quarta-feira, 25 de maio de 2011

ÚLTIMAS NOTÍCIAS


PT e PSDB trocam acusações na Câmara por causa de Palocci
O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), e o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) trocaram acusações no plenário da Câmara nesta quarta-feira.
O bate-boca começou após o líder do PT rechaçar as novas suspeitas em torno da empresa de consultoria do ministro Antonio Palocci (Casa Civil).
Teixeira afirmou que Francischini levantou "acusações levianas" contra Palocci e disse que não aceitará "baixo nível" vindo da oposição. "O que PSDB fez através do deputado Francischini foi uma calúnia", rechaçou.
Ele ainda afirmou que "possivelmente" houve quebra do sigilo fiscal do ministro.
O deputado tucano rebateu: "Quem sabe de quebra de sigilo bancário é o Palocci. É hora de dizer cara a cara, de o ministro vir à Câmara para dar explicações."
Na tarde de hoje, a liderança do PSDB na Câmara levantou suspeitas de que pagamentos feitos pela Receita Federal à incorporadora WTorre, no valor de R$ 9,2 milhões, durante as eleições do ano passado, estejam relacionados ao trabalho do ministro Antonio Palocci, e a doações para a campanha presidencial de Dilma Rousseff.
Francischini apresentou hoje à imprensa registros públicos do Siafi (o sistema de acompanhamento de gastos da União) e da Receita Federal que indicariam uma relação entre pagamentos feitos pela Receita à WTorre Properties, um braço do grupo WTorre, e o trabalho do ministro na incorporadora. (Larissa Guimarães – Folha)

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Tapete vermelho e banda de música para trabalhadores
Com o dispositivo de honra com que recebe os chefes de Estado – tapete vermelho e banda de música, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia, (PT-RS) recepcionou, na tarde desta quarta-feira (25), os trabalhadores que foram pedir a votação do projeto que reduz a jornada semanal de trabalho para 40 horas semanais. Os líderes sindicais subiram a rampa do Congresso carregando bandeiras e faixas e sob os gritos de “Tá na hora de votar/ 40 horas já”.

A resposta do presidente da Câmara à reivindicação dos trabalhadores foi mais modesta: “No segundo semestre, vamos criar uma Câmara de Negociação para que os deputados possam discutir e produzir a solução e a viabilização desse projeto dentro do Parlamento”.

Para o deputado Assis Melo (PCdoB-RS), que também é dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), “o presidente da Casa precisa compor com todo mundo, mas nós, que somos deputados e dirigentes sindicais, sabemos que é preciso pôr em votação a matéria que já está pronta”. E conclamou os trabalhadores a se unirem em torno da articulação para conseguir maioria dos votos para aprovação da proposta que é de interesse dos trabalhadores e da nação brasileira.

Mobilização necessária

O relator da Proposta de Emenda à Constituição que reduz a jornada de trabalho, deputado Vicentinho (PT-SP), também chamou a atenção para a importância da mobilização dos trabalhadores, destacando que o projeto já foi tema de várias audiências públicas e debates e já foi aprovado na Comissão Especial. “A mobilização é de grande importância para garantir as 40 horas semanais”, disse, acrescentando que “ este ano tem que ser o ano das 40 horas semanais”.

Os trabalhadores, que lotaram o Salão Negro do Congresso, foram uma amostra da multidão que as centrais sindicais pretendem trazer a Brasília no dia da votação. O dirigente da CTB, Pascoal Carneiro, anunciou o propósito de trazer cem mil trabalhadores para acompanhar essa votação. Para o presidente Marco Maia, os trabalhadores esperam que ele, que também foi metalúrgico, entre para a história como o presidente da Câmara que aprovou a redução da jornada de trabalho.

“Esses trabalhadores estão esperando que o presidente da Casa faça como o presidente Lula, que reconheceu as centrais sindicais. Saia da Presidência da Casa como aquele que aprovou a redução da jornada de trabalho”, afirmou Carneiro, lembrando que a medida vai permitir a geração de mais 2,8 milhões de empregos e garantirá mais horas de convivência com a família para o trabalhador.

Compromisso com os trabalhadores

Marco Maia foi quem fez o discurso mais longo. O presidente da Câmara lembrou sua origem como metalúrgico e líder sindical e destacou que como deputado representa os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.

Para ele, o seu compromisso é com a pauta dos trabalhadores. “Eu me coloco ao lado de vocês nesse processo”, disse, alertando que “(aprovar as 40 horas semanais) não será uma tarefa fácil, se fosse fácil outros já teriam feito, vai ser necessário debate, mobilização, articulação política”, convidando os sindicalistas a participarem ativamente desse processo.

“Se sintam em casa, como se estivessem em seus sindicatos, representado o papel que vocês representam. E nós deputados vamos representar o nosso papel”, anunciando a instalação, na próxima terça-feira (31), da Comissão Especial que vai tratar das terceirizações e garantir avanços significativos nessa área.

