terça-feira, 15 de março de 2011

A REFORMA DO CÓDIGO FLORESTAL

A FETAG-BA, através da sua Secretaria de Meio Ambiente, realizará a palestra " A Reforma do Código Florestal Brasileiro", com o Deputado Federal Aldo Rebelo do PCdoB-SP, no dia 22 de Março de 2011 ás 9:00 horas, no Auditório do Espaço Cultural do Sindicato dos Comerciarios de Salvador, situado na Rua Francisco Ferraro nº 53- Nazaré- Centro, ao lado do Colégio Central-Salvador. A atividade será de extrema importância para os agricultores/as familiares da Bahia, por que todos precisam entender como funcionará o novo Código. O evento será coordenado por Teodomiro Paulo, Secretário de Meio Ambiente da FETAG-BA, e assessorado por Josemário Martins, atual assessor de meio ambiente da Entidade.
Genaldo de Melo
FETAG-BA

Radiação começa a ser detectada em Tóquio e outras cidades japonesas


Tóquio, 15 mar (EFE).- Os níveis de radiação aumentaram nesta terça-feira em várias cidades japonesas, inclusive Tóquio, enquanto a população prepara-se para se manter em suas casas fazendo estoque de água engarrafada, mantimentos e máscaras de proteção.
O Governo japonês avisou nesta terça-feira que a crise da usina nuclear de Fukushima (nordeste do país) provocou escape de radiação que poderia afetar a saúde e recomendou aos moradores que vivem num raio de até 30 quilômetros de distância que fiquem em suas casas, desliguem os sistemas de ventilação e fechem as janelas.
A radiação em torno da usina aumentou desde sábado, quando uma falha no sistema de refrigeração forçou a liberação de vapor radioativo de forma controlada, mas os crescentes problemas nos reatores criam incertezas.
Na província de Ibaraki, ao lado de Fukushima, em um determinado momento a radiação era de 5 microsievert (msv) por hora, 100 vezes mais que o habitual. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), uma pessoa fica em média exposta à radiação de aproximadamente 2,4 msv por ano devido a fontes naturais.
Em Tóquio, a cerca de 270 quilômetros da usina, os níveis de radiação chegaram a 20 vezes mais que o habitual e foram detectadas pequenas quantidades de substâncias radioativas como césio, mas o Governo Metropolitano garante que tais índices não implicam riscos imediatos para a saúde.
Apesar dos pedidos de calma, em Tóquio era possível ver nesta terça-feira mais máscaras do que o habitual. Além disso, alguns habitantes decidiram se afastar da cidade por alguns dias até que a situação em Fukushima se torne menos alarmante.
Ao longo desta terça-feira, muitos estrangeiros pegaram o "shinkansen" - o trem bala-japonês - para se deslocar a cidades mais ao sul como Osaka, a mais de 500 quilômetros da capital, onde a ameaça de fuga de radiação soa mais distante.
Desde o início dessa semana, várias legações diplomáticas aconselharam àqueles que se sentissem temerosos e não tivessem assuntos "essenciais" em Tóquio que deixassem a cidade. Nesta terça-feira, a embaixada da Áustria decidiu transferir sua missão temporariamente a Osaka.
Enquanto as notícias sobre Fukushima são recebidas com inquietação crescente entre a comunidade estrangeira, onde se sucedem rumores e desmentidos sobre evacuações, os japoneses seguem com surpreendente tranquilidade, atentos pela televisão às instruções das autoridades locais.
O Governo mantém os pedidos de calma, de racionamento de energia - o terremoto paralisou 11 usinas nucleares - e de prudência ao fazer compras nos supermercados para evitar a escassez de produtos, tal como já noticiam os meios de comunicação.
"O Governo japonês anunciou que há estoques suficientes armazenados. Por favor, ajam com calma e paciência", diz uma mensagem divulgada pelo Facebook na versão da rede social para o Japão.
Mais ao norte, as províncias vizinhas a Fukushima se prepararam nesta terça-feira para acolher os moradores das imediações da usina que evacuaram, muitos dos quais foram imediatamente ao hospital para saber dos níveis de radiação aos quais foram expostos.
Em um raio de 20 quilômetros em torno da central nuclear foram evacuadas cerca de 200 mil pessoas.
Outras 5 mil estão distribuídas em abrigos na cidade de Kawamata, a menos de 30 quilômetros da usina, onde receberam instruções para não saírem às ruas, informa a agência de notícias japonesa "Kyodo".
Os funcionários dos abrigos indicavam que, mesmo se quisessem, não poderiam levar os cidadãos evacuados para mais longe por problemas logísticos e pela escassez de gasolina. (Yahoo)

