quinta-feira, 21 de julho de 2011

UM DESASTRE EM FEIRA DE SANTANA

Por Genaldo de Melo

Não foi um fato comum o que aconteceu em Feira de Santana ontem (20/07). Não foi corriqueiro, não foi normal. Foi do ponto de vista sociológico uma verdadeira catástrofe, capaz de abalar a estrutura de qualquer cidade, principalmente quando se é considerada sede de região metropolitana. A R. Carvalho, que sempre foi considerada a maior empresa da construção civil do município jogou no rumo do desemprego cerca de 5.200 trabalhadores/as, como se isso fosse um fato sem a mínima importância.
Se imaginarmos um espaço urbano caracterizado pela violência extrema e pela drogadição desenfreada, aliada ao entendimento que Feira de Santana é o maior entroncamento rodoviário do Norte/Nordeste do país, bem como caracterizado pelo desemprego alarmante, esse fato é um verdadeiro desastre, sobrepujando inclusive aqueles considerados naturais.
Nas ruas hoje (21/07) cerca de 1.000 trabalhadores/as desempregados e sem esperança de receber os honorários atrasados e direitos trabalhistas, ocuparam a frente da Prefeitura Municipal, obstruindo uma das principais vias de locomoção do centro comercial da cidade. Todos entendendo que somente isso não resolverá o problema, pois precisam que os atores políticos do município cumpram seu papel de fazer um debate sobre a falência de uma empresa com mais de 30 empreendimentos no município.
Agora o que mais choca é que de tantos vereadores que temos, nenhum se posiciona a fazer do tema uma bandeira de discussão na Casa da Cidadania. O que será que está acontecendo mesmo com esses rapazes que assumiram a postura política de representar o povo de Feira de Santana, inclusive com votos dos trabalhadores/as da construção civil? 5.200 trabalhadores/as desempregados podem também representar o mesmo número de cidadãos eleitores/as, que lógico já tinha salários minguados e sem acesso aos bens de consumo do mundo moderno.
O que será que pode acontecer com cerca de 5.200 trabalhadores desempregados, jogados ao “Deus dará”, enquanto ano que vem as eleições municipais acontecem, e ninguém se posiciona sobre o assunto? A pergunta será respondida da seguinte forma: famílias passando fome e dando a resposta nas urnas, meus caros vereadores calados!

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