Elogios à recepção

A recepção aos trabalhadores mereceu elogios dos dirigentes sindicais. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, destacou o dispositivo de honra usado para receber os trabalhadores e anunciou que a ida das centrais sindicais à Câmara será regular. “Todas as semanas a gente virá aqui cobrar dos líderes e deputados a votação da matéria porque temos esperança de que, após 16 anos de tramitação, com o senhor na Presidência, a gente possa votar a matéria e os trabalhadores posam ter o benefício das 40 horas”.

O deputado Roberto Santiago (PV-SP), vice-presidente da UGT, também elogiou a recepção. “Os trabalhadores nunca na história do país foram recebidos com tapete vermelho. Isso quer dizer que a história desse país está mudando e será contada agora para a maioria da população que somos nós trabalhadores”.

José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), também manifestou esperança de ver votada agora a matéria : “O momento significa o reinício de uma luta de 16 anos, mas o reinício vem trazer esperança, em face do presidente que temos hoje na Câmara. Estamos confiante na sua presidência e temos certeza de atingir o nosso objetivo que é reduzir a jornada de trabalho”. (Márcia Xavier, de Brasília)

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Itália condena à prisão perpétua três soldados nazistas
Três ex-soldados nazistas, suspeitos de participação durante a Segunda Guerra Mundial, do massacre de Padule di Fucecchio na Toscana, foram condenados à revelia à prisão perpétua pelo Tribunal Militar de Roma, anunciou a imprensa italiana.
Os três ex-soldados do Terceiro Reich são o capitão Ernst Pistor, de 91 anos, o ex-marechal Fritz Jauss, de 94 anos, e o sargento Johan Robert Rib, de 90 anos.
Um quarto denunciado, centenário, morreu durante o processo.
O tribunal decidiu também uma compensação de 13 milhões de euros (18,3 milhões de dólares) aos parentes das vítimas.
Na madrugada de 23 de agosto de 1944, a 26ª Divisão do Exército alemão, sob as ordens do capitão Josef Strauch, registrou as residências da região de Padule di Fucecchio e matou um total de 184 pessoas (94 homens, 63 mulheres e 27 crianças). (R7)
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Ministro nega que governo tenha sofrido
derrota política com Código Florestal

Responsável pela articulação política do governo, o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, minimizou, nesta quarta-feira (25), a derrota do governo na votação do Código e disse que ela não significou um prejuízo político para o Executivo.
- O governo teve uma derrota na proposta, mas não uma derrota política. Porque politicamente ficou clara para a sociedade o que a presidente [Dilma Rousseff] defendia e defende.
Na votação de terça-feira (24), numa sessão bastante tensa na Câmara dos Deputados, a reforma do Código Florestal foi aprovada e o governo sofreu um revés com a aprovação de uma emenda que, na avaliação do Palácio do Planalto, anistia desmatadores e fragiliza o controle de novos desmates ao transferir para os Estados a atribuição de regularizar o uso de APPs (áreas de preservação permanente).
Para o governo, ficou claro que Dilma não apoia essa mudança, inclusive se comprometendo com o veto à emenda caso o texto não sofra modificações no Senado.
Luiz Sérgio avalia que os descontentamentos da base aliada com o governo não foram determinantes para a derrota do governo. Na avaliação do ministro, o tema complexo e que mexe com realidades regionais dos parlamentares foi a maior dificuldade para que se conseguisse um texto de consenso entre o Executivo e a Câmara.
Apesar da avaliação do ministro, os discursos dos líderes aliados no plenário da Câmara na terça evidenciaram o clima tenso da base aliada e como as cobranças não atendidas pelo Executivo influenciaram na derrota do governo.
O líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), por exemplo, mesmo sabendo que a presidente havia pedido aos ministros indicados pelos partidos aliados para convencer suas bancadas a derrubar a emenda patrocinada pelos peemedebistas e outras legendas da base, desafiou a ordem de Dilma em discurso tribuna.
- Minha querida presidente Dilma, não sei se está me dando a honra [de me assistir], acho que não. Soube que muitos ministros de diversos partidos estão contatando com seus parlamentares. Respeito e compreendo. Mas quero pedir aos ministros do PMDB que não tentem mudar os votos do PMDB. Antes de serem ministros, vocês são do meu partido. Não constranjam a minha bancada.
O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), aumentou a tensão do plenário ao classificar o discurso do peemedebista de "emocional" e dizer que a emenda em votação era considerada pela presidente como "uma vergonha para o Brasil".
O governo aposta que nos próximos dias os ânimos vão se acalmar e haverá clima para negociar no Senado uma mudança do texto aprovado na Câmara e evitar até mesmo o veto de Dilma.
Na tarde desta quarta, Dilma deveria comandar uma reunião no Palácio do Planalto, quando deve pedir explicações ao líder do governo e a Luiz Sérgio sobre a derrota do governo e tentará definir uma nova estratégia para a tramitação da matéria no Senado. (R7)

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Fundador da Blackwater treinou mercenários em bases colombianas

Uma reportagem do jornal norte-americano The New York Times revelou esta semana que a família real dos Emirados Árabes Unidos contratou o norte-americano Erik Prince, criador da controversa empresa de mercenários Blackwater, para criar um exército particular.
Segundo o veículo, as forças militares encomendadas contam agora com quase 800 homens, em sua maioria, colombianos. De acordo com a revista colombiana Semana, eles foram treinados em bases do exército colombiano.

