terça-feira, 12 de abril de 2011

Bahia: Geddel minimiza possíveis perdas para o PSD

O alinhamento de um projeto único - elaborado por técnicos de todos os partidos para a capital baiana e para o interior - que possibilite o restabelecimento da força da oposição em 2012 e 2014 no estado esteve no centro do debate entre os deputados que compõem a minoria na Assembleia Legislativa e o atual vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima, ontem, na terceira rodada de conversas, realizada pela bancada oposicionista no Legislativo baiano.

A reunião a portas fechadas contou com a presença de onze parlamentares e do presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima. Peemedebistas minimizaram o cenário de possíveis perdas de integrantes para o novo partido PSD. Os três deputados citados como os que devem deixar a sigla, Alan Sanches, Temoteo Brito e Ivana Bastos, não compareceram ao encontro

Questionado sobre as supostas baixas no partido, Geddel, considerado forte liderança do PMDB baiano, disse que a ausência dos deputados representa um sinal do suposto afastamento, mas antes de qualquer conclusão sobre o assunto se “espera uma manifestação oficial”.

“A notícia que tenho é que a executiva do partido já encaminhou um documento solicitando deles um posicionamento. A partir daí, à luz do que estabelece a legislação, o partido se posicionará”, afirmou. Ivana e Temoteo justificaram o não comparecimento ao fato de estarem em suas bases eleitorais e o deputado Alan se recupera de uma pequena cirurgia. 

Geddel criticou o adesismo e atribuiu a atual fase da política a uma “maré”. “Existe esse conceito que só se pode fazer política à sombra do poder, por isso você tem sempre adesistas - pessoas que não respeitam o resultado das urnas”, alfinetou. “Mas eu tenho experiência suficiente pra saber que política é igual ao movimento das marés. Ela enche e vaza, vaza e enche. É ter serenidade e ser fiel àquilo que você acredita”, enfatizou. 

O ex-ministro deixou claro que a intenção não será a de se construir “uma candidatura contra alguém”, mas a de elaborar um programa que sirva de alternativa para Salvador. “A sociedade está interessada cada vez mais na solução de seus problemas. O que eu vejo na prefeitura de Salvador, é que a partir do momento que o prefeito decidiu abandonar o PMDB, evidente que o ritmo gerencial caiu”, criticou. 

O peemedebista também considerou a chance de uma candidatura única, desde que se sustente a favor de um projeto. (Fernanda Chagas –TB)

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