terça-feira, 31 de maio de 2011

NOTÍCIAS (31 de maio)

Serra deixou impressões digitais no PSD, diz Lula a Dilma

Serra
FHC teria dito a Serra que não acredita em Papai Noel

O ex-presidente Lula disse à presidente Dilma que já identificou as impressões digitais de José Serra nas manobras para criação do novo partido. A afirmativa foi publicada, nesta segunda-feira, na página mantida na internet por Anthony Garotinho, ex-governador fluminense e deputado federal (PR-RJ), onde ele acrescentou que “há mais ou menos 40 dias” publicou uma nota na qual revelava os esforços de Serra em estimular o prefeito paulistano Gilberto Kassab a fundar o PSD.

“Além disso, ‘o pau cantou’ entre José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique nos bastidores da convenção do PSDB”, continuou Garotinho. Entre as cobranças de Serra aos parceiros, na reunião onde estavam o senador Aécio Neves, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra e outros três participantes, segundo garotinho foi a seguinte:

“Você acha que na minha idade vou acreditar em Papai Noel? O Kassab estaria fazendo isso se você não estivesse por trás, Serra?”.

Caso a informação seja procedente, Serra perdeu espaço no PSDB mas já deixou o caminho pavimentado no novo partido. (Correio do Brasil)

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Lagarde chega ao Brasil em campanha pela gerência do FMI

FMI
Christine Lagarde é a ministra da economia da França e possível sucessora de Strauss-Khan no FMI

Ministra das Finanças da França, Christine Lagarde desembarcou no Brasil, nesta segunda-feira, na primeira escala do giro entre os países emergentes, como parte de uma viagem para obter apoio para a chefia do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em uma entrevista a uma rádio francesa, ela afirmou que o Brasil é sua primeira parada porque foi o primeiro a convidá-la. Lagarde lançou oficialmente a candidatura para o principal posto no FMI na semana passada, para substituir o ex-diretor-gerente Dominique Strauss-Kahn, envolvido em uma série de acusações de abuso sexual.

Christine disse ainda que deve passar por China, Índia e países do Oriente Médio. Todos os líderes do G8 (países mais industrializados do mundo) dizem apoiar a ministra francesa, mas parte dos governos emergentes com os quais ela quer conversar aposta em outro candidato. Diversos destes países têm dito que o cargo no FMI deveria ir para um candidato de uma nação emergente, para refletir o peso crescente destes países no cenário global.

– Eu escolhi visitar as nações emergentes porque elas têm manifestado preocupação e frustração. Preocupação porque querem que a situação de suas economias seja reconhecida no Fundo e frustração porque o FMI tem tido diversos diretores-gerentes europeus e eles querem saber se os candidatos pretendem representar o interesse geral – afirmou.

Segundo a tradição, o posto de diretor-gerente do FMI tem ficado com um europeu, enquanto a presidência do Banco Mundial tem sido mantida por um norte-americano. Ao ser questionada se o posto no FMI deveria permanecer nas mãos dos europeus, ela afirmou que “quando você chefia o FMI você se torna um animal internacional porque você é responsável por todos os 187 países membros. Mas eu permaneço profundamente francesa e europeia pela cultura”.

Jay Carney, porta-voz do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que não anunciarão apoio a um candidato específico.

– Não irei além do que eu já disse. Nós apoiamos o processo que está sendo montado pelo FMI para encontrar um diretor, e apoiamos um processo que produza o melhor candidato possível – concluiu. (Correio do Brasil)

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Em cinco dias quatro militantes são assassinados na região da floresta Amazônica
O trabalhador rural Herenilton Pereira foi encontrado morto no sábado (28) no município de Nova Ipixuna. Ele estava desaparecido desde quinta-feira (26) e vivia no mesmo assentamento do casal de líderes extrativistas assassinados na terça-feira (24).

No dia do assassinato do casal, Herenilton e seu cunhado trabalhavam às margens de uma estrada a cerca de cinco quilômetros do local onde ocorreu o crime. Momentos depois, ambos presenciaram a passagem, a poucos metros deles, de dois homens em uma moto, vestidos de jaqueta e portando capacetes. Um deles carregava uma bolsa comprida no colo. As descrições coincidem com informações prestadas à polícia por testemunhas que presenciaram a entrada, no assentamento, de dois pistoleiros horas antes do crime naquela manhã.

Ainda segundo o relato do trabalhador que estava ao lado de Herenilton, uns 100 metros à frente, os supostos pistoleiros pararam a moto e um deles abordou um trabalhador e pediu informações de como chegar ao porto do Barroso, uma das saídas do assentamento em direção ao município de Itupiranga.
Na quinta feira, Herenilton saiu de casa para ir ao mesmo porto comprar peixe e não retornou. O corpo dele foi encontrado dentro do mato, antes de chegar ao porto. O agricultor tinha 25 anos, era pai de 4 filhos e vivia no assentamento desde criança.

Violência rural

Herenilton foi o quarto trabalhador rural assinassinado só nesta semana. Na terça-feira (24), os líderes extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva, conhecido como Zé Castanha, e sua esposa Maria do Espírito Santo da Silva foram emboscados por pistoleiros em uma estrada em Nova Ipixuna, no Pará. O casal era líder dos assentados do Projeto Agroextrativista Praia Alta da Piranheira e vinham sendo ameaçados de morte por madeireiros e carvoeiros há anos.