A Blackwater é investigada por diversas denúncias de violação de direitos humanos na invasão norte-americana ao Iraque, empreendida desde 2003, e ao Afeganistão, em 2001. A empresa foi contratada pelo governo dos Estados Unidos para atuar em operações nesses países.

Os Emirados Árabes Unidos, apesar de ricos, têm um exército de dimensões modestas e pouco treinado. Conforme relatou o NYT, a família real estaria cada vez mais "assustada" com a chamada "primavera árabe", as manifestações populares por mudanças em outros países da região. Com isso, recorreram à Blackwater -- rebatizada de Xe Service.

De acordo com a reportagem, a Xe Service criou a Thor Global Enterprise nas Ilhas Virgens Britânicas -- próximas a Porto Rico -- com a intenção de recrutar mercenários na América Latina. Na Colômbia, foi criada uma página na rede social Facebook para recrutamento chamada "Thor Colombia", na qual militares e policiais em serviço ou afastados e pessoas comuns se candidataram para os testes de admissão.

Um contingente de colombianos ingressou em novembro do ano passado no país, com contratos de trabalhadores da construção civil, diz a reportagem. Eles foram alojados em um complexo militar provisório, chamado Cidade Zayed e receberam um pagamento diário de 150 dólares, de acordo com o NYT.

O recrutamento acontecia na sede de uma empresa colombiana em Bogotá, a Fortox S.A. Um dos sócios seria José Arturo Zuluaga Jaramillo, que há cinco anos era o titular de uma empresa onde, no mesmo endereço, colombianos eram recrutados para a Blackwater. No entanto, aquele esquema, que parecia vantajoso -- o salário prometido era de quatro mil dólares --, era na verdade um golpe. Os mercenários recebiam somente parte do dinheiro, enquanto eram obrigados a vigiar bases em Bagdá.

Bases colombianas


Além disso, a Fortox não tem licença para atividades militares na Colômbia, nem para recrutar pessoal de segurança privada, mas uma reportagem da Semana -- realizada após a denúncia feita pelo NYT essa semana --, revelou que esses treinamentos eram feitos em bases regulares do Exército colombiano, conforme mostram fotos, tiradas no Comando Conjunto de Operações Especiais da base de Facatativá. Nelas, é possível ver o recrutador de Blackwater, Robert Bowen, com outros norte-americanos e colombianos.

De acordo com o NYT, Washington tinha conhecimento do projeto da Blackwater para Abu Dhabi e foi totalmente complacente, pois considera as forças militares árabes “inexperientes”, apesar de um contingente do reino ter formado parte dos exércitos aliados que apoiaram a ocupação no Iraque.

As leis norte-americanas exigem que os cidadãos do país obtenham uma autorização do Departamento de Defesa para capacitar combatentes estrangeiros. Contudo, o porta-voz do Pentágono, Mark Toner, afirmou que, com relação a Abu Dhabi e à nova empresa de Prince, "existe uma investigação" em andamento. Segundo ele, no ano passado, justamente por treinar e utilizar no Iraque mercenários da Colômbia e das Filipinas sem autorização, a Blackwater foi condenada a pagar uma multa de 42 milhões de dólares.

Baixa qualidade


Segundo Daniel Coronell, editor da Semana e diretor do site de notícias Univisión, que se ocupou da recente investigação, "não há militares colombianos em Abu Dabi. São ex-militares, muitos deles com péssimo treinamento, servindo como mercenários. Outros não têm nenhuma preparação militar e trabalham como vigilantes. Envolveram-se apenas porque foram iludidos com a promessa de muito dinheiro".

De acordo com Coronell, estas pessoas são soldados improvisados que recebem um treinamento rápido e superficial e que, após poucos dias, viajam para os Emirados.

O baixo nível dos mercenários colombianos, afirma o NYT, está afetando o negócio de Prince com o xeque Mohamed bin Zayed al-Nahyan, que havia prometido que, se o primeiro batalhão tivesse êxito, ele subsidiaria a entrega de uma brigada de milhares de homens. Um contrato do valor de bilhões de dólares.  (Vermelho/Opera Mundi)

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Patriota defende mais espaço para Brasil e África na ONU

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, aproveitou a comemoração do Dia da África (25 de maio) para defender a reforma no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Patriota disse que a exemplo do Brasil, os africanos merecem ter mais espaço no órgão. O chanceler reiterou ainda que o “Brasil é um país amigo” da África. Ele detalhou os projetos de cooperação nas áreas agrícola, de saúde e educação no Continente Africano.
“O Conselho de Segurança da União Africana é fonte de inspiração para os países da América Latina”, disse Patriota. O conselho na União Africana, que reúne os 52 países africanos, mantém 15 membros que representam o continente como um todo. Segundo o chanceler, é necessário ainda ampliar a participação dos africanos no Conselho de Segurança da ONU. “[É necessário assegurar a] representação adequada.”