Notícias do mundo rural

BIRITINGA CUMPRE AS REGRAS DO MTE
No último dia 05 de março, quando a maioria das pessoas estavam em pleno festejos carnavalescos, os trabalhadores/as rurais do município de Biritinga reuniram-se em Assembléia Geral Extraordinária para realizar a ratificação da fundação da entidade. A atividade foi realizada para cumprir regras instituídas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que estabeleceu que todas as entidades de caráter sindical no Brasil deverão manter cadastro sindical no mesmo, para melhor processo de fiscalização e existência como entidade de representação das classes sociais no país. Segundo Antonio de Biritinga (Bode) "mais uma vez nossa entidade comprova sua liderança perante os trabalhadores/as rurais, cumprindo o que estabelece as regras sindicais no Brasil'. O Evento teve assessoria da Delegacia Sindical da FETAG-BA na região de Feira de Santana, Recôncavo e Litoral Norte. Participaram do evento Rozete Evangelista, representando a FETAG-BA, e Genaldo de Melo, que faz assessoria tanto a FETAG-BA como aos Sindicatos filiados a CTB-Bahia.
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EM BARROCAS OS TRABALHADORES/AS CONTINUAM ORGANIZADOS
Um dos Sindicatos mais organizados do Território do Sisal, o Sindicato dos Trabalhadores/as Rurais de Barrocas, realizou no último dia 05 de março, sua reunião ampliada mensal, com participação de cerca de 200 trabalhadores/as sócios da entidade. Trataram de diversos assuntos referentes ao trabalho da entidade junto à categoria, bem como fizeram uma ampla avaliação das atividades que estão sendo realizadas em 2011. Além disso, todos os participantes que discursaram falaram da importância do Dia Internacional da Mulher. Presentes ao evento estavam Rozete Evangelista, assessora regional da FETAG-BA, bem como Genaldo de Melo, representando a CTB-Bahia. A Assembléia foi coordenada por josé Antonio ("Seu Dezito"), Manoel Messias, e pelo presidente do Sindicato, Ananias Cordeiro.
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MULHERES ROUBAM A CENA EM SANTA BÁRBARA
O Sindicato dos Trabalhadores/as Rurais de Santa Bárbara realizou entre os dias 02 a 08 de março a Semana da Mulher, com várias atividades de cunho social e cultural, direcionadas ao público feminino que vive na zona rural do município. As atividades contaram com várias parcerias locais e regionais de outras instituições que trabalham junto com a Entidade.
As principais atividades da Semana da Mulher realizadas pela Entidade foram a palestra sobre o Agroamigo para as mulheres trabalhadoras rurais com o Banco do Nordeste, a realização de cursos de capacitação em produção de beijú recheado, Banco de Sementes, arranjos de flores, a distribuição de certificados de participantes do Programa “Todos Pela alfabetização”, o grande mutirão em parceria com o Centro Médico dos Remédios de Feira de Santana, realizando exames de glicemia capilar e aferimento de pressão, a montagem de um salão de beleza gratuito para as mulheres (corte de cabelo, prancha, escova, relaxamento, lavagem, depilação e pintura), o agendamento eletrônico de benefícios previdenciários, além de várias atividades com grupos culturais e folclóricos do município.
Presentes nas atividades no dia 07 de março estiveram Rozete Evangelista, representante da FETAG-BA, e Genaldo de Melo, representando a CTB-Bahia. Para Edifrâncio Oliveira “comemorar com atividades sociais é uma das formas que Sindicato de Trabalhadores/as Rurais de Santa Bárbara encontrou para homenagear todas as mulheres do município, e em especial as mulheres trabalhadoras rurais”.
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SERRA PRETA REALIZA O MELHOR DIA DAS MULHERES DA SUA HISTÓRIA
No último dia 08 de março o Sindicato dos Trabalhadores/as Rurais de Serra Preta realizou na comunidade de Curral do Morro, comemorando o Dia Internacional das Mulheres, o Seminário de Desenvolvimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais. Da atividade participaram cerca de 300 trabalhadoras rurais de diversas comunidades do Município. Presentes estiveram o presidente da FETAG-BA, Claúdio Bastos, Rozete Evangelista, assessora regional desta entidade, Genaldo de Melo, representando a CTB-Bahia, Noido Gomes, da APLB-Sindicato, Felipe Vieira, vereador do PRB de Anguera, Edmilson Azevedo, vereador do PT de Serra Preta e Braquistone Magno, presidente do PCdoB de Serra Preta. O evento foi coordenado por Ademir Duarte, presidente do Sindicato local. Para Claúdio Bastos “um evento de mulheres em Serra Preta com este, consolida o papel do Sindicato na defesa da mulher perante a sociedade local e demonstra a sua capacidade de representação política”.
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Trabalhadores de Anguera participam de Encontro com a FETAG-BA
No último dia 12 de março, cerca de 100 trabalhadores/as rurais e lideranças comunitárias do município de Anguera participaram de um encontro para discutir temas de interesses dos mesmos, como organização comunitária e funcionamento das entidades sindicais.
O Evento foi coordenado pelo jovem Vereador Felipe Vieira e aconteceu no salão da Igreja Católica local. Presentes ao Evento como palestrantes estiveram Rozete Evangelista, Assessora Regional da FETAG-BA, Genaldo de Melo, assessor da CTB-Bahia, e Noildo Gomes, da APLB-Sindicato.
Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido pela FETAG-BA junto aos trabalhadores/as rurais e suas organizações sindicais e sociais. Além disso, conheceram como funciona o sindicato, bem como qual o seu papel dentro da sociedade na defesa de seus interesses.
A atividade contou com o apoio total da FETAG-BA, a partir da iniciativa inovadora do atual presidente, Claúdio Bastos, de buscar está presente em todos os municípios baianos, através de trabalho de base junto ao público rural.