Na sexta-feira (27), Adelino Ramos, conhecido como Dinho, sobrevivente do Massacre de Corumbiara, ocorrido em agosto de 1995, foi assassinado no município de Porto Velho (RO), enquanto vendia verduras no acampamento onde vivia. Ele foi morto por um motoqueiro, próximo ao carro da família onde estavam sua esposa e duas filhas. Dinho denunciava a ação de madeireiros na região da fronteira entre os estados de Acre, Amazônia e Rondônia e já alertava para ameaças contra sua vida.

Em nota, a CPT critica as investigações feitas até o momento. "Até o momento não podemos afirmar que o caso tenha relação com a morte de José Cláudio e Maria, mas também não podemos descartar essa hipótese. A polícia precisa esclarecer as causas do crime. O assassinato é prova de que a polícia, depois de 5 dias das mortes dos extrativistas, sequer tinha investigado as principais rotas de fugas do assentamento que os pistoleiros possam ter usado para fugirem após cometerem os crimes. Como explicar que um assassinato, com características de pistolagem, ocorra dois dias depois e nas proximidades do local onde os extrativistas foram mortos com todo o aparato das polícias civil e federal, 'vasculhando a região' conforme anunciam?".

Tentativa de assassinato

Além das mortes, foi registrada na sexta-feira (27), uma tentativa de assassinato contra o sindicalista Almirandi Pereira, de 41 anos, vice-presidente da Associação Quilombola do Charco, de São Vicente Ferrer, no Maranhão.

Almirandi luta pela titulação do território quilombola do Charco em conflito com o empresário Gentil Gomes, pai de Manoel de Jesus Martins Gomes e Antônio Martins Gomes, recentemente beneficiados por um salvo-conduto concedido pelo TJ-MA. Os dois estão denunciados pelo Ministério Público Estadual sob a acusação de serem os mandantes do assassinato de Flaviano Pinto Neto, líder do mesmo quilombo, no dia 30 de outubro de 2010.

A tentativa ocorreu por volta das 21h30min, depois de Almirandi ter voltado de uma reunião no quilombo Charco. De acordo com seu relato, ele estava na sala de sua casa com as portas fechadas quando ouviu parar em frente um carro modelo celta, de cor preta, de onde foram feitos três disparos. Segundo a polícia civil de São Vicente Ferrer, trata-se de uma pistola calibre 380 – igual à arma utilizada para matar Flaviano. Os projéteis atingiram paredes e telhado da casa. (Adital, Com informações da CPT)

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Sarney sinaliza que PMDB dará mais apoio ao governo


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sinalizou, nesta segunda-feira 30, que Dilma Rousseff deve encontrar mais apoio do PMDB no Senado, diferentemente do que ocorreu na Câmara dos Deputados, para a votação do Código Florestal. Após a derrota, na semana passada, e da pressão para convocar o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, a esclarecer sua evolução patrimonial, o senador definiu a aliança com o PT como “sólida”.

Segundo Sarney, os atritos entre os dois partidos são naturais da democracia e da independência do PMDB. “A democracia é um regime do qual precisamos harmonizar os conflitos”, disse. O parlamentar também garantiu que a relação com o Planalto não está estremecida. “Não vou dizer que seja uma unanimidade, mas sem dúvida, o partido vai defender o governo da presidente Dilma [Rousseff]”.

O senador ainda declarou ser contra a anistia de fazendeiros que promoveram o desmatamento. A mesma declaração foi feita na semana passada pela presidenta. Pelo novo Código Florestal, em tramitação na Casa, foi eliminada a necessidade de reflorestamento para quem plantou ou introduziu pastagem em áreas de proteção permanente (APPs) até julho de 2008. “Temos que preservar cada vez mais nossas florestas que são hoje muito importantes para o país”, disse. (Carta Capital)

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E os deputados e senadores também ficam ricos nos EUA

A revista Business and Politics estampada no site Berkeley Eletronic Press publicou um artigo sobre os retornos excepcionais auferidos pelos portfólios de ações adquiridos por deputados americanos entre 1985 e 2001. Os pesquisadores Alan Ziobrowski, James Boyd, Ping Cheng e Brigitte Ziobrowski já haviam investigado o desempenho dos rendimentos incorridos nos portfólios de ações adquiridas pelos senadores entre 1993 e 1998.

Elaborado com o cuidado e o rigor exigidos por tal empreitada, o estudo avalia a evolução dos rendimentos dos parlamentares ao longo do tempo-calendário e conclui que as ações adquiridas pelos integrantes da Câmara dos Deputados (House of Representatives) auferiram retornos “anormais” e estatisticamente significantes. Os ganhos dos deputados com suas carteiras de ações bateram a evolução dos índices do mercado, em torno de 6% ao ano. Nada mal.

Os rendimentos anormais obtidos pelos deputados foram, no entanto, substancialmente menores do que os auferidos pelos senadores, considerados os mesmos períodos. Os autores do estudo supõem que o diferencial de rendimentos deva ser atribuído “à menor influência e poder dos deputados” (imagino eu na definição de matérias cruciais para os mercados).

Seja como for, o estudo encontrou “fortes evidências de que integrantes da Câmara de Deputados têm acesso a algum tipo de informação não disponível publicamente, utilizada para obter vantagem pessoal”.