A defesa da ampliação do conselho tem sido constante nas conversas e discursos da presidente Dilma Rousseff quando há interlocutores estrangeiros. Dilma pediu o apoio dos presidentes da China, Hu Jintao, e dos Estados Unidos, Barack Obama, assim como dos primeiros-ministros da Alemanha, Peter Ramseauer, e da Suécia, Fredrik Reinfeldt, com o objetivo de garantir mudanças na estrutura do órgão.

Pela atual estrutura do conselho, que segue o modelo que existia no mundo depois da 2ª Guerra Mundial, ocupam as vagas permanentes no órgão os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e a Inglaterra. Há, ainda, os assentos provisórios que são ocupados pelo Brasil, Japão, México, Líbano, Gabão, pela Turquia, Bósnia-Herzegovina, Nigéria, Áustria e Uganda. O período do mandato nos assentos rotativos é de dois anos.

As autoridades brasileiras defendem a ampliação do número de cadeiras no conselho de 15 – cinco permanentes e dez provisórias – para 25, entre as quais o Brasil se coloca como candidato a titular. A discussão é mantida no debate político internacional, mas esbarra em restrições por parte de alguns países, segundo os negociadores, por questões de divergências regionais.  (Agência Brasil)

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União Europeia determina que sejam feitos testes de resistência em usinas nucleares da região

A União Europeia anunciou nesta quarta-feira (25/05) a determinação para que os países que integram o bloco façam testes de resistência nas 143 usinas nucleares existentes na região. Os resultados dos testes serão divulgados em abril de 2012. A decisão foi em função dos acidentes radioativos ocorridos na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, após o terremoto seguido por tsunami, em 11 de março, no Japão.

A iniciativa na Europa ocorreu em meio a várias discussões envolvendo o executivo comunitário e as entidades reguladoras dos 27 países que integram o bloco. O objetivo é buscar alternativas preventivas para evitar catástrofes naturais e acidentes de origem humana, como por exemplo “acidentes de aviação e ataques terroristas”.

A decisão gera uma série de especulações e dúvidas. Para alguns líderes, como os representantes de Bruxelas, há desconfianças sobre o rigor dos testes, pois as respostas serão fornecidas pelos próprios operadores das centrais.

Uma vez apresentadas as respostas, elas serão analisadas pelos reguladores nacionais para a elaboração dos relatórios por país. A última etapa será feita por equipes de especialistas multinacionais.

No Japão, os abalos sísmicos causaram rachaduras e derretimento de parte dos reatores da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, gerando vazamentos e explosões. O nível de radioatividade foi considerado elevado no ar, na água e na terra. Moradores de várias cidades ao redor da usina foram obrigados a deixar suas casas. (Agência Brasil)

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Garotinho diz que Ricardo Teixeira deveria ser banido do futebol brasileiro
Brasília – Após a instalação de uma Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) na Câmara dos Deputados, a pedido do deputado Anthony Garotinho (PP-RJ), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) irá passar por um processo de investigação de seus atividades. A PFC tem o mesmo caráter investigativo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e, segundo Garotinho, irá “provar que o futebol brasileiro não está sendo conduzido conforme os brasileiros esperam”.
De acordo com o parlamentar, a PFC é um instrumento novo da Câmara que tem os mesmos poderes de uma CPI, porém não precisa do colhimento das 171 assinaturas de deputados. Ele afirma que essa investigação “pode ser exercida nos órgãos federais ou os que recebem recursos federais, e nós provamos, através da Lei 12.150, que o governo federal fez uma renúncia fiscal no valor de R$ 1,1 bilhão em favor da CBF. Se a Confederação recebeu dinheiro do governo, ela deve prestar contas disso”.
Sobre as denúncias de recebimento de suborno envolvendo o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e a empresa de marketing esportivo da FIFA, ISL, Garotinho disse não ter se surpreendido, e atacou: “O Ricardo Teixeira é uma figura que deveria ser banida do futebol brasileiro, tamanha a sua voracidade em usar o futebol para amealhar recursos”.
Ainda sobre uma eventual investigação e uma possível punição por parte da FIFA à CBF e ao presidente da entidade, Garotinho defendeu que “isso seria o ideal, mas creio que o Ricardo, com as ligações que tem com a Fifa (Federação Internacional de Futebol), tudo isso vai terminar em uma grande pizza suiça”.
O deputado continuou sua ofensiva afirmando que o presidente da Confederação “deu um golpe no futebol brasileiro montando o Comitê Organizador Local (COL), virando sócio da CBF”. Garotinho disse que a criação e a composição deste comitê será um dos alvos da PFC, além de outros dez temas relacionados às atividades da entidade, como o suposto esquema de pagamentos indevidos a escritórios de advocacia para defesa pessoal de Ricardo Teixeira, com o dinheiro da confederação. (Raoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual )

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Senadores querem ajuda de Lula para participarem de decisões do Planalto
Os líderes dos partidos que integram a base do governo no Senado apelaram ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em encontro nesta quarta-feira na casa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), maior interlocução com o Palácio do Planalto. Nesta terça-feira, em encontro com senadores do PT, Lula já tinha ouvido a mesma queixa por parte dos colegas de partido.