Genaldo de Melo

Kassab deixa hoje o DEM sob críticas e com popularidade em baixa

Prefeito encerra novela sobre seu destino político em clima de inferno astral, após meses de negociações turbulentas
A convenção nacional do DEM encerra nesta terça-feira, dia 15 de março, uma longa novela que teve como protagonista o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Até chegar à montagem política e jurídica de sua nova sigla, que futuramente poderá se fundir ao PSB, Kassab enfrentou semanas típicas de um inferno astral, sob influência de inimigos ocultos e aflições. Para o prefeito, que completa 51 anos somente em 12 de agosto, a fase turulenta que antecedeu a convenção marca seu rompimento com o DEM e o nascimento do PDB.
Em meio às negociações, a aprovação do prefeito, que de acordo com a última avaliação chegou a 55%, vem caindo. Na metade de seu segundo mandato, Kassab amarga uma gestão sem grandes bandeiras. A única marca de sua gestão é a Lei Cidade Limpa, em vigor desde 2007.
A esse quadro, se somaram semanas turbulentas de protestos na capital paulista. Embora a administração tenha avisado previamente sobre o aumento da tarifa do ônibus, que subiu para R$ 3, o prefeito vem enfrentando diversas manifestações de estudantes. No último protesto, manifestantes foram até o apartamento onde o prefeito mora e, ali, tacaram fogo em um boneco que vestia uma máscara simulando o rosto de Kassab.
Ainda na seara administrativa, os primeiros meses do ano foram marcados pelas fortes chuvas, com sucessivos problemas em semáforos e enchentes. Um prato cheio para a oposição. “Kassab tem um problema de gestão muito grave. Ele está deixando escapar a oportunidade de melhorar essa cidade, que tem R$ 35 bilhões no Orçamento de 2011”, diz o vereador José Américo, líder da bancada do PT na Câmara da capital paulista.
Na lista de críticas petistas estão, além do aumento da tarifa do ônibus, as promessas que até agora não foram cumpridas. “Seis corredores de ônibus, sete piscinões, três hospitais, creches não saem do papel. A prefeitura não limpa 30% dos 3 mil quilômetros de galerias pluviais. A manutenção da cidade está muito ruim”, completa.
A aproximação de Kassab com a base aliada de Dilma causou também estranheza no PT. Para alguns petistas, a migração teria por trás a atuação do tucano José Serra, padrinho político do prefeito e candidato derrotado ao Palácio do Planalto.
Fogo amigo
Porém, Kassab não é alvo apenas dos tradicionais adversários. Em meio a protestos, ao declínio na aprovação e às críticas da oposição sobre sua administração, Kassab resolveu articular a composição do PDB. O primeiro e maior obstáculo aos planos do prefeito paulista foi o próprio DEM, comandado por seus desafetos políticos Rodrigo Maia (RJ) e ACM Neto (BA). O partido corre atrás de dissidentes para convencê-los a ficar. Conta, inclusive, com a ajuda de tucanos contra a manobra de Kassab para evitar uma debandada que poderia culminar no enfraquecimento da sigla. Como resultado, vieram as críticas de membros do seu próprio partido.
