A expectativa em torno da criação do novo partido, o PDB (Partido da Democracia Brasileira), sob o comando do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), ganha cada vez mais corpo na Bahia. Informações dão conta de que um encontro entre Kassab e o vice-governador, Otto Alencar, tido como nome forte para presidir a legenda no estado, estaria marcado para o próximo dia 20. O objetivo seria costurar o máximo de alianças em torno do projeto, que vem com a promessa de agregar grandes lideranças.
O vice-governador, em conversa com a Tribuna, embora tenha negado que exista uma data estabelecida para a vinda de Kassab a Salvador, afirmou que tem conversado bastante com o prefeito de São Paulo. “Eu tenho conversado com ele (Kassab) há algum tempo, mas não tem uma data marcada, não existe nada formalizado ainda”, assegurou. Otto declarou, no entanto, que, de fato, existe uma inquietação muita grande no estado e que muitos prefeitos o têm procurado, com intuito de se livrarem das ameaças de expulsão por parte das suas atuais siglas.
“Tem muitos prefeitos na Bahia, filiados ao DEM, PR e PSDB, por exemplo, que apoiaram o governador Jaques Wagner (PT) na eleição e que estão sendo intimidados pelos dirigentes das suas atuais legendas. Existe uma ameaça de que se eles permanecerem não terão o direito de concorrer no próximo pleito, sob alegação de infidelidade partidária. O próprio DEM já disse isso, o PMDB pode fazer como fez com o prefeito João Henrique, e como a legislação atual não permite mudanças, a não ser para um novo partido, o PDB seria a salvação para que esses gestores não fossem retaliados”, explicou, preferindo não dar nomes aos “bois”.
Ainda, segundo o vice-governador, presidentes de partidos hoje no Brasil têm mais poder de expulsar, de cassar do que qualquer general quatro estrelas da época da ditadura. E o detalhe: os políticos acabam ficando reféns. É claro que existem exceções como o PT, o PCdoB”, pontuou, sem sequer citar seu atual partido, ao qual não esconde a insatisfação pelo tratamento que vem recebendo.
Por fim, Otto destacou que, se o PDB for realmente criado, não irá trabalhar para cooptar ninguém. “Se acontecer, é claro que existe essa possibilidade, virá quem quiser. Até mesmo porque essa é uma responsabilidade muito grande e quem definir pela mudança é quem terá que arcar”. Ele, conforme faz questão de reforçar, não é candidato a nada em 2012 e muito menos em 2014, conforme já chegou a ser cogitado.
Por fim, Otto destacou que, se o PDB for realmente criado, não irá trabalhar para cooptar ninguém. “Se acontecer, é claro que existe essa possibilidade, virá quem quiser. Até mesmo porque essa é uma responsabilidade muito grande e quem definir pela mudança é quem terá que arcar”. Ele, conforme faz questão de reforçar, não é candidato a nada em 2012 e muito menos em 2014, conforme já chegou a ser cogitado.
Vale lembrar que nos corredores da Assembleia Legislativa e na Câmara de Salvador, a expectativa também é grande em prol do PDB e a lista de futuros dissidentes só faz aumentar. Na ala do DEM, pelo menos 12 integrantes, somente entre deputados e ex-deputados, estariam de malas prontas.
Líderes do DEM soltam o verbo
Enquanto isso, quatro deputados do DEM subiram no Plenário da Câmara ontem, para criticar o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Classificaram a nova legenda que deve ser criada por ele de “partido da boquinha, que quer pegar uma teta gorda que o governo federal tem”, e chamaram a atitude de fusão com um novo partido posteriormente como “lamentável” e um “adesismo oportunista”. O líder da bancada na Câmara, ACM Neto (BA), foi um deles, para quem montar um novo “partido para, logo depois, promover atos de fusão” é um “liberou geral, um adesismo oportunista”.
ACM Neto afirmou que políticos como Kassab serão julgados e condenados pelos brasileiros. “Montar um partido como meio de passagem, como uma janela indiscreta, aí é lamentável”, disse.Enquanto isso, quatro deputados do DEM subiram no Plenário da Câmara ontem, para criticar o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Classificaram a nova legenda que deve ser criada por ele de “partido da boquinha, que quer pegar uma teta gorda que o governo federal tem”, e chamaram a atitude de fusão com um novo partido posteriormente como “lamentável” e um “adesismo oportunista”.
O líder da bancada na Câmara, ACM Neto (BA), foi um deles, para quem montar um novo “partido para, logo depois, promover atos de fusão” é um “liberou geral, um adesismo oportunista”. ACM Neto afirmou que políticos como Kassab serão julgados e condenados pelos brasileiros. “Montar um partido como meio de passagem, como uma janela indiscreta, aí é lamentável”, disse. (Fernanda Chagas – TB)
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