terça-feira, 17 de maio de 2011

ANÁLISE SUPERFICIAL DE 2012 EM FEIRA DE SANTANA

Feira de Santana, a Princesa do Sertão, tem deixado muita gente do mundo político de olhos arregalados de paixão, para poder decidir os rumos políticos-administrativos, dessa que é a mais bela e está encravada na entrada do Semiárido baiano. Alguns com projetos para o município, outros ainda querendo construir projetos, e mais outros que não têm e não vão construir esses projetos que o povo tanto precisa da administração pública. Mas todos querendo a todo custo ganhar as eleições de 2012.
Feira de Santana hoje se constitui como um dos maiores centros comerciais, e maior entroncamento rodoviário do interior do Norte-Nordeste Brasileiro, com cerca de 600 mil habitantes, cadastrado pelo IBGE, e com todas as demandas sociais, culturais, ambientais, econômicas e humanas dos grandes centros urbanos de nosso país. No município uma grande batalha já se iniciou entre os mais diversos atores do mundo político em movimento. Todos querem vencer em 2012. Mas analisar isso não é tarefa fácil, porém não é totalmente impossível fazer alguns comentários.
Entre aqueles que se deve conversar sobre o cargo de prefeito de Feira de Santana, estão diversos quadros políticos representando as mais variadas matizes políticas e ideológicas. Entre eles destacam-se o Senador João Durval (PDT), o Deputado Estadual Zé Neto (PT), o ex-Prefeito Zé Ronaldo (DEM), o atual Prefeito Tarcísio Pimenta (DEM), o ex-Vereador Messias Gonzaga (PCdoB), o ex-Deputado Federal Colbert Martins (PMDB), o Deputado Federal Sérgio Carneiro (PT), a ex-Deputada Estadual Eliana Boaventura (PP), o ex-Deputado Federal Jairo Carneiro (PP), o Vereador Roberto Tourinho (PSB), o Deputado Federal Fernando Torres (DEM), bem como os Deputados Estaduais Targino Machado (PSC), Carlos Geilson (PTN), Graça Pimenta (PR) e José de Arimatéia (PRB).
Existem lógico, os outros da Casa da Cidadania feirense e lideranças expressivas do meio empresarial e da sociedade civil, mas naturalmente quase todos em seu conjunto estão liderados por alguns dos principais expoentes da política feirense.
O atual Prefeito Tarcísio Pimenta (DEM), foi eleito num grupo que nos últimos tempos foi coordenado politicamente pelo seu antecessor na cadeira que ocupa. Ele é candidato natural ao cargo, porque pode se quiser e tem direito a reeleição, porém precisa combinar com o DEM, partido do qual faz parte e é presidido exatamente por Zé Ronaldo. Este tem em seus fiéis correligionários a capacidade de colocar seu nome no páreo de forma discreta, porém preocupante para Tarcísio. Na opinião de muitos será difícil Tarcísio obter a legenda para continuar como Prefeito. Se for assim, deverá até setembro próximo definir seu rumo, obedecendo a legislação eleitoral em vigor. As opções não lhe faltam, porque tem em mãos a capacidade do próprio cargo que ocupa e do poder que exerce. Para bom entendedor ou já sabe o que vai fazer ou está numa encruzilhada.
O problema também do atual Prefeito, segundo vozes correntes, é que se Zé Ronaldo (DEM) colocar seu nome no páreo, tira-lhe os votos necessários para o bom combate. Formadores de opinião e blogueiros locais, nas entrelinhas veem os adversários de Zé Ronaldo sendo outros e não Tarcísio, dada a grande votação que o mesmo teve para o Senado e a influência que exerce sobre grupos de vários setores no município.
Falando do mesmo grupo, elegeu apenas um Deputado Federal, Fernando Torres (DEM), que nos últimos dias lançou a pedra inicial do novo partido, o PSD. Segundo fontes de blogs locais ele nunca deixou de sonhar em governar Feira de Santana. Se a eleição dele para Brasília dependeu dele mesmo, vai incomodar muita gente do grupo, que, aliás, apresenta para a sociedade feirense muita confusão aparente, pois não podemos acreditar em teatro nos fatos reais do mundo político. Como não existe espaço vazio na política e não pode haver mais de um candidato do mesmo partido ou grupo, alguma coisa vai acontecer até setembro próximo. Vamos esperar prá ver o que acontece.
Nessa mesma seara três políticos bons de voto que perderam a ultima eleição são também importantes no processo eleitoral do ano que vem. A primeira é Eliana Boaventura, que na última legislatura obteve mandato, apesar de ter ficado na suplência. Detentora em todas as eleições de grande quantidade de votos não tem obtido sucesso próprio em pleitos eleitorais. Apesar disso, sabendo do seu capital eleitoral no município, a algum tempo atrás andou expondo a ideia de que seu nome estaria para avaliação, considerando também que a mesma e seu partido hoje são da base do Governo Estadual, e pelo visto ainda mantém pessoas suas no Governo de Tarcísio. Algumas pessoas dizem que esse fato é somente para barganhar posições no Governo. O segundo nome dessa seara é Jairo Carneiro (PP), que nos últimos anos perdeu suas bases eleitorais capazes de lhe alçar a Brasília, mas não deixou de ter votos para ser respeitado também, tanto que hoje é Chefe de Gabinete da Secretaria da Agricultura, coordenada pelo seu partido.
