segunda-feira, 23 de maio de 2011

Notícias do Mundo em Movimento

Obama tenta tranquilizar Israel sobre visão do Oriente Médio
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, procurou acalmar a fúria de Israel no domingo sobre suas novas propostas de paz no Oriente Médio, deixando claro que o Estado judeu será provavelmente capaz de manter alguns assentamentos em qualquer acordo final com os palestinos.
Obama, dirigindo-se aos maiores defensores de Israel nos Estados Unidos, repetiu sua opinião de que as negociações de paz congeladas há muito tempo devem começar a ser discutidas com base nas fronteiras do Estado judeu de 1967.
A afirmação enfureceu Israel, expôs um abismo profundo nas relações do país com Washington e levantou ainda mais dúvidas sobre a perspectivas de paz.
Mas Obama, em seu discurso para o mais poderoso grupo de lobby pró-Israel, procurou aliviar as tensões com o aliado dos EUA sobre seu apoio, três dias antes, a uma antiga reivindicação palestina quanto às fronteiras de seu futuro Estado.
Obama salientou esperar que os dois lados negociem um acordo que inclui a troca de terras, levando em conta as "novas realidades demográficas no solo", sinalizando que Israel teria permissão para manter alguns assentamentos judaicos construídos em territórios ocupados.
O discurso aconteceu após um encontro na Casa Branca, na sexta-feira, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que alertou Obama contra a busca da paz "com base em ilusões" e afirmou que Israel nunca vai recuar para as fronteiras antigas, que ele considera "indefensáveis."
Netanyahu rapidamente manifestou o seu apreço pelos comentários de Obama no domingo, dizendo em um comunicado: "Estou determinado a trabalhar em conjunto com o presidente Obama para encontrar formas de retomar as negociações de paz."
A presença de Obama na assembleia anual do American Israel Public Affairs Committee (AIPAC) serviu como um lembrete austero de que sua nova fórmula de paz no Oriente Médio pode lhe custar o apoio entre os eleitores judeus e pró-Israel e dos doadores de campanha, no momento em que se prepara para a reeleição em 2012.
A questão principal é que Obama acolheu uma exigência muito importante para os palestinos: a de que o Estado que eles reivindicam nos territórios ocupados da Cisjordânia e da Faixa de Gaza deve ser, em grande parte, desenhado ao longo das linhas existentes antes da guerra de 1967, quando Israel conquistou os territórios e Jerusalém Oriental.
A proposta levaria à troca de terras para compensar a manutenção de alguns assentamentos israelenses na Cisjordânia.
"Por definição, isso significa que as próprias partes -- israelenses e palestinos -- vão negociar uma fronteira que é diferente daquela que existia em 4 de junho de 1967. Isso é o que mutuamente acordamos sobre o significado de troca de terras", disse Obama. (Matt Spetalnick e Caren Bohan | Reuters)
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Talibã do Afeganistão diz que líder está "vivo e bem"
CABUL (Reuters) - O Taliban afegão desdenhou nesta segunda-feira como "propaganda" relatos da mídia de que seu recluso líder, o mulá Mohammad Omar, foi morto no Paquistão, dizendo que ele está vivo no Afeganistão e que promete continuar a insurgência.
Autoridades de segurança paquistanesas e diplomatas, comandantes militares dos EUA e funcionários do governo do Afeganistão questionaram os relatos de que Omar, um dos homens mais procurados do mundo, foi assassinado enquanto viajava entre Quetta e o Waziristão do Norte, no Paquistão.
"Ele está vivo e bem no Afeganistão", disse Zabihullah Mujahid, porta-voz do Taliban, à Reuters por telefone de um local não revelado. "Rejeitamos com veemência essas alegações sem fundamento de que o mulá Mohammad Omar foi morto."
"Isto é propaganda do inimigo para enfraquecer o moral dos combatentes."
Um porta-voz da agência de inteligência afegã, o Diretório Nacional de Segurança (NDS na sigla em inglês), disse que suas fontes sabiam que o mulá Omar vinha residindo na cidade paquistanesa de Quetta, na região do Baluquistão, mas que recentemente desapareceu.
"Podemos confirmar que ele desapareceu de seu esconderijo em Quetta, no Baluquistão, nos últimos quatro ou cinco dias", declarou Lutfullah Mashal, porta-voz da NDS, em coletiva de imprensa.
