição Henrique Carballal (PT), disse que vai apresentar a oferta ao bloco em reunião às 11 h na próxima segunda.
Fonte: Lilian Machado - TB

João entra no PP e Leão acalma aliados

Com um discurso otimista e a certeza de estar fazendo a coisa certa, o deputado federal João Leão ofereceu ontem, no restaurante Barbacoa, em Salvador, um jantar aos cerca de 55 prefeitos baianos da sua base eleitoral, divididos entre diversos partidos, para comemorar o ingresso do prefeito João Henrique no Partido Progressista (PP) e sua ida para a Casa Civil do município. O prefeito de Salvador se filia hoje ao partido e Leão espera já ser oficialmente secretário de JH até a segunda-feira (14).
Em conversa com a Tribuna, João Leão refutou as informações de que os prefeitos de sua base estão preocupados com sua saída da Câmara Federal. “Isso é coisa de algum partido que é contra o meu.
Meus prefeitos confiam em mim e vão ter quatro pessoas lhes representando: o ministro Mário Negromonte, o secretário executivo do Ministério das Cidades, Roberto Muniz (ex-deputado estadual), o senador Walter Pinheiro (PT) e o meu chefe de gabinete, que vai continuar quando entrar o suplente na minha vaga”, afirmou Leão. Quem assume sua vaga na Câmara Federal é o primeiro suplente da coligação do PP, o petista Joseph Bandeira. O progressista garante ainda que não se afastará de sua base. “Todos os sábados e domingos vou trabalhar com meus prefeitos pelo interior”.
O deputado João Leão, que é o vice-presidente do PP na Bahia, avalia que o ingresso do prefeito João Henrique vai dar uma base “robusta e sólida” à legenda em Salvador.
“O partido tem uma base muito consistente por todo o interior, mas não temos base nenhuma na capital. Somos o segundo maior partido da base aliada do governador Wagner e com o ingresso de João Henrique teremos um partido ainda mais forte”, aclamou o progressista. João Leão disse também que a entrada dos vereadores Laudelino Lau e Orlando Palhinha, ambos do PSB, no partido também contribuirá para a ascensão da legenda na capital.
Tanto o ministro das Cidades e presidente estadual do PP, Mário Negromonte, quanto o deputado João Leão acreditam que vão conseguir o apoio do PT municipal para o prefeito João Henrique. Não custa lembrar, o governador Jaques Wagner já disse que vai “trabalhar” no sentido de seus correligionários mudarem de ideia e partirem para o lado de JH.
 Leão se lembra da articulação do PP para conseguir “conquistar” o PT estadual e garante que não vai ser diferente com o diretório municipal. “O PT da Bahia nos olhava como a namorada feia, mas o ex-presidente Lula via a gente como a namorada linda. Da mesma forma que conquistamos o Partido dos Trabalhadores em nível estadual, vamos conseguir com o municipal”, disse.
Fonte: Romulo faro - TB