sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Fatos em foco

Pesquisa registra que, em setembro de 2011, a inadimplência foi 26% maior do que em setembro de 2010

Hamilton Octavio de Souza - Brasil de Fato

Leva tudo
Não bastasse a permissão – inconstitucional – para o capital estrangeiro e as teles entrarem na produção de conteúdo da comunicação social, e a não interferência na brutal concentração do setor, o governo federal prepara agora Medida Provisória que amplia a isenção tributária para esses grupos empresariais. O favorecimento do capital sempre anda rápido com MP. Já o interesse do povo, quando muito vira projeto de lei para dormir no Congresso! 

Concentração
“Queimada” junto aos consumidores, clientes e órgãos de defesa do consumidor, devido aos péssimos serviços na telefonia pública, a marca Telefonica deve desaparecer do mercado até o final de 2012. Será substituída pela marca Vivo, que foi comprada pela empresa espanhola e deve prevalecer na incorporação empresarial. Uma jogada de marketing para esconder todas as sacanagens da Telefonica – desde a privatização da Telesp. 

Sinalização
Pesquisa da Serasa Experian sobre a situação financeira das empresas registra que, em setembro de 2011, a inadimplência foi 26% maior do que em setembro de 2010. Em relação ao acumulado de janeiro a setembro de 2011, a inadimplência cresceu 16% em relação ao ano passado. Da mesma forma, em relação às dívidas com bancos as empresas tiveram este ano um valor médio 9,7% maior do em 2010. A bola de neve avança! 

Avanço argentino
Mais um julgamento memorável na Argentina resultou na condenação de 16 militares envolvidos em sequestros, torturas, assassinatos e desaparecimento dos corpos de centenas de presos políticos durante a ditadura de 1976 a 1983. Onze deles receberam penas de prisão perpétua, inclusive o capitão Alfredo Astiz, que foi um dos chefes do centro de tortura da Escola Superior de Mecânica da Armada. No Brasil os torturadores estão impunes... 

Avanço uruguaio
Na última semana as instituições do Uruguai deram um passo importante para apurar e julgar os autores de violação dos direitos humanos na ditadura de 1973 a 1985: o Congresso Nacional revogou a Lei de Anistia e tornou imprescritíveis os crimes do Estado; o presidente José Mujica sancionou a Lei, e a Justiça abriu processos contra ex-agentes acusados de tortura e assassinato. No Brasil o STF considera os torturadores anistiados... 

Muro inaceitável
Acontece dia 8 de novembro, às 19 horas, na PUC-SP, o debate “O muro do apartheid e a resistência palestina”, sobre o muro que está sendo construído pelo Estado de Israel no território palestino da Cisjordânia. Participará do debate o mais destacado líder da resistência não violenta na Palestina, Abu Rahmah, entre outros. O evento faz parte da Semana Mundial contra o Muro do Apartheid. 

Brasil potência
Na sanha de reprimir os ambulantes de São Paulo, a prefeitura não apenas contratou policiais militares nos seus horários de folga, usou artefatos militares de combate a inimigos perigosos (bombas e balas de borracha), como também fez ataques altamente sofisticados: apreendeu o tabuleiro e confiscou os doces de um cadeirante que ganha a vida próximo ao cruzamento da rua Estados Unidos e avenida Nove de Julho, no Jardim Paulista. Uma crueldade inacreditável! 

Luta popular
Os movimentos que ocuparam o canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, dia 27 de outubro, afirmam, em nota, o seguinte: “A nossa resistência contra este projeto de destruição chamado Belo Monte permanece inabalável. A ocupação foi um recado claro para o governo Dilma Rousseff de que a luta pela proteção do Xingu está mais viva do que nunca”. E prometem novas ações contra a obra.

Insegurança jurídica
O Grupo de Trabalho Áreas de Preservação Permanente, integrado por oito procuradores da República e peritos do Ministério Público Federal, encaminhou ao Congresso Nacional, na semana passada, documento sobre o projeto do Código Florestal, no qual afirmam que ele “aprofunda distorções e mergulhará o país em grande insegurança jurídica, por conta de ações diretas de inconstitucionalidade...” Está dado o recado!

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