O deputado Pauderney Avelino (AM), escolhido vice do senador José Agripino Maia (RN) na presidência do DEM, acredita que a saída de Kassab irá fortalecer a legenda. “O partido sai de uma crise interna fortalecido. Foi uma luta. Não é fácil passar por uma situação dessas estando na oposição. A situação do Kassab ficou insustentável (...) Acredito que a saída dele pode gerar uma paz interna duradoura”, afirma o deputado. Para Avelino, não haverá uma debandada. “Eles não se sentirão confortáveis se pairar alguma dúvida sobre a situação deles. Não é simples burlar a lei de fidelidade partidária”.
A movimentação de Kassab para fora da órbita tucana e em direção ao governo Dilma desagradou não só ao DEM como ao PSDB. O presidente tucano, Sérgio Guerra (PE), lamentou a migração do prefeito e afirmou que isso representaria um enfraquecimento da oposição. (Nara Alves – iG)

Dilma nomeia petistas derrotados no segundo e terceiro escalões

Presidenta nomeia ex-deputado catarinense Cláudio Vignatti como secretário-executivo da Secretaria de Relações Institucionais
Depois de nomear os derrotados de primeira classe do PT no seu ministério - os ex-senadores Aloizio Mercadante e Ideli Salvati e o ex-prefeito Fernando Pimentel -, a presidente Dilma Rousseff começou a acomodar outros que perderam a eleição. Só que, agora, no segundo e terceiro escalões.
Dilma assinou hoje a nomeação do ex-deputado catarinense Cláudio Vignatti para o cargo de secretário-executivo da Secretaria de Relações Institucionais, comandada pelo petista Luiz Sérgio. Assim como ocorreu com os três colegas levados para o ministério, Dilma incentivou Vignatti a ser candidato a senador. Levou-o agora para uma pasta que funciona dentro do Palácio do Planalto, cuja atribuição é manter próximas à presidente as relações do governo com o Congresso.
Antes, Dilma havia acomodado outros dois petistas derrotados no governo. O ex-deputado José Genoino (SP) foi nomeado para um cargo de assessor especial do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o ex-deputado Carlos Abicalil (MT) para o posto de secretário de Educação Especial do Ministério da Educação.
Nos próximos dias, Dilma deve pagar as promessas feitas ao PMDB, com nomeações de outros derrotados do partido. Entre eles, o ex-deputado Geddel Vieira Lima (BA), os ex-governadores Iris Rezende (BA), José Maranhão (PB) e Orlando Pessutti (PR) e o ex-senador Leomar Quintanilha (TO). Por enquanto, dos derrotados do PMDB, só o ex-deputado Colbert Martins (BA) ganhou um cargo, o de secretário Nacional de Turismo.
No PT ainda aguardam um lugar nos postos do segundo e terceiro escalões do governo os ex-governadores Ana Júlia (PA) e Zeca do PT (MS), o ex-deputado Paulo Rocha (PA) e o presidente do PT da Paraíba, Rodrigo Soares. No PDT espera a nomeação o ex-senador Osmar Dias (PR). No PSB, os ex-governadores do Rio Grande do Norte Iberê Ferreira e Wilma de Faria disputam a direção da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). (AE)

