sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ex-ministro de Lula vai integrar grupo de observadores na Líbia

Para ex-titular dos Direitos Humanos, diplomacia de Dilma para a área sofreu apenas ajustes em relação a antecessor
SÃO PAULO - Paulo Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos no governo Lula, vai integrar uma comitiva de observadores internacionais - entre eles o ex-primeiro-ministro da Espanha José María Aznar e o ex-procurador-geral do presidente americano Lyndon Johnson, Ramsey Clark - que visitarão a Líbia nos próximos dias à convite de organizações não-governamentais. De acordo com o ex-ministro, o objetivo é detectar situações de violação de direitos e formatar propostas de políticas a serem implementadas no país.
Nesta quarta-feira, 27, ao anunciar no 8º Congresso Nacional de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT) sua ida à Líbia, o ex-ministro elogiou o novo direcionamento do governo Dilma Rousseff sobre os direitos humanos no Irã. "É a mesma diplomacia, mas com ajustes. Os ajustes que foram feitos eu saúdo, são positivos", avaliou Vannuchi ao comparar a política externa do atual governo com a do governo em que participou.
A uma plateia de aproximadamente 500 metalúrgicos, o ex-ministro ressaltou que a política de Dilma é a mesma de Lula, mas que "continuar não é repetir". "O que deve ter pesado é a condição especial da presidente, mulher, ex-presa política, torturada, sobretudo com a sensibilidade que nenhum homem poderá ter sobre um problema específico de opressão à mulher", disse, referindo-se ao caso da sentença de morte por apedrejamento da iraniana Sakineh Ashtiani.
Para Vannuchi, a decisão do governo brasileiro de apoiar o envio de um relator da ONU para investigar a situação dos direitos humanos no Irã não aconteceu no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque a questão não foi cogitada na época. "Essa votação não teve antes, então não se pode comparar uma coisa com outra", argumentou. "São momentos diferentes e, neste sentido(votação), a posição sobre os direitos humanos no Irã melhorou", completou. Ele lembrou ainda que Lula ofereceu asilo à iraniana.
Fonte: Daiene Cardoso, da Agência Estado

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