quarta-feira, 20 de abril de 2011

Bahia: Wagner acalma a base e deputados aprovam regime de urgência

O diálogo e o poder de convencimento do governador Jaques Wagner (PT) e de sua equipe política imperaram no cenário de possíveis divergências dentro da base aliada, e os deputados governistas conseguiram aprovar em plenário, na Assembleia Legislativa, ontem, o requerimento de urgência urgentíssima para votação do projeto da reforma administrativa do governo.

Apesar da resistência das bancadas oposicionista e independente que contestaram a suposta pressa do Executivo, e da antevéspera do feriado da Semana Santa, a apreciação do pedido de urgência ocorreu em ambiente de tranquilidade, com 35 votos a favor, 12 contra e três abstenções. A previsão é de que a proposição que modifica a estrutura do governo seja votada na próxima semana. Além do regime, os deputados aprovaram também a prioridade nas pautas da Secretaria de Agricultura (Seagri).

“Esse resultado mostrou que não existe nada fora do controle, nem tensão maior”, disse o líder do governo, Zé Neto (PT), após a votação. O petista voltou a descartar a existência de qualquer reação dos deputados, motivada pela insatisfação na distribuição dos cargos. “Se houve essa crise, ninguém veio até a mim, nem tampouco ao governador para falar”, negou.

  Entretanto, o fato refletiu no Executivo, que por diversas vezes se reuniu com a bancada aliada, durante a semana, através da coordenação do secretário de Relações Institucionais, Cezar Lisboa. A rodada se intensificou com o retorno do governador da viagem à China.

Em conversa com a reportagem da Tribuna da Bahia ontem, Lisboa confirmou o recado de Wagner sobre a necessidade de que sua bancada aprovasse com agilidade a matéria, já que existiria uma “defasagem” na reestruturação das secretarias e do gabinete do governo.  “Desde quando ele estava na China, já conversávamos até mesmo através de torpedos e ele já dizia da necessidade de se fazer o máximo.

O clima é propício para a aprovação, pois não existem divergências sobre o conteúdo da reforma”, relatou o secretário. Sobre a distribuição dos cargos, ele admitiu o “tensionamento”, mas nada que abale as relações. “Sempre asseguramos maior unidade com muito diálogo e negociação”.
Fonte: Lilian Machado -TB

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