quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Voltar a crescer, urgente!

Por Renato Rabelo


Não tardou para o aperto monetário e fiscal iniciado no começo do ano fazer seu efeito. Neste trimestre, o consumo familiar caiu 0,1%, o PIB industrial negativou em 0,9% e nos serviços a queda foi de 0,3%. O crescimento econômico neste trimestre foi 0% e a estimativa para o ano que já foi de 4,5% no início do ano, despencou para 3,2%.


As causas são mais internas que externas. Tudo indica que a dose do aperto foi excessiva. Se a crise externa causa fechamento de mercados, a alternativa interna – dado o tamanho de nosso mercado interno – era a plausível e recomendada. Esta alternativa (mercado interno) foi reativada com quedas contínuas das taxas de juros e isenções fiscais anunciadas, para a chamada “linha branca”, na semana passada.


Certamente o governo já tinha posse destes dados há mais tempo. Tanto é verdade que uma série de medidas para destravar o investimento público já começou a ser tomada, entre elas o empenho de verbas federais vinculadas ao investimento de forma que as ações sejam iniciadas ainda este ano. Para termos ideia da centralidade desta medida, entre janeiro e outubro deste ano somente R$ 10,3 bilhões foram executados de um montante previsto de R$ 69 bilhões.

Neste sentido as perspectivas de crescimento para o ano que vem não são sombrias. Além do alavancamento do gasto púbico previsto, existe a grande possibilidade, ainda, da queda da taxa de juros -- que deve ser acelerada -- e o aumento do salário mínimo para R$ 625,00.


O dado em si é péssimo para o país. Mas as perspectivas não são ruins. A luta pelo desenvolvimento é claramente política. O momento é de acumular forças. A realidade vai demonstrando que o desenvolvimento demanda um pacto político sólido e de largo alcance. O país precisa voltar a crescer urgentemente.


Fonte: Blog do Renato

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