"Não podemos confirmar se ele está vivo ou morto."
Omar, que usa uma longa barba e é caolho, raramente é visto em público. Com uma recompensa de 10 milhões de dólares por sua cabeça, ele fugiu com o resto da liderança do Taliban afegão depois que sei governo foi derrubado por forças afegãs apoiadas pelos EUA no final de 2001. Eles formaram a "shura de Quetta", ou conselho de liderança.
O Taliban foi deposto por se recusar a entregar o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
Bin Laden foi morto por uma equipe de elite dos fuzileiros navais dos EUA em uma cidade pouco distante da capital paquistanesa, Islamabad, encerrando uma perseguição que se arrastou por mais de dez anos.
A morte de Bin Laden foi um golpe a uma Al Qaeda já fragmentada, mas seu efeito em grupos armados dispersos como o Taliban do Afeganistão e do Paquistão não ficou tão evidente.
(Reportagem de Ismail Sameem em Candahar, Hamid Shalizi em Cabul, Christopher Allbritton, Kamran Haider e Rebecca Conway em Islamabad)
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México apresentará candidatura de Agustín Carstens para comandar o FMI
México apresentará formalmente a candidatura de Agustín Carstens, presidente do Banco Central, para dirigir o Fundo Monetário Internacional (FMI), dando um passo à frente na luta das potências emergentes para dirigir o organismo.
O secretário da Fazenda, Ernesto Cordero, "apresentará a candidatura de Agustín Carstens, atual presidente do Banco do México (Banxico-central) para ocupar a posição de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional", disse indicou a Secretaria em um comunicado à imprensa.
A extensa trajetória de Carstens "no setor financeiro, tanto no México como em nível internacional, o coloca como o candidato idôneo para ocupar o posto de diretor-gerente" do FMI, organismo do qual chegou a ser vice-diretor-gerente, indicou a Secretaria da Fazenda e de Crédito Público.
O México, segunda maior economia da América Latina, defendeu que a escolha dos chefes de organismos internacionais seja realizada de maneira aberta, transparente e baseada em méritos, princípio refletido nos acordos do G-20, acrescentou o documento, seguindo as declarações recentes de países emergentes como Brasil e China.
Carstens, governador do Banxico desde janeiro de 2010, ocupou no passado o cargo de ministro da Fazenda e teve que enfrentar a crise financeira internacional desencadeada no final de 2008 nos Estados Unidos, que arrastou a economia mexicana com uma queda do PIB de 6,5% em 2009. (Lionel Bonaventure - AFP)
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Partido Popular assume liderança em eleições locais na Espanha
MADRI (Reuters) - O Partido Popular espanhol, de centro-direita, assumiu a liderança nas eleições locais de domingo, que devem trazer grandes derrotas para os socialistas após uma semana de protestos contra o desemprego elevado no país.
Com 47 por cento dos votos apurados, o PP tem 36 por cento dos votos, enquanto os socialistas têm 28 por cento. O restante foi dividido entre um leque de partidos menores.
Dezenas de milhares de espanhóis protestaram em cidades de todo o país durante a semana inteira, exortando os eleitores a rejeitar os dois principais partidos políticos da Espanha.
No sábado à noite, cerca de 30 mil pessoas protestaram na Puerta del Sol, centro de Madri, segundo testemunhas. Analistas disseram que os protestos teriam apenas um impacto marginal sobre a votação, com as pesquisas já mostrando derrotas para os socialistas.
"Eu votei para o PP, porque os socialistas estão fazendo um trabalho muito ruim... É verdade que houve uma crise mundial, mas Zapatero não reagiu a tempo", disse Jesús Lopes, um homem aposentado que votou em Madri.
Os espanhóis vão eleger mais de 8.000 administrações de municípios e 13 das 17 câmaras regionais.
O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, aplaudido no exterior por sua disciplina fiscal durante a crise da zona do euro, tornou-se impopular em seu país com a estagnação da economia.
Quase metade dos espanhóis com idades entre 18 e 25 está desempregada, mais do que o dobro da média da União Europeia.
Os socialistas devem perder em regiões como Castilla-La Mancha, ao sul de Madri, onde eles têm controlado a câmara regional ao longo de décadas, assim como em Sevilha, onde estão no poder há 12 anos.
