Da redação Brasil deFato
Ideologia genocida
Centenas de judeus ultraortodoxos protestaram no início do mês em frente à Suprema Corte de Jerusalém contra o interrogatório de dois rabinos que apoiaram um livro que incita violência contra não-judeus. A obra, publicada em 2009 e depois proibida em Israel, afirma que bebês e filhos dos inimigos de Israel podem ser mortos sob certas condições desde que “seja claro que eles vão crescer para nos ameaçar" e que os não judeus seriam “pessoas de pouca compaixão por natureza”.
Justiça contra o trabalhador
No Mato Grosso do Sul, uma decisão da juíza Marli Lopes Nogueira, da 20ª Vara do Trabalho do Distrito Federal (DF), provocou repúdio de organizações sociais. Oitocentos e dezessete trabalhadores, entre eles 275 indígenas, seguiram em condições análogas a escravidão numa fazenda de cana de açúcar em Naviraí. Do contrário, deveriam pedir desligamento da usina Infinity Agrícola, abrindo mão de seus direitos. Além disso, a juíza proibiu que a usina seja relacionada na lista suja do trabalho escravo.
Terra Indígena Marãiwatsede
O governo do Mato Grosso sancionou, no final do mês de junho, uma lei que autoriza o estado a trocar a Terra Indígena Marãiwatsede com a Funai pelo Parque Estadual do Araguaia. O Cimi alerta que a medida é inconstitucional e fere o direito assegurado ao povo Xavante a seu território tradicional, homologado desde 1998. Para a entidade, a lei do governo estadual é uma manobra para regularizar a ocupação ilegal dos não-índios. Hoje, os xavantes ocupam apenas 10% de seu território.
Professores no Rio
Esta semana, professores da rede estadual do Rio de Janeiro chegaram a ocupar a sede da Secretaria de Educação para pressionar as negociações. Em greve desde o dia 7 de junho, os professores que ganham cerca de R$ 600 por 16 horas querem o descongelamento do plano de carreira de funcionários administrativos, 26% de reajuste emergencial e incorporação imediata da gratificação Nova Escola, prevista para terminar de ser paga só em 2015.
Um não ao prêmio empresarial
A professora Amanda Gurgel, nacionalmente conhecida por peitar deputados da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, lançou o blogdaamanda.com.br para continuar expondo às péssimas condições para se aprender e lecionar nas escolas públicas do país. Amanda também recusou o prêmio “educador de valor” da associação Pensamento Nacional de Bases Empresariais, que já premiou Fundação Bradesco, Fundação Victor Civita e Canal Futura. Segundo ela, sua luta é muito diferente dessas instituições.
Violência policial
No final do mês de junho o quilombola Diogo de Oliveira Flozina foi assassinado por policiais na cidade de Caravelas, litoral sul da Bahia. A denúncia é dos moradores locais que não quiseram se identificar. O caso ocorreu no Quilombo de Volta Miúda. A vítima tinha 27 anos e era pai de dois filhos. A comunidade acusa policiais e empresas produtoras de eucaliptos de fazerem ameaças. De acordo com relatos, o jovem quilombola teve sua casa invadida e foi morto por três policiais à paisana.
Bueiros
Em um protesto bem humorado, moradores do Rio de Janeiro colaram adesivos em bueiros da concessionária Light para chamar a atenção dos pedestres sobre o perigo das explosões. No início deste mês, quatro bueiros explodiram em um só dia na região central do Rio, deixando duas pessoas feridas. Em uma vistoria, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-RJ) constatou que sete dos 21 bueiros analisados poderiam explodir a qualquer momento.
Bueiros 2
As explosões motivaram até mesmo a criação de um jogo no Facebook, o "Desafio Rio Boom-eiro". Na tela do aplicativo aparece o convite "Caminhe pela Cidade Maravilhosa sem voar pelos ares". No jogo, o internauta controla um carioca que caminha pela "Rua Bueiros Aires" atento aos bueiros que explodem a qualquer momento, e a pontuação avalia apenas a distância que o jogador percorre sem ser atingido por um bueiro em chamas ou cair em um sem tampa.
Vale conferir
Para quem ainda não leu, está disponível na Agência Brasil de Fato a entrevista exclusiva com o crítico literário Antonio Candido, publicada na edição 435 do Brasil de Fato. Na página o leitor também pode conferir o especial "A Hora da Causa Gay", que reúne matérias sobre temas como união estável entre pessoas do mesmo sexo, religiosidade e preconceito.
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