O terceiro nome que perdeu a eleição foi o ex-Deputado Federal Colbert Martins (PMDB). Candidato em várias eleições ao cargo de Prefeito, mas nunca logrou êxito. No Congresso sempre se colocou em favor dos interesses do povo baiano e especialmente de Feira de Santana. Hoje é Secretário Nacional de Turismo, cargo de extrema importância, dado o grande volume de recursos que passam no Ministério do Turismo, principalmente de emendas de parlamentares no Orçamento. Seu partido definiu prioridade de candidaturas e não deve ser diferente com Feira de Santana.
Nesse teatro hobbiano, duas personalidades da mesma família e em partidos diferentes jamais ficarão de fora do debate, dada a importância que exercem com seus mandatos em favor de Feira de Santana. O primeiro deles é o Senador João Durval (PDT), duas vezes prefeito do município, ex-Governador do Estado e na sua carreira política assumiu vários cargos de importância para nosso Estado. Nas últimas semanas rumores dão conta de ele pode sim ser candidato de seu partido no município. Se for mesmo vai incomodar muita gente, pois apesar de sua idade, ele é Senador da República e sabe fazer política, tanto que poucas vezes foi derrotado.
Da mesma família o Deputado Sérgio Carneiro (PT), que tem um histórico de competência parlamentar e principalmente política. Recentemente disse que seu nome também está a disposição, pois tem responsabilidade com Feira de Santana. Foi candidato nas últimas eleições ao cargo principal de Feira de Santana, numa ampla coligação de partidos, porém também não logrou êxito eleitoral. Porém é nome de destaque municipal, estadual e federal, e pelo visto não vai ficar olhando a roda da história pela janela.
Do mesmo modo, o Deputado Estadual Zé Neto (PT), o mais votado no município na última eleição, abertamente já colocou seu nome como candidato. Zé Neto (PT) é insistente, candidato várias vezes sem conhecer a vitória para Prefeito, mas uma vez coloca seu nome numa condição privilegiada. Como Deputado bem votado é detentor do cargo de líder do Governo na Assembleia Legislativa e coordena vários processos políticos-administrativos do Estado em nosso município. Sendo candidato pode fazer um “calo de sangue” em muita gente que tem histórico na política feirense.
Outro político que jamais vai deixar de ser ouvido é Messias Gonzaga (PCdoB), considerado uma reserva moral da política feirense e num partido de extrema importância no contexto estadual. Vereador por cinco mandatos consecutivos, e reconhecido como um dos melhores parlamentares que  Feira de Santana já teve. Foi candidato a vice-prefeito em 2008. Seu partido também apresenta no próximo pleito eleitoral candidaturas em todos os municípios mais populosos e de importância econômica para o Estado. Outro nome de importância também é o Vereador Roberto Tourinho (PSB), o mais polêmico Vereador da Casa da Cidadania feirense, que usando a Tribuna da Casa consegue formar opinião política no município.
Além desses nomes que representam agremiações e grupos políticos no município temos hoje outros quatro deputados estaduais que representam o município no Parlamento estadual. Targino Machado (PSC) eleito com boa expressão de votos no município, a algum tempo atrás andou soltando farpas contra o atual gestor, numa clara atitude política. Graça Pimenta (PR), eleita com apoio do marido não deve jamais ser contra ele, já é carta marcada. Carlos Geilson (PTN), apesar de fazer uma oposição rigorosa ao Governo de Wagner, vai ficar numa situação para se pensar se seu partido aderir de fato ao Governo. José de Arimatéia (PRB), representante da Igreja Universal no Parlamento, que resolveu desistir de dois nomes que já tinha e ficar apenas com ele, faz parte de um partido da base do Governo, mas era da base de Tarcísio antes de eleger.
Além desses nomes aqui avaliados superficialmente, em Feira de Santana existem vários líderes empresariais e da sociedade civil que tem importância e influência política que vai além do que os “olhos nus” e a vã filosofia possam imaginar. Na Câmara de Vereadores, dos 21 edís poucos podem dizer que são independentes, pois quase todos são liderados pelos nomes e grupos aqui elencados.
Não se pode avaliar o quadro político feirense de modo mais aprofundado, pois ainda faltam vários meses para a realização das convenções partidária do ano vem que definirão quem são os candidatos e alianças. Muito jogo de xadrez vai acontecer nos escritórios e gabinetes, bem como muita gente aqui elencada não vai ter condições de se manter como o “Rei” do tabuleiro, pois o cargo de Prefeito é um só e não existe histórico em Feira de Santana de eleição com dezenas de candidatos.
O que o povo feirense precisa é que os nomes que se coloquem para avaliação de outubro do ano que vem, tenham projetos e compromisso com este grande centro urbano que é Feira de Santana. Muitos amam a política, mas são poucos de fato que podem dentro de um programa de governo adequado administrar os interesses dos quase 600 mil habitantes. Aqui no município começaram de fato os preparativos da guerra eleitoral de 2012.
Aqui apenas uma pequena e superficial base de informações para alguns amigos que pensam de fato nossa cidade.
Genaldo de Melo

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