sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Baianos de olho no 2º escalão de Dilma

A corrida pela ocupação do segundo escalão do governo Dilma Rousseff (PT) tem cada vez mais se intensificado, e, na Bahia não tem sido diferente a disputa pela conquista dos cargos federais. Além das citações referentes ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) para a Caixa Econômica Federal, de Fernando Schmidt com indicação forte para presidência da Sudene, e de César Borges (PR) para a Valec, a cada momento surgem outras personalidades do meio político baiano  entre as cotadas para assumir espaços federais no estado. Ontem, circulou nas rodas o nome do ex-deputado federal Edson Duarte (PV) para ocupar o Ibama.
Entretanto, até então, os pretendentes a cargos negam as costuras em torno de seus nomes. No meio das especulações, os dirigentes estaduais de dez partidos (PT, PP, PDT, PCdoB, PSL, PRB, PTdoB, PSB e PV) se reúnem na próxima segunda-feira para uma nova rodada de conversa em torno da participação das legendas nos órgãos federais da Bahia. Além dessas siglas, há promessa de negociação também com o PMDB e o PR.
Estima-se que na esfera do estado esteja sendo disputada a ocupação de cem cargos, já entre os cargos federais, o cálculo pode chegar a 40. O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, confirmou ontem que tem costurado a questão com todos os partidos da base do governador Jaques Wagner, e há tendência de interlocução com PR e PMDB, legendas aliadas somente no plano federal.
“Eu e o líder da bancada federal Nelson Pelegrino (PT) somos os responsáveis para discutir com os partidos como será a participação, quais os critérios, o quadro político e os cargos”, contou. Quanto aos nomes cotados pela imprensa, Jonas disse que tudo ainda não passa de mera especulação. “Mas certamente os partidos com bancadas federais terão primazia nesse processo”, frisou. Ele e Pelegrino devem se reunir nos próximos dias com o secretário de Relações Institucionais do governo federal, Luiz Sérgio.
Procurado pela Tribuna, o mais novo cotado, Edson Duarte negou que tenha sido convidado pelo governo para gerir o Ibama na Bahia. “Nunca foi tratado, nunca foi discutido e nem muito menos solicitado pelo meu partido”, descartou.
 Segundo ele, houve apenas um convite da atual ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, para que ele presidisse o Conselho Nacional do Meio Ambiente e reestruturasse o Sistema Nacional do Meio Ambiente que integra os órgãos estaduais e municipais. “Mas eu agradeci e declinei, pois implicaria no alinhamento da bancada com o governo. Além disso, essa é uma área de grande conflito e eu tinha que ir somente com muita segurança e proteção da bancada que ainda é oposição”, justificou. (Lilian Machado - TB)

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