Para definir “retornos anormais” Ziobrowski e Cia. adotam a Hipótese dos Mercados Eficientes, que afirma a impossibilidade da realização de estratégias “ganhadoras” acima da média. Mas a experiência demonstra à saciedade que os mercados financeiros estão povoados de agentes que se valem de assimetrias de informação e de poder. Os protagonistas relevantes nesses mercados são  os grandes bancos, os fundos mútuos os fundos de pensão e a tesouraria de empresas. Esses agentes formulam estratégias baseadas numa avaliação “convencionada” sobre o comportamento dos preços. Dotados de grande poder financeiro e de influência sobre a “opinião dos mercados”, eles são formadores de convenções, no sentido de que podem manter, exacerbar ou inverter tendências. (Suas estratégias são mimetizadas pelos investidores com menor poder e informação, ensejando a formação de bolhas altistas e de colapsos de preços.)

Enquanto os parlamentares americanos ganham sistematicamente a dianteira na corrida pelos rendimentos, os trabalhadores com mais de 50 anos suportam as agruras da posteridade do crash e as dores da economia anêmica. Uma pesquisa do Public Policy Institute revela que os veteranos não têm vida fácil na América de Obama. Estão compelidos a conviver com o aumento da taxa de desemprego, as aflições de período maior no amaro far niente, e, derradeira desgraça, enfrentar o encolhimento das contas de poupança, as 401K, destinadas a prover sua aposentadoria.

Em uma amostra de 5.027 homens e mulheres, apenas 8,9% dos entrevistados constataram uma recuperação do valor dessas aplicações para o nível anterior à crise. Quase metade, ou 49,3%, começa a se recuperar das perdas impostas pela crise financeira e 41,4% não se recuperaram dos prejuízos incorridos pela queda dos preços das ações e ativos tóxicos com classificação AAA e, posteriormente, pela redução dos rendimentos dos títulos de dívida pública e privada.

Nos anos 1980, as ilusões da “economia da oferta” deram o pontapé inicial no jogo da desregulamentação. Sob a forte e notória influência dos lobistas das grandes instituições financeiras, o Congresso americano acelerou as reformas da legislação que abriram caminho para as práticas “inovadoras” dos mercados. As mudanças culminaram na Lei Gramm-Leach-Bliley, que permitiu a criação dos supermercados financeiros, grandes demais para falir, protagonistas maiores da crise iniciada em 2007. Nos Estados Unidos, a população remediada comportou-se como sempre: tentou surfar na onda do enriquecimento fácil e ilimitado. Como no início dos 1900 e na eufórica década dos 1920, os tempos não podiam ser mais benfazejos para os vigaristas, encantadores de serpente, pitonisas e oráculos de todos os gêneros.

A conversa mole de transparência e austeridade encobriu o movimento real das coisas: sob o véu da racionalidade econômica esgueirava-se a mão que iria pilhar a poupança ou a aposentadoria dos desavisados. Os gênios da nova finança estavam dispostos a utilizar quaisquer métodos para desqualificar as resistências aos seus anseios. Imobilizaram homens e mulheres nas teias do pensamento uniformizado e repetitivo: “Não há alternativa”. (Luís Gonzaga Belluzzo - Carta Capital)

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Em busca de mais 'índios', tucano atrai 'caciques' do movimento sindical

 
Brasília – Um grupo de 26 sindicalistas se reunirá na manhã desta segunda-feira (30) com o presidente do PSDB de São Paulo, deputado Pedro Tobias, em um esforço dos tucanos paulistas para aproximar o partido dos movimentos sociais, com o diagnóstico de que é preciso popularizá-lo e descentralizar decisões. O ocorrido na convenção nacional do último sábado (28), em que a decisão foi concentrada em alguns poucos dirigentes, aumentou a insatisfação no chamado baixo clero. Por isso, o movimento sindical seria um fator importante para aumentar o poder de fogo do partido, com maior participação de seus filiados.

"A ideia é transformar esse núcleo sindical (paulista) em nacional", conta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de São Paulo, Antonio de Sousa Ramalho, um dos vice-presidentes da Força Sindical. Vindo do PDT, partido do presidente da Força, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, ele está no PSDB há dois anos e meio, e tem sido um dos principais interlocutores do partido entre os sindicalistas. Segundo Tobias, Ramalho foi indicado para ocupar uma secretaria sindical tucana, assunto que já estaria bem encaminhado com a direção nacional.

De acordo com Ramalho, um dos delegados na convenção do último sábado, muitos dirigentes estariam "dispostos a voltar" ao PSDB, após um período de "certo afastamento" durante o governo Fernando Henrique Cardoso. O primeiro vice da Força, Melquíades de Araújo (Federação dos Trabalhadores na Alimentação de São Paulo), também é filiado ao partido, do qual foi um dos fundadores. Vice da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Enílson Simões de Moura, o Alemão, apoiou José Serra na campanha presidencial de 2010.

A avaliação, principalmente após os anos Lula, é de que dificilmente alguém chega à Presidência da República sem esse tipo de apoio. "Ninguém se elege mais sem o movimento sindical, que está muito politizado", diz Ramalho. Tanto ele como Tobias consideraram um sinal bastante positivo a indicação de Davi Zaia (Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul), do PPS, para a Secretaria do Trabalho no governo Geraldo Alckmin.

Ainda para Ramalho, a falta de contato do ex-governador José Serra com o movimento sindical pode ter sido causada por falhas de comunicação. "No governo Serra, talvez tenha faltado porta-voz. Eu, por exemplo, fui recebido 16 vezes", enumera. Mas ele lembra que o poder ainda está muito concentrado no partido. "Tem muito cacique. Está faltando índio ainda."

