O risco de uma catástrofe nuclear no Japão, após o terremoto seguido de tsunami que já fez milhares de vítimas no país, levou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a defender nesta segunda-feira (14) a realização de um debate no Brasil sobre os riscos da energia atômica.
O Brasil tem duas usinas nucleares em funcionamento: Angra 1 e Angra 2, ambas no litoral sul do Rio de Janeiro. Angra 3 está em construção. Segundo a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás responsável pela construção de usinas nucleares, Angra 1 e 2 podem suportar ondas de até 6 metros de altura.
Para Sarney, embora “os níveis de segurança no Brasil sejam bons”, há a necessidade de técnicos e cientistas realizarem um debate sobre as usinas. “É preciso que haja um debate sobre as mudanças colaterais, sobre o uso da energia nuclear e o que aconteceu no Japão.
Chernobyl já foi um problema e, com esse [problema] agora [no Japão], temos que pensar nesse assunto. Um debate que terá de ser feito por técnicos, não por políticos”, afirmou Sarney ao chegar ao Congresso.
As imagens da tragédia no Japão já fizeram diferentes países anunciarem mudanças na segurança de seus programas nucleares e devem afetar a reativação do setor energético em vários países.
Informações mais recentes da operadora da usina, a Tokyo Electric Power Co., segundo a agência de notícias Jiji, dão conta de que as barras de combustível em um reator nuclear japonês atingido pelo terremoto estão expostas.
A informação se refere ao reator número 2 do complexo Fukushima Daiichi, onde os índices de água para resfriamento em volta do núcleo do reator haviam baixado neste domingo.
Segundo a Jiji, a possibilidade do derretimento das barras de combustível não poderia ser descartada. O derretimento aumentaria o risco de danos ao reator e de um possível vazamento nuclear, dizem especialistas.
O uso de água do mar para resfriar os reatores nucleares japoneses afetados pelo terremoto de sexta-feira um “procedimento de emergência”, explica o professor de engenharia nuclear Aquilino Senra, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“É como se fosse um incêndio. A hora que acaba a água do hidrante, você usa qualquer água disponível. O importante é resfriar o reator”, afirmou ele.
Classificado por especialistas como um “ato de desespero”, o uso de água do mar para tentar resfriar o reator trouxe ao mundo a lembrança da catástrofe de Chernobyl.
"A situação tornou-se tão crítica que não têm mais, ao que parece, a capacidade de fazer ingressar água doce para resfriar o reator e estabilizá-lo, e agora, como recurso último e extremo, recorrem à água do mar", disse Robert Alvarez, especialista em desarmamento nuclear do Instituto de Estudos Políticos de Washington, durante entrevista à imprensa, em audioconferência, no fim de semana. (VoteBrasil)
O Brasil tem duas usinas nucleares em funcionamento: Angra 1 e Angra 2, ambas no litoral sul do Rio de Janeiro. Angra 3 está em construção. Segundo a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás responsável pela construção de usinas nucleares, Angra 1 e 2 podem suportar ondas de até 6 metros de altura.
Para Sarney, embora “os níveis de segurança no Brasil sejam bons”, há a necessidade de técnicos e cientistas realizarem um debate sobre as usinas. “É preciso que haja um debate sobre as mudanças colaterais, sobre o uso da energia nuclear e o que aconteceu no Japão.
Chernobyl já foi um problema e, com esse [problema] agora [no Japão], temos que pensar nesse assunto. Um debate que terá de ser feito por técnicos, não por políticos”, afirmou Sarney ao chegar ao Congresso.
As imagens da tragédia no Japão já fizeram diferentes países anunciarem mudanças na segurança de seus programas nucleares e devem afetar a reativação do setor energético em vários países.
Informações mais recentes da operadora da usina, a Tokyo Electric Power Co., segundo a agência de notícias Jiji, dão conta de que as barras de combustível em um reator nuclear japonês atingido pelo terremoto estão expostas.
A informação se refere ao reator número 2 do complexo Fukushima Daiichi, onde os índices de água para resfriamento em volta do núcleo do reator haviam baixado neste domingo.
Segundo a Jiji, a possibilidade do derretimento das barras de combustível não poderia ser descartada. O derretimento aumentaria o risco de danos ao reator e de um possível vazamento nuclear, dizem especialistas.
O uso de água do mar para resfriar os reatores nucleares japoneses afetados pelo terremoto de sexta-feira um “procedimento de emergência”, explica o professor de engenharia nuclear Aquilino Senra, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“É como se fosse um incêndio. A hora que acaba a água do hidrante, você usa qualquer água disponível. O importante é resfriar o reator”, afirmou ele.
Classificado por especialistas como um “ato de desespero”, o uso de água do mar para tentar resfriar o reator trouxe ao mundo a lembrança da catástrofe de Chernobyl.
"A situação tornou-se tão crítica que não têm mais, ao que parece, a capacidade de fazer ingressar água doce para resfriar o reator e estabilizá-lo, e agora, como recurso último e extremo, recorrem à água do mar", disse Robert Alvarez, especialista em desarmamento nuclear do Instituto de Estudos Políticos de Washington, durante entrevista à imprensa, em audioconferência, no fim de semana. (VoteBrasil)
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