No encontro, cuja pauta inicial era a reforma política e que contou com a presença do vice-presidente da República, Michel Temer, sobraram reclamações à falta de espaço nas decisões do Executivo. O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que os líderes pediram a Lula mais acesso à presidenta Dilma Rousseff e aos ministros palacianos.

"Os líderes cobraram mais acesso, mais entendimento, uma sintonia fina, o que é natural. O governo está se ajustando, os lideres querem participar mais das decisões", relatou Jucá. ''Como líder do governo, vou fazer essa ligação da base com o governo, conversar com os ministros, enfim, fazer a sintonia fina para o governo funcionar ainda melhor", acrescentou o líder.

Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), evitou criticar a postura que o governoi vem adotando com os partidos aliados no Legislativo. Contudo, reconheceu que a relação pode ser melhor. ''A relação está bem. Principalmente em um período de início de governo, está bem. Agora, evidentemente, precisa ser melhorada e, sem dúvida, essas conversas ajudam bastante''.

O líder petista, apesar de reconhecer que a interlocução do Planalto com a base no Congresso precisa melhorar, negou que tenha havido críticas diretas ao ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, ou a qualquer outro ministro. ''Apenas se falou que esse relacionamento está indo bem, mas ele pode melhorar ainda mais.''

Sobre a reforma política, Costa disse que Lula não crê em uma ampla mudança. Mas ressaltou a importância de se aprovar, pelo menos, a regra que prevê o financiamento público das campanhas eleitorais. ''Ele [Lula] acredita que não serão muitos os temas aprovados pelo Congresso, mas disse claramente que, se conseguirmos aprovar o financiamento público, já vamos ter feito uma revolução na política do Brasil''.

Além de Sarney, Temer, Humberto Costa e Jucá, estiveram presentes ao encontro com Lula os líderes do PRB, Marcelo Crivella (RJ), do PMDB, Renan Calheiros (AL), do PDT, Acir Gurgacz (RO), do PR, Magno Malta (ES), do PP, Francisco Dornellles, e do PSB, Antonio Carlos Valadares, além do presidente do PMDB, Valdir Raupp, e do vice-líder do governo Gim Argello (PTB-DF). (VoteBrasil)

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Caso Palocci põe Lula à frente da articulação política
BRASÍLIA - No auge da crise envolvendo o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu, na prática, a articulação política do governo Dilma Rousseff. Lula almoçou nesta terça-feira, 24, com senadores do PT, jantou com Dilma e Palocci, no Palácio da Alvorada, deu voz de comando para a defesa do ministro e nesta quarta-feira, 25, tomará café da manhã, na casa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), com os líderes da base aliada no Congresso.
"Estão testando o governo da Dilma. Quiseram me intrigar com ela e não conseguiram. Agora, se o governo entregar a cabeça do Palocci, vai cometer um grande erro", disse Lula, segundo relato de três senadores que participaram do almoço com o ex-presidente, na casa de Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
Preocupado com o prolongamento da crise, Lula traçou ali a estratégia da reação, mas ouviu queixas sobre a falta de articulação política do Palácio do Planalto. Os petistas disseram a ele que, com Palocci alvejado por denúncias de multiplicação do patrimônio e suspeita de tráfico de influência, a situação só piorou. Eles reclamaram não apenas da lentidão para a montagem do segundo escalão como da ausência de argumentos para defender Palocci e o governo.
Lula mostrou-se disposto a preencher o vácuo político, mas longe dos holofotes, nos bastidores. Disse que conversaria com Dilma, Palocci e com o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio. "Essa queixa é justa e vamos melhorar o diálogo", afirmou o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
Com o argumento oficial de que vai tratar da empacada reforma política, Lula também pedirá empenho a Sarney e aos líderes da base aliada para evitar constrangimentos ao Planalto no Congresso.
"A posição do Lula é semelhante à nossa: até o momento não há acusação frontal que vá abalar nossa confiança em Palocci. E, daqui a alguns dias, o ministro enviará os esclarecimentos ao Ministério Público Federal", disse o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), referindo-se ao pedido da Procuradoria-Geral da República para que Palocci explique as denúncias contra ele.
De factoide a monstro. Na tentativa de obter mais subsídios para reforçar a blindagem a Palocci, a bancada do PT no Senado convidou o ministro para uma conversa, a portas fechadas. "Precisamos tratar da crise no nascedouro, antes que o factoide vire um monstro", resumiu Wellington Dias (PT-PI).
Durante almoço com 12 dos 14 senadores do PT, Lula disse que falará com Dilma sobre a necessidade de se expor mais para defender Palocci. "O papel de um presidente é dialogar, animar, induzir a sociedade", afirmou. Ele também lembrou a crise política enfrentada em seu governo, que começou com o caso Waldomiro Diniz, assessor da Casa Civil acusado de cobrar propina de um bicheiro, em 2004, e ganhou força com o escândalo do mensalão, no ano seguinte. "Eu enfrentei um ano e meio de crise e sei do que estou falando. Vocês têm de ter em mente o seguinte: na dúvida, defendam o companheiro", insistiu o ex-presidente.
Na conversa, tendo como prato principal peixe ao molho de maracujá, Lula deu tapinhas nas costas nos companheiros e os animou a apoiar o ministro da Casa Civil. Para o ex-presidente, a oposição não está apenas no Congresso, mas também em setores da imprensa. Depois do almoço, muitos parlamentares seguiram para o Senado e, da tribuna, elogiaram Palocci. (Vera Rosa – O Estado de São Paulo)

