quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Novo mínimo vai para votação

O ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) afirmou ontem, durante comissão geral na Câmara dos Deputados, que aprovar o salário mínimo com o valor de R$ 545 “não é uma luta fácil, mas uma luta constante”. A um dia da votação no Congresso, Luiz Sérgio negou que o governo tenha feito ameaça aos partidos aliados que defendem um valor superior.
 “Não existe isso de ameaça, o que existe é convencimento”, afirmou. Questionado sobre a posição do PDT, do ministro Carlos Lupi (Trabalho), que defende R$ 560, Luiz Sérgio disse que preferia acreditar que a legenda ainda passa por um processo de convencimento. “Tenho certeza que o PDT virá conosco. Um dia em política é uma eternidade.”
Luiz Sérgio esteve presente, na Câmara, em toda a comissão geral que discutiu o salário mínimo. Pelo governo, o ministro Guido Mantega (Fazenda) foi o responsável por defender os R$ 545 na frente dos deputados e de sindicalistas presentes ao plenário. Pelo PSDB, o economista e consultor Geraldo Biasotto defendeu R$ 600, principal bandeira do candidato derrotado à presidência da República José Serra.
Já Mantega disse que o descumprimento do acordo que prevê mínimo de R$545 pode sinalizar que novos acordos serão descumpridos e que haverá um descontrole nas despesas do governo. O ministro afirmou que o reajuste acima desse patamar pode levar a um aumento de um conjunto de despesas e pressionar a inflação.
“É muito ruim para todos que a gente descumpra o acordo. Significa que outros acordos podem não ser cumpridos”, afirmou. De acordo com as contas do governo, cada real de aumento no salário mínimo tem um impacto nas contas públicas de R$ 300 milhões, o que significa que um salário de R$ 600 levaria a um crescimento das despesas de R$ 16,5 bilhões. (TB)

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