terça-feira, 3 de maio de 2011

Partidos constroem alianças inusitadas para 2012

A ânsia pela conquista do poder municipal em 2012 tem feito alguns partidos romperem até mesmo as fronteiras estabelecidas pela formação de blocos e bancadas nos legislativos na Bahia. Nas arrumações para as eleições do próximo ano em Salvador, um dos exemplos inusitados tende a ser protagonizado pelo PR.

O partido que integra a oposição na Assembleia Legislativa e forma bloco com o PSDB na Casa está a caminho de se aliar a PSL e PRB – siglas que atualmente agregam a base do governador Jaques Wagner (PT) – com o claro objetivo de construir uma candidatura única para o pleito que decidirá o comando da prefeitura de Salvador.

A construção dessa aliança foi discutida ontem em uma reunião na Assembleia, entre fortes representantes dos partidos. Nesse clima de unificação, já surgiram até mesmo os possíveis nomes para disputa. Entre os mais cotados estão os deputados federais Maurício Trindade (PR) e Bispo Marinho (PRB) e os estaduais Deraldo Damasceno (PSL) e Sidelvan da Nóbrega (PRB).

Conhecido pela atuação como delegado e com grande votação em Salvador nas últimas eleições estaduais, o deputado Deraldo Damasceno não esconde o desejo de encarar um possível embate eleitoral em 2012.

“Meu nome está cotado justamente por eu ser um dos mais bem votados na capital baiana, mas há outros nomes também. Não descarto, pois sou muito bem quisto e quero muito o bem de nossa cidade. Estou aqui para apoiar e ser apoiado,” enfatizou.

O presidente do PSL na Bahia, Toninho Oliveira, contou que há muito tempo as legendas discutem as possibilidades de uma aliança.

“Todo o diretório estadual e os deputados são favoráveis e tem tudo para dá certo”, confirmou, ressaltando que novas rodadas de conversas definirão o cenário do grupo. O dirigente desconsidera a existência de possíveis barreiras motivadas por alianças pré-existentes.

Questionado sobre o contexto do PR que integra a força contrária ao governo Wagner, Oliveira disse que “nada é empecilho”. “Não estamos discutindo eleição de estado, mas sim do município e continuamos firmes na base do governador. Além disso, todos estão na base do governo da presidente Dilma”, desconversou.

Ele também admitiu a possível busca por mais aliados. “O adversário de hoje pode ser o aliado de amanhã. Fomos buscar o PR porque eles tem um bom tempo de televisão e nós queremos ampliar o nosso tempo”, disse. 

O deputado Sandro Régis, líder do PR/PSDB na Assembleia disse que desconhecer a provável aliança para 2012 e a reunião entre os partidos. “A única coisa que tenho certeza é a de que somos oposição”, frisou. A reportagem não conseguiu falar com os dirigentes do PR no estado. (Lilian Machado – TB)


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