'O mundo precisa de mais liberdade', diz Lula em fórum sobre a crise árabe

Ele participou de fórum promovido pela rede de TV Al Jazeera, no Qatar. O ex-presidente afirmou que 'mudança no poder é necessária'.

'O mundo precisa de mais liberdade', diz Lula em fórum sobre a crise árabe
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o mundo precisa de mais "liberdade" e "democracia" ao falar sobre a crise árabe. Ele participou neste domingo (13) do fórum "O mundo árabe em transição: o futuro chegou?", promovido pela rede de TV Al Jazeera, em Doha, no Qatar. A transcrição do discurso, em inglês, foi disponibilizada pelo site da Al Jazeera.

"Eu gostaria de dizer a todos vocês que o que está acontecendo agora no Oriente Médio é algo mais fácil de compreender se entendermos que o mundo precisa de mais democracia. O mundo precisa de mais liberdade. E o mundo precisa de mais igualdade", disse o ex-presidente em seu discurso.

A onda de protestos em países no Oriente Médio e no norte da África causou a queda dos presidentes da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, e do Egito, Hosni Mubarak. Os protestos se espalham também por Jordânia, Iêmen, Argélia, Mauritânia, Marrocos, Sudão e Omã. A situação mais grave ocorre na Líbia, onde há enfrentamento entre as forças militares leais ao ditador Muammar Kadhafi e rebeldes.

No discurso, Lula criticou os governantes que permanecem indefinidamente no poder e comparou a crise árabe com o fim da ditadura militar no Brasil. "Uma fruta, por mais gostosa que seja, quando fica no pé e você não a colhe no tempo certo, apodrece e cai. O mesmo acontece com os governantes.

Na medida em que vai passando o tempo, na medida em que a juventude começa a perder a esperança, acontece o que está acontecendo", disse. "E, possivelmente, este talvez tenha sido o fator determinante para que ao mesmo tempo, muitas pessoas decidiram gritar e ficar de pé, e isso aconteceu no Brasil na década de 1980", concluiu.

Lula relatou sua trajetória política e disse ter sido contra a proposta de mudar a Constituição para poder disputar um terceiro mandato. "Quando um líder acha que ele é indispensável, ou que ele não pode ser substituído, então começamos a ver o nascimento de um ditador, ou o nascimento de uma ditadura". Segundo ele, "mudança no poder é necessária para que possamos garantir o fortalecimento da democracia".

O ex-presidente prestou "solidariedade a todos aqueles que, no Oriente Médio e em qualquer parte do mundo, lutam pela liberdade, pela democracia e por justiça social".

Economia

O ex-presidente não tratou apenas da crise árabe. Ele também criticou o liberalismo econômico e disse que as medidas tomadas durante seu governo fizeram com que o Brasil fosse o último país a entrar na crise financeira de 2008 e o primeiro a deixar de sofrer seus efeitos. Ele citou ainda os programas sociais implementados durante sua gestão.

No discurso, Lula também defendeu o multilaterialismo e a ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas. "Da mesma forma que um país não pode ser propriedade de um ou outro governante, o mundo não pode ser propriedade de um ou outro país. Hoje, os organismos multilaterais precisam de uma reforma democrática para que possam dar uma voz e uma chance para todos".(VB)

Após catástrofe no Japão, Sarney defende debate sobre energia nuclear

O risco de uma catástrofe nuclear no Japão, após o terremoto seguido de tsunami que já fez milhares de vítimas no país, levou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a defender nesta segunda-feira (14) a realização de um debate no Brasil sobre os riscos da energia atômica.

