Se na Câmara o clima foi de satisfação plena com a aprovação do Parque Tecnológico, na Assembleia Legislativa, onde a reforma administrativa encaminhada pelo governo estadual estava em pauta, não se pôde dizer o mesmo e os que apostavam numa votação “tranquila” foram surpreendidos. O clima esquentou durante a sessão.
Após obstrução por cerca de duas horas, o deputado Paulo Azi (DEM) anunciou que, se o governo, cujo líder é o deputado Zé Neto (PT), mantivesse o projeto na pauta, iria retirar a bancada do plenário e recorreria à Justiça alegando “inconstitucionalidade” por conta de “várias” emendas propostas que criariam novos cargos.
Os oposicionistas argumentaram que o Artigo 77 da Constituição do Estado da Bahia veda a criação e/ou extinção e aumento de custos ao governo por parte do Poder Legislativo.
Entre as modificações consideradas inconstitucionais, estava a emenda de um oposicionista, o deputado Carlos Geílson (PTN). Ele propôs a inclusão de um representante da Associação Baiana de Jornalismo Digital (ABJD) no Conselho de Comunicação, proposto pelo governo no texto original da reforma.
Alegando a apresentação de “uma nova reforma administrativa”, o deputado Luciano Simões (PMDB) pediu tempo ao presidente da AL-BA, deputado Marcelo Nilo (PDT), para que a bancada oposicionista avaliasse a “nova” proposta. Nilo concordou e interveio para que o líder governista, Zé Neto, concordasse com o pleito da minoria, o que acabou acontecendo.
Até o fechamento desta edição não havia entendimento entre governo e oposição para a apreciação e nos corredores do parlamento já se falava num possível adiamento da votação para a próxima semana.
Caso fiquem mantidas as emendas e seja constatada a inconstitucionalidade, o projeto deverá ser devolvido ao governador Jaques Wagner para os ajustes, afinal, compete só ao Poder Executivo criar cargos e onerar a máquina.
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