quarta-feira, 13 de abril de 2011

Falta de quorum adia reforma na Assembleia

O projeto da reforma administrativa do estado, que cria novas secretarias e superintendências e ainda reestrutura órgãos ambientais, chegou à Assembleia Legislativa com previsão de ser votado de forma imediata, mas não teve sua tramitação facilitada pelos deputados.

Apesar das recomendações do governador Jaques Wagner (PT), a bancada do governo não conseguiu dar quorum em plenário ontem para aprovação do regime de urgência da matéria. Caso o pedido fosse aprovado, o projeto de origem do Executivo seria votado na próxima semana.

Durante a sessão extraordinária, após verificação de quorum, solicitada pela bancada de oposição, foi confirmada a presença de apenas 24 deputados, sendo 22 do governo e dois da ala oposicionista.

Para que houvesse a apreciação seriam necessários 32. Parlamentares da força contrária ao governo comemoraram o fato e atribuíram o resultado a uma reação dos adesistas, descontentes com os espaços obtidos na divisão dos 176 cargos a serem criados em âmbito estadual.    

A possível rebelião de alguns governistas já teria chegado ao conhecimento do presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT), antes da sessão. Enquanto almoçava, sua secretária ligou para ele informando que naquela hora mais de 20 parlamentares se avolumavam, impacientes, em seu gabinete, à sua espera.  

Àquela altura, Nilo também já tinha recebido mais de uma dezena de telefonemas de deputados da base, demonstrando toda a sua insatisfação com a reforma do governo. Em conversa com a  Tribuna, o líder governista Zé Neto minimizou o fato.

“Se houve uma movimentação nesse sentido não percebi que tenha sido articulada. Se houve foi algo individual, mas vamos investigar”.

O petista considerou também o fato de nove deputados da base terem avisado com antecedência que não estariam presentes, entre eles estavam seis do PP que participavam ontem do congresso em Brasília.(Lilian Machado e Raul Monteiro – TB)

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