O Brasil tem duas usinas nucleares em funcionamento: Angra 1 e Angra 2, ambas no litoral sul do Rio de Janeiro. Angra 3 está em construção. Segundo a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás responsável pela construção de usinas nucleares, Angra 1 e 2 podem suportar ondas de até 6 metros de altura.

Para Sarney, embora “os níveis de segurança no Brasil sejam bons”, há a necessidade de técnicos e cientistas realizarem um debate sobre as usinas. “É preciso que haja um debate sobre as mudanças colaterais, sobre o uso da energia nuclear e o que aconteceu no Japão.

Chernobyl já foi um problema e, com esse [problema] agora [no Japão], temos que pensar nesse assunto. Um debate que terá de ser feito por técnicos, não por políticos”, afirmou Sarney ao chegar ao Congresso.

As imagens da tragédia no Japão já fizeram diferentes países anunciarem mudanças na segurança de seus programas nucleares e devem afetar a reativação do setor energético em vários países.

Informações mais recentes da operadora da usina, a Tokyo Electric Power Co., segundo a agência de notícias Jiji, dão conta de que as barras de combustível em um reator nuclear japonês atingido pelo terremoto estão expostas.

A informação se refere ao reator número 2 do complexo Fukushima Daiichi, onde os índices de água para resfriamento em volta do núcleo do reator haviam baixado neste domingo.

Segundo a Jiji, a possibilidade do derretimento das barras de combustível não poderia ser descartada. O derretimento aumentaria o risco de danos ao reator e de um possível vazamento nuclear, dizem especialistas.

O uso de água do mar para resfriar os reatores nucleares japoneses afetados pelo terremoto de sexta-feira um “procedimento de emergência”, explica o professor de engenharia nuclear Aquilino Senra, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“É como se fosse um incêndio. A hora que acaba a água do hidrante, você usa qualquer água disponível. O importante é resfriar o reator”, afirmou ele.

Classificado por especialistas como um “ato de desespero”, o uso de água do mar para tentar resfriar o reator trouxe ao mundo a lembrança da catástrofe de Chernobyl.

"A situação tornou-se tão crítica que não têm mais, ao que parece, a capacidade de fazer ingressar água doce para resfriar o reator e estabilizá-lo, e agora, como recurso último e extremo, recorrem à água do mar", disse Robert Alvarez, especialista em desarmamento nuclear do Instituto de Estudos Políticos de Washington, durante entrevista à imprensa, em audioconferência, no fim de semana. (VoteBrasil)

Meirelles vai gerir a Autoridade Pública

Vestindo a gravata com as cores da bandeira do Brasil - a mesma que usou, ao lado do presidente Lula, na cerimônia em que o Rio foi escolhido para a sediar as Olimpíada de 2016, o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, anunciou ontem ter aceito o convite da presidente Dilma Rousseff para presidir a Autoridade Pública Olímpica (APO). Seu nome será encaminhado para o Senado, onde Meirelles precisa ser sabatinado. “É um processo que eu conheço bem, na minha posição anterior”, afirmou Meirelles, bem-humorado, sobre a sabatina.
Perguntado sobre a mudança da Medida Provisória que enxugou cerca de 200 cargos da APO e mudou parte de sua estrutura, Meirelles afirmou que o texto acabou sendo “aperfeiçoado” e que a redução de cargos é “extremamente razoável”. O ex-presidente do BC afirmou acreditar que sua experiência internacional e trânsito com investidores de dentro e fora do Brasil foram decisivos para sua escolha. Segundo Meirelles, sediar um evento olímpico é uma demonstração da “capacidade de execução de um governo e país”. Ele prometeu ainda dar um perfil técnico ao órgão. (TB)