Esse problema foi mais uma vez constatado na convenção nacional - realizada no sábado (28), na capital federal - e pode ser um limitador na tentativa do partido de se tornar mais popular. Um dos objetivos anunciados do PSDB era justamente ampliar a democracia interna, "assegurando espaço para a efetiva participação dos filiados no seu processo decisório".

Não foi o que se viu. Durante mais de três horas, das 9h até as 12h30, os delegados ficaram à espera dos principais líderes do partido, que estavam reunidos em um apartamento em Brasília, para tentar um acordo entre o senador Aécio Neves (MG) e ex-governador José Serra (SP).

Eles chegaram apenas para anunciar o que havia sido decidido dentro do grupo, no esforço para evitar uma briga interna mais desgastante. Feito isso, a convenção terminou em pouco mais de uma hora, com o anúncio dos nomes da nova executiva.

"Foi uma vergonha", criticou um representante do baixo clero tucano. Como muitos, ele ficou insatisfeito com essa modalidade de democracia – e prometia expressar essa crítica nas instâncias do partido. Nesse ritmo, avaliou, o partido tenderia a se parecer com o PMDB, sem poder central e muitos líderes regionais. (Vitor Nuzzi - Rede Brasil Atual)

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Deputado petista critica condução de Vaccarezza na liderança do governo

Dr. Rosinha considera que líder de governo não soube conduzir posição do Executivo para deputados
Dr. Rosinha afirmou que votos da bancada refletiram posições contrárias do governo (Foto: Gilberto Nascimento\ Agência Brasil)

São Paulo – Menos de uma semana após a conturbada votação do projeto que altera o Código Florestal brasileiro na Câmara Federal, o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) critica a condução do líder do governo na Casa, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Na opinião de Dr. Rosinha, as opiniões do governo precisam chegar de forma mais eficiente. Ele não descarta a possibilidade de o tema ser discutido dentro da bancada petista.
Além de não ter conseguido articular um voto coeso da base governista na ocasião, Vaccarezza sofreu uma contestação com uma divisão do próprio PT. Dos 81 deputados da legenda, 35 votaram contra o relatório de Aldo Rebelo (PCdoB-SP). À bancada foi determinado que se seguisse a instrução do líder do governo de apoiar o texto original e barrar outras mudanças, como a Emenda 164, que acabou aprovada. Durante a sessão, porém, circulou a informação de que o governo teria autorizado a liberação do voto.

“O problema (da divisão) está na condução da posição do governo dentro da Câmara e esse processo é conduzido pelo líder no governo, o Vaccarezza”, reclama o deputado paranaense. “Havia uma compreensão de parte da bancada (do PT), que o governo como um todo tinha posições contrárias”, revela.

Na tentativa de colocar panos quentes nas relações, a liderança do governo, por meio de sua assessoria de imprensa, expôs que, neste momento, o que mais importa é acertar o texto para ser votado no Senado. Vaccarezza não atendeu à Rede Brasil Atual. As preocupações do governo e do líder são com o risco de anistia a proprietários rurais que desmataram até 2008 e autonomia para estados e municípios legislarem sobre o tema.

Nesta terça-feira (31), a bancada do PT deve se reunir pela primeira vez desde o dia da votação. Não consta na pauta o desgaste de Vaccarezza. Apesar das críticas, Dr. Rosinha afirma que a relação da bancada petista com o governo e a liderança na Casa é “boa e permanece inalterada”. Ele tampouco apontou problemas na ação do ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio.

Vaccarezza já teve sinais, em janeiro, de que não tem apoio da maioria dos petistas. Seu nome foi preterido ao de Marco Maia (PT-RS) para a disputa da presidência da Câmara. (Raoni Ecandiuzzi - RBA)

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Lula vai à TV afagar PMDB e incomoda PT

No filme, que será exibido em rede nacional de rádio e tevê, ex-presidente agradece ao partido o apoio e a participação nos três governos petistas

 
BRASÍLIA - Em meio aos esforços para contornar a primeira grande crise entre o governo Dilma Rousseff e seus aliados, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou uma participação especial no programa institucional do PMDB, que vai ao ar nesta quinta-feira, 2 de junho. No filme, que será exibido em cadeia nacional de rádio e tevê, Lula agradece ao partido o apoio e a participação nos três governos petistas. Se agrada ao PMDB, a presença de Lula deixou petistas, pelo menos nos bastidores, incomodados.

O ex-presidente gravou sua aparição no último sábado, em São Paulo, depois de passar a semana em Brasília em reuniões e conversas com aliados, dedicado a desencorajar os descontentes de apoiarem a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a evolução patrimonial do chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.

O líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza - que partiu para o confronto direto com peemedebistas durante a votação do Código Florestal na semana passada - disse que "acha bom" Lula aparecer no programa peemedebista, porque "o PMDB é o nosso principal aliado". O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), acha "normal" a aparição de Lula entre os peemedebistas. "Tivemos uma diferença, mas isso não afeta a nossa aliança", minimizou.

Governabilidade. O filme apresenta o PMDB como o "partido da governabilidade", ligado às grandes causas do País, como a campanha pela redemocratização e em defesa da liberdade de imprensa. O partido pega carona nas bandeiras petistas, afirmando que vários programas sociais começaram no governo do ex-presidente José Sarney (PMDB) em 1985. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, aparece como responsável pela execução do programa Luz para Todos, que levou energia elétrica a milhões de brasileiros que vivem na zona rural.

