Dilma Rousseff quer saber se o sindicalismo que a apoiou na campanha deseja ajudá-la ou se quer apenas ser um estorvo para atrapalhar o governo dela. Segundo o Josias de Souza, da Folha, depois de moer as centrais sindicais no lufa-lufa do salário mínimo, Dilma convidou-as para conversar.
O encontro ocorrerá nesta sexta (11). Cuida da organização da reunião o ministro petista Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da República). Durante o feriadão de Carnaval, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, dissera que havia sido convidado por Dilma.
Paulinho dera a entender que apenas a sua central iria ao Planalto. Lorota. Dilma mandou chamar meia dúzia de centrais. A de Paulinho quase ficou de fora. Dilma traz o deputado atravessado na traquéia.
Companheiro de partido do ministro Carlos Lupi (Trabalho) Paulinho associou-se à oposição na votação do mínimo de R$ 545. Cogitou-se excluir a Força Sindical da reunião. Aventou-se também a hipótese de condicionar a presença da central à ausência de Paulinho. Como o propósito de Dilma é o de desenvenenar as relações com o sindicalismo, decidiu-se incluir Paulinho no rol dos convidados.
Assim, vão ao Planalto os mandachuvas das seguintes centrais: CUT, Força Sindical, UGT, CGTB, CTB e NCST. O encontro ocorre no instante em que o governo se prepara para arrancar do Congresso o reajuste da tabela do Imposto de Renda em de 4,5%.
No gogó, as centrais querem mais. Pediam 10%. Reduziram para 6,76%. Agora, dependendo da entidade, fala-se em algo entre 5% e 6%. O IR é apenas um dos tópicos que distanciam os sindicalistas do Planalto. As centrais reivindicam também o aumento das aposentadorias acima do salário mínimo. (TB)
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