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Cultura empreendedora brasileira está abaixo da média
Uma pesquisa realizada em 24 países pelo Serviço Mundial da BBC, divulgada nesta quarta-feira, indica que a cultura do empreendedorismo no Brasil está abaixo da média mundial.

A pesquisa formulou um índice de empreendedorismo baseado em perguntas relacionadas a questões como percepção de facilidade para abrir negócios, de valorização de ideias e criatividade e de valorização de novos negócios.

Num índice que vai de 1 a 4, o Brasil obteve 2,33 – abaixo da média global de 2,49. Os países com maior cultura empreendedora, segundo a pesquisa, são Indonésia (2,81), Estados Unidos (2,80) e Canadá (2,78).

Os menores índices de cultura de empreendedorismo foram identificados na Colômbia (2,04), no Egito (2,06) e na Turquia (2,14).

Inovação e criatividade

A pesquisa revela que a maioria dos consultados em 23 dos 24 países acredita ser difícil para pessoas comuns abrir um negócio em seus países.

Os brasileiros são os que consideram mais difícil abrir um negócio próprio - 84%, apesar da economia em rápido crescimento. Os alemães são os que menos veem dificuldades, com menos da metade acreditando ser difícil abrir um negócio na Alemanha (48%).

Em outros aspectos do índice de cultura de empreendedorismo, a maioria dos brasileiros acredita que inovação e criatividade são altamente valorizadas no país (54%, semelhante à média global).

Mas 51% dos brasileiros disseram acreditar que pessoas que abrem seus próprios negócios não são valorizadas.

Os brasileiros acreditam mais do que os outros latino-americanos que pessoas com boas ideias podem colocá-las em prática (64%, acima da média global de 53%).

De acordo com a pesquisa, os cidadãos das duas maiores economias mundiais – Estados Unidos e China – estão entre os que veem seus países como mais favoráveis à inovação e à criatividade.

Em ambos os países, 75% dizem que seus países valorizam inovação e criatividade, atrás somente da Indonésia (85%). Na outra ponta da escala, 65% dos turcos e 61% dos russos dizem que a inovação e a criatividade não são valorizadas onde moram.

A pesquisa, feita a pedido do Serviço Mundial da BBC pela empresa internacional GlobeScan, juntamente com o Programa Internacional sobre Política de Atitudes (Pipa, na sigla em inglês), da Universidade de Maryland, entrevistou 24.537 pessoas adultas nos 24 países no ano passado.

Para o presidente da GlobeScan, Doug Miller, as diferenças entre as culturas empreendedoras dos diferentes países devem ter um impacto sobre o desempenho econômico relativo ao longo do tempo.

“Será interessante ver se a mentalidade positiva da Indonésia fará com que o país tenha um desempenho melhor que o do relativamente pessimista Brasil”, diz.

Os países incluídos na pesquisa foram Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Colômbia, Equador, Egito, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, França, Gana, Grã-Bretanha, Índia, Indonésia, Itália, México, Nigéria, Paquistão, Peru, Quênia, Rússia e Turquia. (VoteBrasil)

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Aldo Rebelo rebate críticas ao Código Florestal e diz que Dilma está desinformada

Brasília - O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do projeto de lei de reforma do Código Florestal, rebateu hoje (25) as críticas de que o parecer e emenda 164, aprovados ontem (24) pela Câmara, permitam novos desmatamentos e anistie produtores que ocuparam áreas de preservação permanente (APPs). Rebelo disse não acreditar em vetos da presidenta Dilma Rousseff ao texto, que agora está no Senado. Para ele, a Dilma está desinformada sobre o assunto.

“Não acredito em veto. O que acredito é que a presidente Dilma está muito desinformada sobre esse assunto”, disse Rebelo. “Acredito que a presidenta não tem as informações suficientes sobre a matéria. Ela pode ter informações só de um dos lados que circulou muito pelo Palácio [do Planalto] nos últimos dias, que foi o do lobby ambientalista.”

Para ele, a votação expressiva do relatório mostra que o projeto foi aceito por integrantes de todos os partidos da Casa. “Se reunimos em torno de um texto 410 votos, com um único destaque, é porque o Congresso conseguiu mediar, com alguma competência, um problema que o Executivo só resolveu por meio de um decreto que anistia e suspende multa de quem desmatou em área de preservação permanente e em reserva legal.”

Mesmo reconhecendo que a emenda 164, de autoria do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), permite a consolidação de todas as APPs que foram desmatadas, até que o Executivo determine quais não poderão ser mantidas, Rebelo insistiu que o relatório não incentivará novos desmatamentos.