Além do vice Michel Temer e do presidente do partido, senador Valdir Raupp (RO), os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco, e os líderes no Senado, Renan Calheiros (AL), e na Câmara, Henrique Alves (RN), são as estrelas do programa. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), não havia sido chamado para gravar sua participação no programa até esta segunda-feira, 30. (Andreia Jubé Vianna - O Estado de São Paulo)

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PMDB vê Palocci fraco e quer nova articulação política


O PMDB quer mudanças na articulação política do Palácio do Planalto e duvida da sobrevivência no cargo do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. O diagnóstico, que atinge em cheio o núcleo político do governo, começou a ser propalado ontem por líderes do partido como efeito colateral do desgaste provocado pelas cobranças ásperas do Planalto ao partido depois da derrota na votação do Código Florestal. A cúpula peemedebista avalia que houve quebra de confiança na relação com o PT e a presidente Dilma Rousseff.



Foi neste clima que Michel Temer reuniu ontem a bancada do PMDB no Senado para um jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência. Dos 18 senadores do partido, apenas Jarbas Vasconcelos (PE) avisou que não compareceria. Pela manhã, a presidente entregou o cargo interinamente a Temer antes de viajar para o Uruguai.


Havia sido combinado que os dois fariam da ocasião um momento de armistício entre o PMDB e o governo após os sucessivos desencontros de articulação política da semana passada, mas a foto oficial divulgada pela Presidência mostra uma tentativa de um abraço distante.


Apesar dos esforços de reconciliação desencadeados, peemedebistas já começam a discutir como será o reforço na interlocução política do governo. O partido entende que o rearranjo interno já está em curso e que, por isso mesmo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, ampliou seu raio de ação e ganhou mais peso na interlocução do Planalto. (AE)
 
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'Lula liquida qualquer capital político de Dilma', diz Ciro

Socialista diz que ex-presidente atrapalhou presidenta ao ir até Brasília para ajudá-la na crise que cerca Palocci

'Lula liquida qualquer capital político de Dilma', diz Ciro
O ex-ministro Ciro Gomes (PSB) criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ir até Brasília intervir a favor do ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, no caso das revelações sobre a empresa de consultoria do petista. Para Ciro, a atitude de Lula “liquida qualquer capital político” da presidenta da República, Dilma Rousseff.

Ciro Gomes palestrou sobre desenvolvimento sustentável em um evento realizado na Assembleia Legislativa do Ceará na manhã desta segunda-feira (26). Antes e depois de sua participação, o ex-ministro falou durante 20 minutos, ao todo, com a imprensa. Foi tempo suficiente para ele criticar administração da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), aliada de seu irmão governador Cid Gomes (PSB), falar de sua permanência no PSB e comentar o caso Palocci.

“O caso do Palocci é gravíssimo, na minha opinião. O Palocci está obrigado, na minha opinião, a dar as devidas explicações, no devido tempo, na devida forma”, disse ele. Ciro afirmou que admira Palocci, mas que a situação enfraquece o governo Dilma. “Eu gosto dele. Acho que ele tem uma massa de serviços prestados que o credenciam, portanto eu o presumo como inocente. Mas é muito constrangedor o que está acontecendo. É preciso que seja resolvido isso com cabal explicação”.

Ciro reprovou a atitude do Lula de intervir publicamente no caso. “Lula tem esse equívoco. Inclusive ele cometeu um erro. Se ele queria ajudar, fizesse isso pelo telefone, discretamente”, ponderou. Para ele, a atitude do ex-presidente pode fazer transparecer falta de pulso de Dilma. “Ir até Brasília liquida qualquer capital político que a Dilma possa e deva acumular. Porque é inerente a liderança que ela tem como presidenta da República. Agora depende só do Lula o Brasil? Eu sou contra isso”, finalizou ele. (VoteBrasil)

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Dilma e Mujica assinam 15 novos acordos bilaterais

Em uma declaração conjunta após o encontro de aproximadamente duas horas, ambos os líderes ratificaram seu "firme compromisso com o fortalecimento" da Unasul e seu "compromisso prioritário com a consolidação do Mercosul ...

Dilma e Mujica assinam 15 novos acordos bilaterais
MONTEVIDÉU - A presidente do Brasil, Dilma Roussef, e o presidente do Uruguai, José Mujica, comprometeram-se nesta segunda-feira (30/5) a fortalecer a relação bilateral e de integração regional - no Mercosul e na Unasul - após firmarem quinze acordos de cooperação em Montevidéu.

Em uma declaração conjunta após o encontro de aproximadamente duas horas, ambos os líderes ratificaram seu "firme compromisso com o fortalecimento" da Unasul e seu "compromisso prioritário com a consolidação do Mercosul como instrumento de melhora da qualidade de vida de seus povos e de inserção internacional do bloco".

Em seguida, ambos endossaram a "necessidade de reforma das Nações Unidas, em particular do Conselho de Segurança, com o objetivo de convertê-lo em um órgão mais representativo, legítimo e eficaz", segundo o texto.

Também enfatizaram a importância de "obter resultados concretos durante a sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas".

Dilma chegou a Montevidéu pouco antes do meio-dia e se dirigiu ao Centro de Desenvolvimento de Conteúdos e de TV digital do Laboratório Tecnológico do Uruguai (LATU), construído em cooperação com o Brasil, onde foi recebida por Mujica.