Os socialistas, na administração nacional desde 2004, também devem perder as próximas eleições gerais, previstas para março de 2012, mas podem ter uma recuperação se grandes perdas no domingo desencadearem mudanças na liderança dentro do partido. (Fiona Ortiz - Reuters)
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Crise política invade agenda de governadores do PT
Na esteira da crise envolvendo o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, o presidente do PT, Rui Falcão, vai se reunir hoje com os cinco governadores petistas, em Brasília. O encontro será na residência do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, em Águas Claras. A pauta oficial é a reforma política, bandeira que o PT tem levantado na tentativa de aprovar no Congresso o financiamento público das campanhas eleitorais.
Embora a reunião tenha sido marcada antes de estourar o escândalo que atingiu o principal articulador político do Planalto, a estratégia de defesa de Palocci não escapará das conversas reservadas e da avaliação conjunta dos governadores petistas. Não é só: os governadores, que vão assinar ali a Carta de Brasília, também estão de olho na montagem do segundo escalão do governo federal, pois todos indicaram nomes para vagas em estatais.
O problema é que, muitas vezes, há mais de um apadrinhado para a mesma cadeira e várias disputas entre Estados. No Ceará, por exemplo, o governador Cid Gomes, que é do PSB, assiste a uma poderosa briga entre petistas para definir quem será o novo presidente do Banco do Nordeste (BNB).
Mesmo com Palocci alvejado, a distribuição dos cargos deve ser acelerada nesta semana para conter as insatisfações na base aliada. Todos os nomes têm passado pelo crivo da presidente Dilma Rousseff, que até agora optou pela tática de tensionamento, para não ceder à pressão dos envolvidos. (Vera Rosa -AE)
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Kassab quer regras sobre conflitos de interesses públicos
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), afirmou hoje na capital paulista que defende regras com relação a conflitos de interesse, numa referência à crise política envolvendo o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, acusado de multiplicar o seu patrimônio por 20 em quatro anos. "Eu defendo sempre as ações do Poder Público, Judiciário e do Legislativo que dão condições à sociedade brasileira de acompanhar qualquer processo que envolva a administração pública. Que venham novas regras que possam evidentemente zelar pela democracia e pelo bom uso dos recursos públicos", disse, durante rápida passagem pela Convenção Estadual do Partido Progressista (PP) que acontece hoje em São Paulo.
Ele afirmou ainda que "assim como todos os brasileiros" está aguardando explicação do ministro Palocci sobre a multiplicação de seu patrimônio e torcendo para que o caso seja esclarecido da melhor forma possível.
Kassab disse que esteve na convenção do PP - cujo presidente do Diretório Estadual da legenda é o deputado federal Paulo Maluf - não como partidário, mas como prefeito. "Vim como prefeito. Seria até deselegante pensar como partido. Assim como em todas as convenções, vim para dar o apoio, para dar o abraço da cidade de São Paulo", esclareceu, acrescentando que voltará para o ato solene da convenção, às 11 horas, que contará com a participação do vice-presidente da República, Michel Temer.
O prefeito também comentou que neste e no ano seguinte continuará administrando a cidade de São Paulo, e que apenas vai começar a pensar nas próximas eleições em 2012. (Suzana Inhesta - AE)
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PCdoB deve lançar candidato à Prefeitura de Aracaju
Em entrevista a Rádio Liberdade AM, o presidente do PCdoB de Aracaju, Hallison de Souza, falou sobre a atuação da administração municipal. O presidente não hesitou em afirmar que os cinco anos do prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) marcaram a história da capital sergipana.
Sobre a derrota da candidata a deputada estadual, Tânia Soares, Halisson enfatizou que, apesar da perda eleitoral, Tânia obteve uma votação expressiva, ficando entre as 24 mais votadas, e sem dúvidas, o partido demonstrou uma grande evolução.

