terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

PT e aliados se unem pelo segundo escalão

Após o fechamento das negociações referentes ao primeiro escalão do governo, os partidos da base aliada estão de olho, a partir de agora, na distribuição dos cargos do segundo escalão, tanto em âmbito estadual, quanto federal.
Em antecipação à pauta que deve começar a tomar o espaço de debate na mesa da presidente Dilma (PT) e do governador Jaques Wagner (PT) nos próximos dias, ontem, dirigentes estaduais de dez partidos que compõem a bancada governista (PT, PP, PDT, PCdoB, PSL, PRB, PTdoB, PSB e PV) se reuniram para discutir a participação das legendas nos órgãos da gestão. Na esfera do estado, estima-se uma disputa por cem cargos; já entre os cargos federais, o cálculo pode chegar a 40.  Todos buscam uma fatia maior do bolo que deverá ser dividido nas próximas semanas.

O presidente Jonas Paulo ficou responsável por fazer o intermédio entre a base aliada e a Secretaria de Relações Institucionais do governo federal. Ele confirmou que o encontro de ontem serviu para “discutir os ajustes que serão feitos na área do governo, com a participação de toda a base aliada, assim como a questão dos órgãos federais na Bahia”.
As eleições municipais de 2012 também entraram na pauta, com a previsão de táticas eleitorais principalmente para os municípios a partir de 50 mil habitantes. Uma comissão composta pelo PT, PP, PCdoB e PSB foi criada para apresentar o quadro político nos 10 maiores colégios eleitorais da Bahia.
 Na mesa-redonda, os dirigentes partidários deixaram clara a necessidade de ampliarem seus espaços, de acordo com o tamanho que obtiveram nas últimas eleições.  Conforme o presidente do PCdoB baiano, deputado Daniel Almeida, a reunião serviu para “nivelar” as informações sobre o preenchimento dos cargos.
“Precisamos ter dados para sabermos o que vamos conversar com a Secretaria de Relações Institucionais em Brasília e qual o momento para tratarmos disso com o governo estadual. Mas não temos pleito específico. O certo é que não queremos ter privilégio, nem discriminação”, mandou recado. No momento, o PCdoB está à frente da Secretaria da Copa, no governo estadual. 
Com um ministério e quatro secretarias nas mãos, o PP também pretende reivindicar uma divisão igualitária. “O que nós queremos é estabelecer uma regra geral de divisão de acordo com o peso de cada partido e também para que não haja conflitos de interesses”, frisou o presidente do partido e ministro das Cidades, Mário Negromonte.    
O equacionamento na distribuição dos cargos foi também destacado pelo presidente do PDT, Alexandre Brust. Segundo ele, deve haver um “estabelecimento de critérios para que se avalie o espaço de cada partido”. “Não houve reivindicação individual, mas a expectativa do PDT é de que ele continue sendo bem avaliado"
PR e PMDB se articulam
Aliados do PT apenas no plano nacional, o PMDB e o PR também estão em busca de espaços nos cargos federais da Bahia.
Os partidos que fazem oposição ao governo baiano, sem perder tempo, estão em fase de articulação com a presidente Dilma Rousseff, com o objetivo de contemplarem o ex-ministro e líder peemedebista no estado, Geddel Vieira Lima, e o presidente do PR baiano, o ex-senador, César Borges.
Informações dão conta de que devem avançar as negociações para que Geddel assuma a vice-presidência de Tecnologia da Informação da Caixa Econômica Federal.
Já o ex-senador republicano tem sido cotado para comandar a Valec, empresa pública controlada pela União e responsável pela construção da Ferrovia Leste-Oeste. (Lilian Machado – TB)

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