quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Um ultimato ao PSDB no estilo Serra

Por José Dirceu, em seu blog:


A verdade é que as divergências e cisões entre os tucanos são muito maiores do que parecem à primeira vista. Além de divididos entre quatro pré-candidatos, eles também estão separados entre serristas e alckmistas, e entre os que querem e os que não querem aliar-se ao prefeito paulistano Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, agora PSD).

Aliás, já não têm, e isto está claro, o apoio de Kassab e do seu PSD. O prefeito até já lançou seu candidato ao Palácio Anhangabaú (Prefeitura): Guilherme Afif Domingos. Assim, o tucanato tem é uma longa caminhada pela frente para ter candidato e aliança capazes de levá-los ao 2º turno.

Os tucanos nem haviam ainda se refeito do baque da exposição da lavagem de sua roupa suja em público (pelo Estadão) e veio essa outra bomba contra eles publicada hoje pela Folha de S.Paulo: numa reunião com a cúpula do PSDB, José Serra comunicou que o partido não deve ter candidato a prefeito.

E mais: avisou que ou o PSDB apóia a candidatura a prefeito do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD), apresentada por Kassab, ou ele, Serra, cruza os braços e não participa da campanha. Assim, mesmo, feito ultimato... E tem precedente: em 2008, contrário à candidatura de Geraldo Alckmin a prefeito, ele fez campanha pela reeleição do aliado Gilberto Kassab.

Do nosso lado temos já três candidatos fortes, o ministro da Educação, Fernando Haddad, pelo PT; o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP); e ainda o vereador Netinho, pelo PCdoB. Do lado de cá, falta o PDT definir seu rumo e o PR.

Do lado de lá eles têm, por enquanto, só o DEM (se é que não foi varrido pela formação do PSD e ainda existe em São Paulo), o PTB, o PSB e o PP de Paulo Maluf, todos três partidos integrantes do governo Alckmin no Estado. Agora, é esperar para ver o que é retórica nessa nota do tucanato e no ultimato de José Serra, e o que é realidade.

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