Segundo Menezes, não há constrangimento no fato de ele ser governo e estar em um bloco de oposição. “Eu sempre fui governo. Além disso, a oposição deixou que meu nome fosse indicado, mas ela também ganhou com isso, pois pôde formar mais um bloco, o que possibilitou mais tempo para falar e mais participação na Casa”, justificou. Também conforme o deputado, há justificativas louváveis em seu nome ter sido indicado para a presidência da Comissão de Segurança. “O governo me pediu com o intuito de que tivesse alguém de confiança no comando”, explicitou.
Em reação às possíveis críticas, o republicano diz que ainda há tempo para intensificar o combate. “Acabamos de formar as comissões e os projetos ainda nem apareceram”, alega. “Tem muito deputado experiente como Paulo Azi (DEM) e Elmar Nascimento (PR) que ainda não inauguraram a tribuna, mas muitos novos já fizeram discurso sobre os homicídios, a situação da saúde, que realmente deixa a desejar, enfim a violência, que entendemos ser um problema de gestão, entre outros”, cita, incorporando as cobranças.
Novatos se destacam na Casa
Dos novatos, o peemedebista Alan Sanches é um dos que mais têm se destacado nas cobranças ao governo do Estado através da atuação parlamentar. Nas poucas vezes em que a oposição se mostrou, centralizaram os pronunciamentos nas áreas da segurança, com as elevadas taxas de homicídios, a criação das novas secretarias, a inconstitucionalidade do ICMS e o abandono de Itaparica.Afinal, o sistema carcerário baiano está um caos e precisa ser revisto. As mulheres também precisam de maior apoio por parte do poder público, mas o meu questionamento é: as novas pastas não implicarão em nomeação de novos secretários, de novos cargos comissionados, serviços terceirizados, entre outras demandas que, consequentemente, acabarão por onerar o cofre público estadual? Diante do anúncio de corte que preocupou a todos, o discurso do governador ficou, no mínimo, paradoxal”, destacou.
Diferente de Alan, que tem se colocado como voz dissonante da oposição, o silêncio de alguns veteranos, como o democrata Paulo Azi, que sempre se posicionou de forma contrária a Wagner, e de Gildásio Penedo, do mesmo partido, confirmam os rumores de “baixa empolgação”. Mas segundo, o deputado Elmar Nascimento (PR) - que andou “baixando a poeira” depois das eleições -, tirar conclusões agora é precipitação. “O mandato começou agora. Não podemos ficar batendo de graça”, desconversa.
O correligionário Sandro Régis também alega o clima de início. “Isso ainda deve evoluir. Começamos agora e confiamos em nosso experiente líder”. O deputado Leur Lomanto Jr.(PMDB) concorda que o debate deve esquentar mesmo depois do Carnaval. “A partir daí vamos fazer uma oposição coerente, identificando outros gargalos do estado e pontuando ainda mais na questão da segurança e na necessidade de atração de novos investimentos”, promete.(Lilian Machado - TB)
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