O Uruguai - que adotou em dezembro de 2010 a norma de televisão digital nipônico-brasileira, levando-se em conta que inicialmente seria adotada a norma europeia - firmou nesta segunda-feira com o Brasil um Acordo Complementar ao Acordo Básico de Cooperação Científica e Técnica para a implementação do projeto de TV digital e para aprofundar a chegada da banda larga.

A presidente brasileira viajou acompanhada de oito ministros, que firmaram em Montevidéu 15 acordos com seus pares uruguaios, a maioria deles sobre integração física e energética.

Dilma e Mujica - que tiveram um primeiro encontro em janeiro, em Brasília - concordaram em manter reuniões bilaterais trimestrais e voltarem a se reunir no segundo semestre, para continuar examinando os avanços na agenda bilateral. (VoteBrasil)

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Senado retira impeachment de Collor da nova galeria de fatos históricos

Nova galeria do ‘Túnel do Tempo’ foi inaugurada nesta segunda. Para presidente da Casa, José Sarney, fato 'não é tão marcante'.

Senado retira impeachment de Collor da nova galeria de fatos históricos
O impeachment do ex-presidente e atual senador Fernando Collor (PTB-AL) foi retirado dos painéis de fatos históricos da nova galeria do chamado “Túnel do Tempo” do Senado, inaugurada nesta segunda-feira (30) pelo presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP).

Para Sarney, o impeachment de Collor “foi um acidente que não deveria ter acontecido” e, por tal motivo, foi retirado da lista de fatos expostos nos 16 painéis da galeria.

“Túnel do Tempo” é como ficou conhecido o amplo corredor que passa sob o Eixo Monumental, em Brasília, onde estão as salas das comissões permanentes e gabinetes dos parlamentares. O espaço integra o roteiro da visita guiada ao Congresso Nacional e abriga textos e imagens de momentos importantes da história do Brasil e do Senado.

Segundo a assessoria de Comunicação do Senado, é um dos locais que mais despertam o interesse dos visitantes. Segundo dados da Casa, apenas em abril, o Senado recebeu 20 mil visitas.

O painel retirado da galeria tinha fotos panorâmicas de manifestantes nas ruas pedindo o impeachment do ex-presidente Collor. O painel relatava que, em 29 de dezembro de 1992, o Senado aprovou por 76 votos a cinco a perda do cargo por Collor e de seus direitos políticos até 2000. Collor renunciou ao mandato antes do início do julgamento, mas a sessão teve continuidade.

“Não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Agora, acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente que não deveria ter acontecido na história do Brasil. Mas não é tão marcante como foram os fatos que aqui estão contados, que foram os que construíram a história, não os que de certo modo não deveriam ter acontecido”, afirmou Sarney ao ser questionado sobre a retirada do episódio da cassação de Collor dos painéis.

Os painéis contam a história a partir de uma linha do tempo, que exibe as antigas sedes do Senado até a atual Praça dos Três Poderes. A exposição também conta com um painel que mostra como o cidadão pode participar do trabalho parlamentar e conhecer as leis diariamente discutidas e aprovadas na Casa.

As fotos e textos que relatam o impeachment de Collor foram suprimidos do painel que conta os fatos históricos de 1991 a 2011. O espaço cita leis importantes como a que estipulou o tratamento gratuito para portadores de HIV, a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal e do Código de Trânsito, em 1997, e do Estatuto da Micro e Pequena Empresa, em 1999. Entre 1991 e 1996, período no qual está o governo Collor, o painel não oferece registros históricos. (VoteBrasil)

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Batalha nos bastidores se mantém após convenção do PSDB

Com apoio da maioria, Aécio deve garantir candidatura em 2014. Enquanto isso, Serra terá conselho para tentar se viabilizar

Nos bastidores, o embate entre serristas e aecistas vai continuar no PSDB apesar do acordo firmado na convenção realizada no sábado em Brasília. O presidente tucano reeleito, Sérgio Guerra (PE), irá conduzir o partido para garantir a candidatura do senador Aécio Neves (MG) ao Palácio do Planalto em 2014. No novo conselho político da sigla, o ex-governador José Serra (SP) terá a difícil tarefa de tentar influir em decisões como alianças, fusões e candidaturas. Uma nova candidatura é hoje um sonho distante.

Minutos depois do término da convenção, os dois grupos já voltavam a trocar farpas e minimizar ou aumentar o resultado obtido. “Não cedemos nada para o Serra. Foi um balde de água fria”, disse um integrante da ala mineira e agora majoritária. “A decisão sobre quem será candidato passará pelo conselho”, insistiu um paulista. Diante das câmeras de TV e flashes de fotógrafos, no entanto, o objetivo principal foi demonstrar unidade.

Mesmo ciente da sua força para derrotar Serra em qualquer tipo de votação dentro do partido, Aécio não queria realizar uma convenção sem a presença do paulista. Perderia a imagem de político conciliador. O ex-governador de São Paulo jogou pesado e ameaçou sair do partido mais uma vez - o que ele já havia feito em fevereiro. “Não foi uma, nem duas, mas umas 15 vezes que ele ameaçou sair”, contou um dirigente do PSDB ligado ao grupo de Aécio.