Kassab discute criação do PDB em Salvador

Conforme a Tribuna havia antecipado, a vinda do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, à capital baiana, no próximo dia 20, para discutir a aglutinação de forças do novo partido no estado – Partido Democrático Brasileiro (PDB) –, está mais do que confirmada. O encontro, coordenado pelo vice-governador Otto Alencar (PP), tido como nome forte para comandar a sigla na Bahia, está marcado para as 9h, no Hotel Fiesta.  O objetivo é costurar o máximo de alianças em torno do projeto, que vem com a promessa de agregar grandes lideranças.
Sem meias palavras, o vice-governador, por exemplo, assegurou que a presença de Kassab está totalmente confirmada e que ele irá trabalhar para ser o presidente da legenda no estado. “É um esforço muito grande, que demanda de muitas articulações e jogo de cintura, afinal quem perde nunca fica satisfeito. Mas, pelo meu tempo de estrada política, posso adiantar que estou preparado”, destacou, confiante, complementando que a nova sigla será um partido da base não apenas da presidente Dilma Rousseff, como também do governador Jaques Wagner. 
“O que, consequentemente, irá atrair muitos insatisfeitos com as imposições dos dirigentes das suas atuais moradas”. Vale lembrar que quem se filiar a uma legenda que não existia na eleição anterior estará livre de ser punido pela lei de Fidelidade Partidária temida por todos.
Conforme ele, a expectativa em relação ao primeiro encontro do PDB na Bahia é das melhores. “Trata-se de uma reunião com lideranças políticas que serão os signatários da criação do PDB, a começar por mim. Contaremos também com a presença de deputados estaduais e federais de diversos partidos que têm contestado a inflexibilidade da lei eleitoral e projetam buscar novos ares”.
Nos corredores da Assembleia, por exemplo, corre solto que a oposição, tida hoje como enfraquecida, tende a minguar ainda mais.

Nenhum partido da base contrária - DEM, PMDB, PR e PSDB - estaria isento de sofrer baixas. Na ala do DEM, pelo menos 12 integrantes, somente entre deputados e ex-deputados, estariam de malas prontas.
Ainda conforme Otto, desembarcará em Salvador também cerca de 320 prefeitos que apoiaram o governador nas últimas eleições e integram partidos de oposição. A maioria, diga-se de passagem, tende a migrar para o PDB.
"Muitos prefeitos na Bahia filiados ao DEM, PR e PSDB que apoiaram o governador e que estão sendo intimidados pelos dirigentes das suas atuais legendas. O próprio DEM já disse isso, o PMDB pode fazer como fez com o prefeito João Henrique, e como a legislação atual não permite mudanças, a não ser para um novo partido, o PDB é visto como salvação para esses gestores”, reforçou.
Indio da Costa cogita sair do DEM
Candidato a vice-presidente da República na chapa do tucano José Serra, o ex-deputado Indio da Costa (RJ) é mais um integrante da ala dos insatisfeitos do DEM que pensa em deixar o partido.
Com planos de se candidatar à prefeitura do Rio em 2012, Indio também cogita ingressar no PDB.
Outra hipótese seria se filiar ao PSDB, mas, novato entre os tucanos do Rio, o ex-deputado poderia ter dificuldade de viabilizar a candidatura a prefeito. A disputa presidencial afastou Indio dos principais líderes do DEM no Rio de Janeiro.
“O que vai definir o futuro de todos do DEM é o espaço que cada um terá para crescer regionalmente. Vamos ver se o DEM do Rio vai seguir outro rumo ou se vai continuar sendo um partido cartorial na mão do Cesar Maia e do Rodrigo Maia. Precisamos ver as condições regionais”, afirmou Indio, deixando clara a sua insatisfação. (Ferananda Chagas –TB)

