O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu nesta segunda-feira (8) que o Brasil "não está imune" à crise protagonizada por países da Europa e pelos Estados unidos, que teve a nota de classificação de sua dívida rebaixada pela primeira na história na sexta-feira pela Standard & Poor's.
Na avaliação do ministro, que fez um relato da conjuntura econômica internacional à presidente Dilma Rousseff, por enquanto o Brasil tem condições de manter as atuais variáveis econômicas. No caso das turbulências no exterior, no entanto, o ministro admitiu que o governo pode lançar mão das reservas internacionais para ampliar o crédito e apelar para que bancos públicos e privados auxiliem na recuperação do mercado interno.
"Não quero me antecipar porque pode ser que tudo isso acabe ainda nesta semana. O perigo não é aqui no Brasil. O Brasil não está no epicentro da crise, mas sofremos as consequências dela", disse Mantega.
O ministro da Fazenda afirmou ainda que não falta "armamento" para o governo enfrentar uma eventual piora na crise internacional. Para ele, a crise global de 2008 e 2009 nunca terminou nos países desenvolvidos.
De acordo com Mantega, o Brasil, por sua vez, tem uma situação fiscal sólida mas prometeu que ela será reforçada. "Vamos continuar fortalecendo a posição fiscal do país", afirmou. O ministro disse ainda que se os Estados Unidos decidirem fazer um "quantitative easing 3" será ruim para o Brasil.
Sem confiança
O ministro da Fazenda disse que os mercados perderam a confiança na recuperação da economia global e criticou os líderes europeus pela demora na solução da crise na região.
Para ele, a crise entra cada vez mais em uma fase "crônica" e os países desenvolvidos não vão se recuperar brevemente.
Da redação Vermelho, com agências
Nenhum comentário:
Postar um comentário