Além disso, o presidente relembrou o resultado de uma pesquisa divulgado esta semana, em que a população Aracaju tende a optar por uma candidata mulher - e Tânia Soares, a presidente estadual do PCdoB-SE e atual secretária de governo, foi uma das citadas.

Como já foi decidido na última reunião do comitê estadual do PCdoB, o partido lançará candidatura própria para concorrer à Prefeitura de Aracaju. “Com certeza, Tânia Soares é um dos nomes. Afinal, ela é uma liderança bastante consolidada”, ressaltou Hallison. Outro nome bastante cogitado, segundo presidente, é Jeferson Passos (PCdoB), secretário de Finanças de Aracaju.

Ainda durante a entrevista, Hallison declarou que a sociedade de Aracaju se surpreenderá em breve com novas consolidações do partido. Isso se explica devido a convites feitos a algumas lideranças importantes para a capital. (De Aracaju, Iana Queiroz )
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PT usará "mão-de-ferro" para garantir apoio ao PMDB
Em texto publicado neste domingo em sua página na internet, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, (www.ruifalcao.com.br) disse que o vai usar “mão de ferro” para garantir que partido priorize o PMDB nas eleições municipais de 2012. O objetivo é garantir a aliança nacional em 2014, “seja para a reeleição de Dilma ou com o lançamento de outra candidatura”.
Segundo Falcão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente, Michel Temer, vão comandar as articulações para a disputa pela prefeitura de São Paulo, onde o PT quer candidato próprio e PMDB deve lançar a candidatura de Gabriel Chalita.
No âmbito estadual, aliados históricos como PC do B e PSB ficarão em segundo plano. As prioridades a partir de agora serão o PMDB e o PR.
Em um texto duro, Falcão disse que se for preciso o PT poderá “asfixiar algumas candidaturas” próprias em benefício do PMDB .
As decisões finais sobre candidaturas e alianças no Estado serão centralizadas pelo conselho político do PT, composto por lideranças locais, prefeitos, líderes no Congresso e Lula, apelidado de “estado maior”.
O PT vai cobrar apoio do PMDB nas 64 cidades paulistas que governa atualmente e já admite abrir mão de candidaturas próprias em cidades importantes como Sorocaba e Campinas. Um levantamento será realizado para saber em quais cidades o PMDB tem candidatos competitivos.
A exceção será a cidade de São Paulo, onde os dois partidos devem ter candidatura própria e podem se aliar em um eventual segundo turno.
Segundo falcão, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, é o nome preferido no PT para disputar a prefeitura mas já avisou à presidenta Dilma Rousseff que não sairá do governo. “Já a senadora marta Suplicy não conta com o apoio de boa parte da cúpula”, afirmou.
Ainda de acordo com o presidente do partido, “Lula está decidido que para derrotar o PSDB em São Paulo é necessário vencer na capital em 2012. Insiste, ainda, na candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad, ainda que ele não tenha boa interlocução com os próprios petistas e seja criticado internamente pela falta de traquejo político. Para Lula, Haddad é palatável para a classe média paulistana, além de ser uma novidade numa eleição que pode ser marcada por personagens já desgastados perante o eleitor”. (Ricardo Garlhado - iG)
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Dilma anuncia medidas de estímulo à Agricultura Familiar
Brasília – Ao comentar o anúncio de um pacote de benefícios voltados para agricultores familiares, a presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (23) que cada centavo investido no setor se multiplica. Em seu programa semanal de rádio Café com a Presidenta, ela avaliou que a liberação de R$ 16 bilhões para financiar a próxima safra é resultado do diálogo permanente com os trabalhadores rurais.
Dilma explicou que para ter acesso ao financiamento pela primeira vez, é preciso procurar o sindicato rural ou a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) local. Caso o produtor já tenha feito algum empréstimo em safras anteriores, basta ir ao banco ou à cooperativa de crédito e solicitar novo financiamento.
O pacote de benefícios anunciado pelo governo inclui juros que variam de 0,5% a 2% e prevê ainda a criação de uma superintendência para habitação rural na Caixa Econômica Federal (CEF). “Não se pode exigir do trabalhador rural os mesmos documentos que se pede ao trabalhador urbano”, disse a presidenta.
Outra determinação trata da possibilidade de venda de alimentos para outros estados. De acordo com Dilma, a dificuldade existe em razão de uma fiscalização feita separadamente por estados, municípios e pelo próprio governo federal. A saída, segundo ela, é o aperfeiçoamento do Sistema Único de Atenção à Sanidade Animal (Suasa).
“Esse sistema não está funcionando ainda muito bem porque falta criar as normas que sejam comuns e respeitadas por todos esses governos. Nós demos prazo de 30 dias para que um grupo de trabalho elabore essas normas. Quando elas forem aprovadas, o Suasa passa a valer”, afirmou. (Paula Laboissière, da Agência Brasil)