Em relação às críticas de que a emenda concederá aos estados e ao Distrito Federal, assim como a União, a possibilidade de legislar sobre questões ambientais, Rebelo afirmou que essa previsão já está expressa pela Constituição. Ele ressaltou, no entanto, que eventuais leis criadas por estados e pelo DF não poderão se sobrepor à legislação federal.

“A autonomia aos estados e a restrição a ela já estão estabelecidos na Constituição e seria inócuo a lei tratar dessa questão porque não trataria de forma diferente do que a Constituição estabelece”, acentuou.

Rebelo negou também que sua proposta anistie desmatadores. Afirmou, contudo, que seu relatório prevê a possibilidade de que as multas sejam convertidas para um fundo ou em serviços ambientais desde que o proprietário cumpra as exigências do programa de regularização.

“O decreto Mais Ambiente já estabelece, o que não chamo de anistia, chamo de regularização. Não é anistia porque não há perdão. A minha proposta suspende a multa, inclusive o prazo de prescrição das multas.

Elas só serão convertidas em fundo ou prestação de serviços ambientais se o agricultor cumprir todas as exigências do programa de regularização ambiental”, disse o parlamentar. (VoteBrasil)

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No veto ou no voto, governo quer se impor sobre Código Florestal

O governo federal ainda está confiante em, depois de perdida a primeira batalha sobre o Código Florestal na Câmara ontem, não haver risco de perder a guerra para o Congresso. Hoje, são duas hipóteses ainda consideradas pelo governo.
A primeira é mudar o conteúdo do texto aprovado na Câmara no Congresso. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RJ), anunciou hoje que isso vai ocorrer. Mas, mesmo sendo alterado o relatório, que será elaborado por Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), conforme antecipou o iG.

A segunda hipótese é o plenário do Senado manter a decisão da Câmara e, mesmo sendo alterado o relatório. Nesse caso, a presidenta Dilma Rousseff, segundo assessores do primeiro escalão do governo ouvidos pelo iG, pode vetar não apenas trechos, mas o conteúdo total do Código.

Essa hipótese é acompanhada de uma ameaça da presidenta já apresentada aos deputados, de não renovar o Decreto que impõe para 11 de junho o fim do prazo de moratória para cobrança de multas por desrespeitos ao Código Florestal hoje em vigor. Sem a extensão do Decreto, mais de 80% dos produtores rurais do pais se encontrariam em posição de ilegalidade e sujeitos a cobrança de multas.

A presidenta quer, portanto, usar a lei a seu favor para pressionar os parlamentares. Haja vista que a tramitação no Senado deverá demorar algumas semanas, já que a votação de ontem abalou as relações entre os partidos, os senadores podem se ver acuados pela medida.

Ligações disparadas


Na tarde de ontem, diante da situação conturbada que atravessa o chefe da Casa Civil, ministro Antonio Pallocci, a própria presidenta Dilma ligou para representantes partidários. Com ligações para governadores do PSB, a presidenta conseguiu trazer os deputados do partido para votar com o governo no Código Florestal ontem.

Alguns partidos, porém, exigiram do governo o chamado “pedágio”, que é a indicação de cargos para os seus correligionários em troca de apoio. A não ter aceitado essa pressão e pela insatisfação que se espalha na base com a anulação de restos a pagar, o governo credita sua derrota. (Danilo Fariello – iG)

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Comissão aprova plebiscito sobre criação de Tapajós

Novo Estado resultará da separação de 27 municípios do sul e sudeste do Pará
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou nesta manhã o substitutivo da Câmara dos Deputados ao projeto de decreto legislativo que prevê a convocação de um plebiscito sobre a criação do Estado de Tapajós. De iniciativa do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RO), o novo Estado resultará da separação de 27 municípios do sul e sudeste do Pará, entre eles a cidade de Santarém, tida como a futura capital no caso de efetivação da proposta.
O projeto foi aprovado há 11 anos no Senado e agora retorna à Casa porque foi alterado pelos deputados. Eles incluíram dois novos municípios, Mojuí dos Campos e Senador José Porfírio, na área do futuro Estado. O texto terá ainda que ser examinado no plenário.
Único voto contrário, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) disse que precisaria ter mais informações sobre a região, antes de decidir pelo desmembramento dos municípios. "Considero que a divisão de território deveria ser objeto de estudos apurados sobre sua viabilidade econômica", alegou.
Ele lembrou que um projeto de iniciativa do ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), aprovado no Senado, torna obrigatória a avaliação da viabilidade de novas unidades da Federação. Segundo ele, o texto foi alterado e ainda não saiu da Câmara dos Deputados.
O relator Vital do Rego (PMDB-PB) informou que existe o parecer de uma comissão do Senado favorável à criação do novo Estado, dada a distância de Tapajós da capital do Estado, Belém, e devido ao fato de aquelas localidades já funcionarem como uma nova unidade da Federação. (Agência Estado)

