“Quem se gabou que me passou uma rasteira que se previna”, disse Bacelar ao Política Livre, considerando-se traído pelo PT baiano, especialmente pelos deputados federais Nelson Pelegrino e Zezéu Ribeiro, aos quais atribui a indicação de Cláudio Moras Garcia para o lugar de Jaques.
“Apesar de Bacelar ter compartilhado o comando com ambos, especialmente o indicado de Zezéu, Santos Neto, sempre buscou boicotar o trabalho de Jaques nos Correios”, disse um assessor de Bacelar.
O pivô da troca de comando dos Correios na Bahia foi exatamente o afastamento de Santos Neto da coordenação de Negócios, depois de desentendimentos com Jaques.
Antes de fazer a troca, Wagner Pinheiro chamou Bacelar em sua sala e os dois tiveram uma conversa dura. Bacelar deixou o encontro depois de bater na mesa, dizendo que não aceitava sua justificativa de que mudaria o comando da empresa na Bahia por uma questão técnica, depois de ficar meses tentando falar com Pinheiro sem sucesso.
Segundo o assessor do deputado, “o feitiço virou contra o feiticeiro”, entretanto, depois que a revista Veja desta semana publicou matéria relatando que a Petros comprou do Itaú seu braço de informática que era rejeitado pelo mercado por R$ 3 bi na gestão de Pinheiro.
O negócio teria tido participação de Antonio Palocci, demitido do cargo de chefe da Casa Civil do governo porque não conseguiu explicar a origem de seu estupendo enriquecimento. (Raul Monteiro -TB)
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