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Para relator da reforma política, esquerda precisa de 'foco' para ter maioria
São Paulo – O relator da Comissão Especial da Reforma Política, deputado Henrique Fontana (PT-RS), declarou nesta quinta-feira (19) que a esquerda precisa de foco para buscar a maioria por meio do voto proporcional, modificando a estrutura atual ao qual ele considera "personalista e permeável". A afirmação foi feita durante seminário promovido pela CUT, em São Paulo.
O deputado, que disse considerar esta a "reforma das reformas", reiterou que o voto em lista fechada seria o método ideal para o sistema eleitoral por ter caráter de inclusão. "Não podemos entrar no debate e não ter a maioria. Sou apaixonado pelo voto em lista fechada e não tenho dúvidas dos benefícios que ele pode trazer", disse.
O professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Marcus Ianuzi considerou que a lista fechada trará mais benefícios ao eleitor do que pontos desfavoráveis. "Lista fechada seria mais favorável ao eleitor por antecipar o eleitor a informação mais clara e ampliar a participação das mulheres na política [com voto distrital, em geral, elas seriam menos competitivas] e o financiamento público nas campanhas eleitorais", pontuou.
Porém, para Fontana, esse método enfrenta resistências principalmente da oposição, que prefere o voto distrital misto. "Não adianta fazer mil palestras defendendo a lista fechada se a discussão é outra", disse. "A esquerda e o campo popular tem que construir um projeto coletivo. Para nós é importante nos mobilizarmos para essa reforma. A direita e o conservadorismo não precisam disso porque é baseada em outros critérios", afirmou.
Para o ex-deputado Nilmário Miranda, presidente da Fundação Perseu Abramo, o voto proporcional significa pluralidade. Ele criticou o voto distrital. "O distrital inutiliza a maior parte dos votos. Dividir 70 distritos, como em São Paulo, pode não dar em nada e não eleger ninguém. É o avesso ao proporcional."
O presidente da CUT, Artur Henrique, que abriu o evento, declarou que a discussão enriquece também o setor do trabalho e sua democratização. "Assumimos a tarefa de colocar pontos muito além da agenda sindical, temos outra frente de luta. Começamos com a reforma tributária. Temos agenda grande", disse.
Na sexta-feira (27), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará de reunião com as centrais sindicais para discutir o tema. (Leticia Cruz, Rede Brasil Atual)
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Alckmin quer Serra à frente de instituto tucano para "unir o partido"
São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu publicamente a indicação de seu antecessor, José Serra, para o comando do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB. A sugestão vinha sendo defendida em conversas de líderes tucanos e pode desagradar ao ex-senador Tasso Jereissati (CE), indicado para o posto desde o fim de seu mandato, em janeiro deste ano. O governador paulista acredita que a saída poderia unir o partido.
Alckmin afirma ter discutido a possibilidade com o próprio Serra na quarta-feira (16), quando ambos estiveram em Brasília. "Conversamos sobre isso... Acho Serra um ótimo nome, preparadíssimo, pode dar uma boa contribuição ao partido no Instituto Teotônio Vilela", recomendou. "O que nós vamos fazer é ajudar para unir o partido, para todos estarem representados", disse Alckmin a jornalistas após cerimônia no Palácio dos Bandeirantes nesta quinta-feira (19).
O instituto funciona como centro de estudos e de formação política no PSDB. A escolha da direção do órgão, bem como toda a executiva serão eleitos no próximo dia 28, data da convenção partidária. Atualmente, Luiz Paulo Vellozo Lucas, candidato derrotado na disputa para o governo do Espírito Santo em 2010, comanda o instituto. Ele deve retornar aos quadros do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do qual é funcionário de carreira concursado.
A acomodação de Serra no instituto contornaria a divisão no PSDB para a definição da presidência da legenda. O senador Sérgio Guerra (PE), que ocupa o posto, é candidato à reeleição, mas Serra estava articulando junto aliados a possibilidade de chegar ao cargo.
Além das incertezas em relação aos rumos dos partidos de oposição – especialmente após o esvaziamento do DEM a partir da criação do PSD pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab –, os tucanos assistem a divisões internas. Serra, Alckmin e o senador Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, são apontados como interessados em mudar o equilíbrio de forças na sigla, com vistas à candidatura à Presidência da República em 2014. (Brasil atual)
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Bahia: Lideranças ressaltam obra
Lideranças de todos os partidos fizeram questão de marcar presença no evento e destacarem a beatificação como algo que irá valorizar ainda mais as Obras Sociais. Secretários do governo Wagner, e da gestão João Henrique, além de presidentes de partidos e deputados estaduais e federais, assistiram à celebração.