Foto: AE
O presidente do PSDB Sérgio Guerra, Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves e José Serra na a 10ª Convenção Nacional do partido, em Brasília (28/05)

Ameaça de racha

Duvidando da palavra do ex-governador paulista, alguns aecistas toparam pagar para ver. Na quarta-feira, um grupo de 35 deputados fechou questão: não vamos ceder nada ao Serra. No mesmo dia, o deputado Marcus Pestana (MG) foi visto discutindo com o deputado Jutahy Júnior (BA) no plenário da Câmara. “Eles ameaçaram o racha”, confirmou Pestana.

Amigo de Serra há anos, Jutahy foi um dos tucanos que trabalharam para ele ocupar um cargo em que pudesse seguir na vida partidária e política. “Serra queria o conselho político. Mas, na primeira proposta (feita em abril passado), o conselho teria 20 membros. O órgão seria uma ficção”, explicou Jutahy.

O Conselho Nacional Político do PSDB já era previsto no estatuto do partido, mas as reuniões só podiam ser convocadas pelo presidente da sigla. No caso, Sérgio Guerra. Para atender ao desejo de Serra, era preciso mudar as atribuições do conselho.

Jutahy contou que a remodelagem do órgão voltou a ser estudada na quinta-feira, em Salvador, na Bahia. O governador de Goiás, Marconi Perillo, foi à cidade receber título de cidadão baiano e refez a proposta do conselho. “O Marconi fez proposta. Queríamos um órgão decisório. Levei para o Geraldo Alckmin (governador de São Paulo) com o consentimento do Serra”, disse Jutahy.


Negociação sobre ITV

O passo seguinte era convencer o grupo aecista a mudar o estatuto da sigla durante a convenção. Sem a garantia por escrito de como funcionaria o conselho na prática, serristas insistiam em manter o pleito pelo Instituto Teotônio Vilella (ITV). O ex-governador paulista não queria uma função figurativa com um conselho sem funções definidas. O ITV, porém, já havia sido oferecido ao ex-senador Tasso Jereissati (CE). Derrotado em outubro, ele hesitou em assumir o órgão, mas acabou convencido por Aécio e Guerra.

Apesar de ser vinculado à presidência do PSDB, o ITV tem estrutura e orçamento próprios de R$ 11 milhões por ano. Desconfiados, os mineiros achavam que Serra poderia criar um partido dentro do partido. Além disso, seria um duro golpe contra Tasso. Em março deste ano o próprio Serra havia rejeitado a proposta de presidir o ITV.

Na sexta-feira, as negociações voltaram a andar. De São Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Alckmin e o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) negociaram em nome de Serra. A ala ligada a Aécio defendeu que FHC ficasse no comando do Conselho. Ele, contudo, convenceu os mineiros que a vaga devia ficar com Serra para que o acordo fosse firmado. Em entrevista ao Poder Online, o ex-presidente explicou como costurou o acordo.

Juntos, os três foram de avião para Brasília no sábado e dirigiram-se à casa do deputado Duarte Nogueira (SP), líder do PSDB na Câmara e fiel escudeiro de Alckmin. Lá, por volta das 11h, o martelo foi batido com Guerra, Aécio e o governador de Minas, Antonio Anastasia.

Conselho tucano

O texto final do estatuto do partido, documento que pode ser levado a instâncias judiciais, ficou da seguinte forma: “O Conselho Nacional Político irá colaborar com o Diretório Nacional e sua Comissão Executiva no exame e decisão de questões políticas relevantes de âmbito que lhes sejam submetidas especialmente às relativas a alianças políticas, processo de escolha de candidatos às eleições nacionais, fusão ou incorporação de partidos”.

O grupo será formado por seis membros. Um tucano experiente observou: “Com seis, tudo terá de ser feito por consenso. Não haverá um a mais para desempatar”. Para aecistas, o conselho é consultivo. Para serristas, o órgão terá função própria. Maioria no partido, o grupo do senador mineiro tem hoje mais condições de impor sua vontade. (Adriano Ceolin- iG)

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Dilma foca agenda positiva em encontro do Conselho Político

Em reunião na quarta-feira, presidenta antecipará pontos do programa "Brasil Sem Miséria" a presidentes de partidos da base

A segunda reunião da presidenta Dilma Rousseff com o Conselho Político – composto por ministros e presidentes de partidos da base –, prevista para acontecer esta quarta-feira, será marcada por uma agenda positiva. Oficialmente, o Palácio do Planalto informa que o encontro servirá para antecipar os pontos do programa "Brasil Sem Miséria", cujo lançamento está previsto para quinta-feira.

A ideia é amenizar o noticiário negativo que teve como origem a notícia de que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, multiplicou seu patrimônio por vinte nos últimos quatro anos. “Não tem uma pauta definida, mas o caso Palocci não será discutido”, afirma o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).


Além do peemedebista, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, já confirmou presença na reunião. Os demais dirigentes de legendas da base também deverão comparecer. A previsão é que o encontro aconteça pela manhã, no Palácio do Planalto, antes do almoço da presidenta Dilma com a bancada do PMDB no Palácio do Alvorada.

Ao evitar temas polêmicos, Dilma repete a fórmula do primeiro encontro do Conselho, em março. Na ocasião, o governo enfrentava a insatisfação de parlamentares com o anúncio de contingenciamento de R$ 50 bilhões do Orçamento e com a demora nas nomeações do segundo e terceiro escalão.

