domingo, 13 de fevereiro de 2011

Conselho de Ética quer que Mabel pare de falar em nome do PR

Conselho sugeriu ainda dissolução da direção do partido em Goiás. Por meio da assessoria, Mabel informou que não se pronunciaria.

Deputado Sandro Mabel (PR-GO) discursa na tribuna da Câmara no dia da eleição pela presidência da casa (Foto: José Cruz/AB)O deputado Sandro Mabel (PR-GO) discursa na
tribuna da Câmara no dia da eleição pela
presidência da Casa. (Foto: José Cruz/AB)
O conselho de ética do Partido da República (PR) instaurou processo disciplinar contra o deputado Sandro Mabel, de Goiás. Ele concorreu à presidência da Câmara, no início de fevereiro, sem o aval do partido, que fechou apoio ao deputado Marco Maia (PT-RS).
Segundo nota oficial divulgada nesta quinta-feira (11) pelo presidente do conselho, Sérgio Tamer, foi recomendada à executiva nacional que Mabel seja proibido de representar o partido no plenário da Câmara.
O conselho sugeriu ainda a dissolução da direção do PR em Goiás. Mabel preside o diretório local da legenda.
De acordo com o documento, as medidas sugeridas têm “o declarado objetivo de preservar a isenção do processo”.
 
O deputado Marilo Costa (PR-PB) foi o escolhido por Tamer para relatoria do caso. O estatuto do PR prevê punições que vão da advertência à expulsão.
Por meio de sua assessoria, o deputado informou que não se manifestaria sobre o caso. A assessoria do partido disse não existir previsão para a conclusão do processo, mas informou que as medidas preventivas sugeridas pelo conselho devem ser votadas pela executiva já na próxima semana.
Caso

O desgate de Sandro Mabel  com a direção do partido teve origem na disputa pela presidência da Câmara. O parlamentar se lançou ao cargo apesar de o partido ter decidido apoiar Marco Maia (PT-RS), que acabou eleito.
O partido havia dado prazo para Mabel retirar a candidatura para evitar um processo disciplinar, mas o deputado disse que não retiraria a candidatura, ainda que isso pudesse levar à sua expulsão da legenda.
O estatuto do PR resguarda a Mabel “amplo direito de defesa”. Ao longo dos 90 dias de processo, Mabel apresentará sua defesa, que deve ser analisada previamente pela Executiva Nacional do partido antes de ser encaminhada ao Conselho de Ética do PR, composto de cinco membros.(G1)

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