Aleluia não crê em debandada de democratas

O Democratas realiza sua convenção nacional hoje, em Brasília, e não terá surpresa na escolha do novo presidente da legenda. O senador José Agripino (DEM-RN) é candidato único a presidente. Contudo, os ânimos ficarão exaltados mesmo é com o prefeito de São Paulo, que deve deixar o partido para criar e presidir o PDB. A expectativa ainda é a de que Kassab leve consigo muitos “insatisfeitos” e, com isso, em especial na Bahia, o DEM pode ter uma grande baixa.
O próprio democrata José Carlos Aleluia, em conversa com a Tribuna, avaliou, entretanto, que a saída de  Kassab do partido, caso aconteça, de fato, deverá ter repercussão apenas regional. “A criação desse partido é uma coisa muito falada.
Não é fácil criar um partido político. Qual será a proposta desse partido? Que ideologia ele terá? Vai ser democrata, como nós? Ou será apenas mais um instrumento do petismo?”, indaga o democrata baiano. José Carlos Aleluia também não acredita na “debandada” dos deputados do DEM no estado. “Espero que ninguém faça isso. O partido está buscando fortalecimento e não vai criar motivo para ninguém sair”, garantiu.
O ex-parlamentar admite que o DEM já não tem o poder de outrora em nível nacional e estadual, mas diz acreditar ser possível fazer oposição “de qualidade”. “O DEM tem história e um partido não se mede pelo resultado das urnas. O DEM, hoje, não é um partido forte, mas é o mais forte da oposição”, disse Aleluia.

O democrata disparou contra o PT e contra o governador Jaques Wagner e disse que o chefe do Executivo estadual “prioriza as articulações políticas” em sua administração. “O petismo não é só o PT, mas todos os partidos que seguem o movimento hoje. O que está forte na Bahia hoje é o petismo. O governador faz uma administração apenas política, visando articulações políticas, e faz um governo com vários partidos”, afirmou.
Sobre o futuro do DEM na Bahia, principalmente acerca da presidência da legenda, Aleulia minimizou o fato de seu nome estar sendo cotado para ficar no lugar do ex-governador Paulo Souto. Apesar de dizer que apoia o correligionário, o ex-deputado não descarta a possibilidade.
“Meu candidato é Paulo Souto, agora, se ele quiser sair (da presidência do DEM na Bahia), eu vou conversar com os companheiros e ver como fica isso. Eu poderia ser candidato, sim”. O deputado federal baiano e líder do DEM na Câmara, ACM Neto, não custa lembrar, não tem medido esforços no sentido de fazer Gilberto Kassab e outros figurões não saírem do partido. (Romulo Faro- TB)

PMDB baiano minimiza veto de Jaques Wagner

O Carnaval acabou e, de acordo com o prazo estipulado pela presidente Dilma Rousseff (PT), é hora de definir o segundo escalão do seu governo. Um problema, porém, paira sobre a Casa Civil, cujo chefe é Antônio Palocci.
PMDB e PSB são os mais apetitosos pelos cargos mais importantes do segundo escalão e devem começar a pressionar o ministro Palocci hoje. O nome do ex-ministro da Integração Nacional e ex-deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB) continua cotado para ocupar a vice-presidência da Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal (CEF). Contudo, de acordo com matéria publicada ontem na Folha, o baiano sofre veto ao seu nome pelo governador Jaques Wagner, liderança expressiva do PT, que, inclusive, goza de relacionamento forte de amizade com a chefe da nação.
Em conversa com a Tribuna, o deputado federal e presidente do PMDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima, voltou a negar que o nome de Geddel esteja sendo oferecido por parte do próprio ou do diretório estadual, mas admite as negociações entre as cúpulas nacionais dos dois partidos (PT e PMDB). “Não tem nada.
Tem especulação. O diretório estadual não se envolve nisso. O interlocutor do PMDB com Dilma é Michel Temer, que é o vice-presidente do Brasil”, afirmou Lúcio. Sobre o suposto veto de Wagner ao nome de Geddel, Lúcio minimizou. “Quem foi eleita para vetar ou nomear alguém foi a presidenta Dilma e ninguém pode vetar o que não está colocado. Essa política de veto já não existe mais, veto acontecia no tempo do carlismo. A presidenta quer gente que possa trabalhar pelo Brasil”, disparou. (Romulo Faro -TB)