A criação do “Brasil Sem Miséria” foi anunciada no início do governo. Dilma escalou Ana Fonseca, que ajudou a formular o programa “Bolsa Família” – considerado um dos carros-chefe herdados do governo Lula – para elaborar um projeto a fim de combater a miséria extrema no País. (Adriano Ceolin e Fred Raposo - iG)
 
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Bahia: PSB, PCdoB e PTB ensaiam 2012

Na formação de alianças para eleições municipais, já começa a ganhar corpo a composição entre o PTB, o PCdoB e o PSB. Ontem os três partidos deram sinais claros de que podem estar juntos na disputa pela prefeitura de Salvador em 2012.

Lideranças das três legendas se reuniram, tendo como “pano de fundo” a discussão sobre um dos gargalos da capital baiana: a mobilidade urbana. O tema foi o primeiro da série Salvador em debate, promovido pelo bloco partidário.

Na ocasião, os dois já declarados pré-candidatos ao Palácio Thomé de Souza, deputada Alice Portugal (PCdoB) e o vice-prefeito Edvaldo Brito (PTB), e ainda a senadora Lídice da Mata (PSB), presidente do partido na Bahia, recolheram a opinião de lideranças comunitárias de diversos bairros e do presidente do Instituto dos Arquitetos da Bahia (IAB), Daniel Colina, sobre os planos de mobilidade para a cidade. 

O PTB, o PCdoB e o PSB já formam um bloco partidário na Câmara Federal. Apesar de não falarem sobre política, os representantes de cada partido demonstraram afinidade ao monstrar convergência sobre a mobilidade urbana em Salvador.

Coordenadora dos trabalhos no debate de ontem, a senadora Lídice ratificou o objetivo dos seminários e a posição dos três partidos no planejamento de Salvador até 2020. A socialista reivindicou a volta dos conselhos municipais e a necessidade de maior participação popular.

“A cidade pertence ao povo e tem de ser discutida de forma democrática, sem monopólios ditando as regras em qualquer setor”.

Já a deputada Alice Portugal disse que o melhor para a cidade é investir em um projeto multimodal, com diversos tipos de transportes integrados.

“Precisamos colocar com qualidade a construção de um programa que defenda a natureza intermodal da cidade. Salvador é uma metrópole e hoje sofre de falência múltipla, perde até para capitais do nordeste como Fortaleza”, disse.

Um sistema integrado de transporte e a bilhetagem única estiveram entre as questões defendidas pelo vice-prefeito Edvaldo Brito. Segundo ele, “a cidade precisa ser construída de forma a diminuir a desigualdade entre os seus moradores”. Estiveram no evento o titular da Secretária Estadual para Assuntos da Copa, Ney Campello, os deputados federais Antônio Brito (PTB) e Daniel Almeida (PCdoB). (lilian Machado - TB)
 
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Deputados baianos apontam prioridades 
Embora as decisões sobre a reforma política estejam em poder do Congresso Nacional, as polêmicas sobre o tema viraram o tema principal da Assembleia Legislativa ontem.

Deputados estaduais, federais e especialistas no assunto defenderam o aprofundamento de alguns pontos cruciais da reforma, a exemplo do financiamento público de campanha, o possível fim das coligações, a votação em lista fechada ou mista e a questão da suplência no Senado, entre outros.

A conferência foi promovida pela Comissão Especial de Reforma Política da Câmara Federal e a Comissão Extraordinária para a Discussão da Reforma Política, inaugurada na semana passada, na Assembleia Legislativa do Estado.

O debate foi proposto pelos titulares do colegiado em âmbito federal, Waldenor Pereira (PT) e Daniel Almeida (PCdoB). O financiamento “exclusivamente” público de campanha foi uma das questões defendidas por Almeida. “Sou a favor de que só exista uma fonte e que essa fonte seja apenas pública. Que haja uma lista pré-ordenada como forma de compatibilizar o financiamento público”, disse.

Além disso, o comunista considerou que haja mecanismos facilitadores para apresentação de projetos de origem popular. “Que os projetos de iniciativa popular sejam com base no quociente eleitoral para deputados federais”. (Tribuna da Bahia)

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Bahia: Comissão debate reforma política na assembléia
 
Votação em lista fechada ou mista, financiamento público de campanha, votos distrital ou misto, a questão da suplência no senado, entre outros pontos, foram os principais temas debatidos na tarde de hoje (30), durante uma conferência estadual promovida pela Comissão Especial de Reforma Política da Câmara Federal e a Comissão Extraordinária para a Discussão da Reforma Política, criada na Assembléia Legislativa do Estado.

O presidente da Comissão da Câmara Federal, deputado Almeida Lima (PMDB-SE), abriu os debates pedindo sugestões. O deputado Daniel Almeida (PC do B)  defendeu o financiamento público de campanha e o jurista Celso de Castro lembrou que a “reforma política precede qualquer tipo de reforma, seja tributária, administrativa, econômica. Tudo isso decorre das mudanças políticas que sejam feitas”, disse ele, em meio a pronunciamentos de outros deputados e de especialistas na questão, como o procurador regional da República, Augusto Aras.

O debate, que vem ocorrendo em várias capitais brasileiras foi proposto para ocorrer na Bahia pelos titulares da comissão na Câmara Federal, Valdenor Pereira (PT) e Daniel Almeida (PCdoB) e teve a participação de inúmeros representantes do legislativo baiano, estudiosos do tema além de movimentos sociais. O ex-deputado Pedro Alcântara, chefe de gabinete da Secretaria de Relações Institucionais, representou o governo no evento. (Política Hoje)

Organização
Genaldo de Melo


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