sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Líder do governo no Senado cobra lealdade do PMDB para evitar CPI dos Transportes

Jucá lembrou que descontentamentos na base aliada do governo são naturais, mas disse que não justificam as assinaturas para a CPI. “Reivindicações fazem parte do dia a dia e nós estamos trabalhando para atendê-las...

Brasília - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), cobrou hoje (11) dos senadores do PMDB que não assinem o requerimento para criação da comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes.

Jucá lembrou que descontentamentos na base aliada do governo são naturais, mas disse que não justificam as assinaturas para a CPI. “Reivindicações fazem parte do dia a dia e nós estamos trabalhando para atendê-las, mas uma coisa é reivindicar, outra é assinar”.

Por fim, Jucá pediu aos colegas de partido que não ofereçam armas à oposição contra o governo. “O PMDB tem dado algumas assinaturas de senadores que efetivamente têm uma posição divergente, mas nós temos pregado à base que não é interessante, salutar ou construtivo dar à oposição um instrumento para fustigar o governo”.

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), defendeu o partido. Segundo ele, os peemedebistas estão “frustrados” pela baixa participação nas decisões de governo, mas negou que o sentimento tenha a ver com cargos no governo ou liberação de emendas.

“São dificuldades pontuais que precisam ser superadas, muitas pelo desejo frustrado de participar da formulação, da decisão. Temos internamente conversado muito sobre isso, dissemos isso à ministra [da Secretaria de Relações Institucionais] Ideli [Salvatti]. Efetivamente essas diferenças não têm nada a ver com liberação de recursos, com ocupação de espaço na administração. São diferenças pontuais”, disse Calheiros.

Apesar da insatisfação, o líder do PMDB garantiu que os parlamentares do partido saberão “preservar os interesses do país” e separar a crise política da econômica. “Nós precisamos integrar mais a bancada, o partido, nesse momento não dá para conjugar o estresse econômico mundial com uma crise política interna. Seria uma coisa dificílima na administração”. (VoteBrasil)

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