O secretário Jorge Solla ressaltou o trabalho dos hospitais com gestão e sub-gestão das Obras Sociais. Segundo ele, o Hospital Santo Antonio, na Cidade Baixa, é o de maior atendimento na rede SUS no Norte e Nordeste.

O presidente do DEM, José Carlos Aleluia, reforçou que esse seria “um reconhecimento por parte do Vaticano de uma certeza que todos baianos já tinham: a santidade de Irmã Dulce”. Longe dos holofotes políticos, o presidente do PR baiano, César Borges, disse que conheceu e esteve muitas vezes com Irmã Dulce, que, segundo ele, “tinha a presença de Deus”.

Os deputados federais Nelson Pelegrino (PT) e Antonio Brito, que também preside o PTB, lembrou a luta pela continuidade das Obras de Irmã Dulce.

Apesar de longe do cenário de atuação política, a liderança do PSDB baiano, Jutahy Magalhães não refutou em falar das denúncias envolvendo o ministro da Casa Civil, Antonio Palloci. “É inadmissível a omissão dele e nenhuma palavra da presidente”, criticou, citando ainda que ele como advogado tem ciência “que não existe nenhuma cláusula de confidencialidade para patrimônio”, como alega Palloci, no caso de não dar esclarecimentos sobre a fortuna conquistada nos últimos anos. Juathy ainda exaltou a figura de Serra como alguém de muito prestígio e preparo para presidir o Instituto do PSDB. (Lilian Machado - TB)
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Dilma e Wagner celebram beatificação
A cerimônia de beatificação de Irmã Dulce, que mobilizou milhares de fiéis católicos a renderem homenagens à história da freira, também levou ao Parque de Exposições muitos políticos e autoridades.

A presidente Dilma Rousseff, (PT) que há quase dois anos visitou em Salvador as Obras Sociais Irmã Dulce, quando veio agradecer a cura do câncer, ontem celebrou na companhia do governador Jaques Wagner (PT), da primeira- dama, Fátima Mendonça, e do presidente do Senado, José Sarney (PMDB), o reconhecimento da Igreja à obra de fé do “Anjo Bom da Bahia”.

Acompanharam ainda a presidente, durante o rito, os seus auxiliares, os ministros do Desenvolvimento
Agrário, Afonso Florence, da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, e da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o prefeito de Salvador, João Henrique (PP). A presidente e o governador apenas assistiram à celebração e saíram do local sem falar com a imprensa. A assessoria do governo justificou como impedimento, a ventania e a forte chuva que voltou a cair no final do evento.

A chefe executiva que chegou ao Parque acompanhada pelo governador, antes de seguir para ala vip reservada próximo ao altar, cumprimentou fiéis e conheceu Claudia Araújo, primeira
pessoa a receber o milagre de Irmã Dulce. A despeito dos rumores negativos referentes à sua relação com o ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), a presidente sinalizou entendimento. O ministro foi a primeira autoridade a ser cumprimentada por ela. Depois, todos seguiram discretamente para o local reservado.

O
evento, além de reunir aliados de Dilma e Wagner, também trouxe à Bahia o principal adversário do PT no cenário nacional, nas últimas eleições presidenciais, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), que ficou em um local de visão menos privilegiada. O ex-presidenciável permaneceu ao lado de lideranças tucanas na Bahia, os deputados federais Jutahy Magalhães e Antonio Imbassahy e o presidente do PSDB baiano, Sérgio Passos.

Serra afastou qualquer iniciativa de abordagem sobre política com a imprensa, mas fez questão de ressaltar o legado deixado por Irmã Dulce. “Essa não é uma vitória de alguém e sim da solidariedade. Cinco em cada seis consultas médicas e três em cada dez cirurgias de Salvador são feitas nas Obras Sociais que a Irmã Dulce construiu, e isso já é um milagre”, enfatizou. (lilian Machado -TB)
Org.: Genaldo de Melo









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