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Oposição opta por esticar desgaste político de Palocci
Cinco requerimentos da oposição foram negados durante o expediente de hoje nas comissões do Senado
Sem número suficiente de votos para aprovar a convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, a oposição adotou a estratégia de esticar o desgaste político dele. Por atuação dos deputados do DEM, do PSDB e do PPS, os requerimentos de convocação apresentados por esses partidos, nas comissões de Fiscalização e Controle e de Agricultura, foram adiados. A oposição quer que o ministro explique o aumento de seu patrimônio e as atividades da Projeto, empresa de sua propriedade.
Foram protocolados hoje cinco requerimentos e em todas os casos, a falta de quórum contribuiu para a rejeição. Dos cinco, três solicitavam audiência pública e a convocação do ministro para explicar o aumento de seu patrimônio nos últimos quatro anos e da Projeto. O quarto pedia a convocação do presidente da Comissão de Ética da Presidência da República, Sepúlveda Pertence, para esclarecer os motivos pelos quais o colegiado decidiu não investigar a evolução patrimonial de Palocci.
Um quinto requerimento da oposição rejeitado pelos governistas pedia a presença do presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antonio Gustavo Rodrigues, para explicar os mecanismos de fiscalização adotados para verificar as movimentações financeiras "atípicas" e a legalidade da evolução patrimonial de Palocci.

Oposição recua diante da derrota

Na parte da manhã, durante reunião da comissão de Fiscalização, os discursos se prolongaram até o início das votações no plenário da Câmara, a chamada ordem do dia, quando as comissões precisam encerrar seus trabalhos. O governo levou sua tropa de choque para impedir a aprovação dos requerimentos. Ao contrário do verificado na semana passada, quando impediu a votação dos requerimentos, o governo, dessa vez, tinha pressa para votar e derrubar os pedidos de convocação.

"A ausência do ministro para prestar esclarecimentos só faz crescer a suspeita de que a consultoria virou uma lavanderia. Resta saber se é uma lavanderia para tráfico de influência ou lavanderia para cobrir gastos de campanha de
Dilma Rousseff", afirmou o líder do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA). A comissão de Fiscalização e Controle fará nova reunião nesta tarde, quando os requerimentos de convocação de Palocci estarão novamente na pauta. (Agência Estado)

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PMDB mostra união também contra Dilma

BRASÍLIA - O Código Florestal mostrou o poder de fogo do PMDB no Congresso. A votação praticamente unânime do partido contra a orientação da presidente Dilma Rousseff foi um recado claro para o governo: o PMDB tem seus próprios interesses, é parceiro e não aceita ser tratado como "empregado" do Palácio do Planalto. A rebelião peemedebista já se transferiu para o Senado.
Depois de derrotar o governo e o PT na Câmara, o PMDB do Senado decidiu enfrentar o Planalto e vai indicar o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) para relatar o Código Florestal em duas comissões e no plenário da Casa. Ex-governador de Santa Catarina e considerado alinhado com os ruralistas, Luiz Henrique anunciou ser favorável à emenda aprovada na Câmara que concede anistia a quem desmatou Áreas de Preservação Permanente (APPs) às margens dos rios e encostas até 2008, contrariando posição do governo.
A proposta foi apresentada pelo PMDB e apoiada pela maioria dos partidos aliados e de oposição na Câmara. Dilma considerou a emenda uma "vergonha", segundo informou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Mesmo assim, a base aliada não se intimidou: dos 273 votos favoráveis à emenda, 184 foram dados por deputados governistas. O PMDB votou em peso contra o governo, enquanto o PT ficou ao lado do Planalto.
A votação do Código Florestal mostrou, que apesar de numericamente forte, a base de Dilma a abandonou. De nada adiantou ela procurar os governadores e acionar os ministros para tentar convencer os deputados a votar com o governo. Em seu discurso, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que os ministros não deveriam interferir na votação do projeto: "Antes de serem ministros, são companheiros de partido. Não constranjam a minha bancada."
Com seu discurso, o líder se cacifou como principal candidato à presidência da Câmara, em 2013, além de mandar o recado de que o PMDB não se curvará automaticamente ao governo. Foi o próprio Henrique Alves que na votação do salário mínimo subiu à tribuna para garantir que todos os votos seriam a favor do Planalto. Na época, alertou que a unidade do partido poderia ser usada contra o governo - como nesta quarta-feira, 25, em que 98,63% da bancada votou contra a orientação de Dilma.
O processo de votação teve ainda como efeito colateral o enfraquecimento dos interlocutores de Dilma no Congresso. Vaccarezza se indispôs com a base e não conseguiu derrubar a emenda do PMDB que dá anistia aos desmatadores. Já o líder do PT, Paulo Teixeira (SP), mostrou-se fraco e sem controle da bancada. (Eugênia Lopes e Denise Madueño, de O Estado de S. Paulo)

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Miriam Belchior ensaia agenda política

Sempre descrita como alguém de perfil técnico, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, começa a mostrar que busca também alguma dose de interlocução política.
E escolheu o ABC paulista, onde já atuou como secretária na prefeitura de Santo André, para ensaiar esses passos.
Miriam estará nesta sexta-feira com os sete prefeitos da região, reunidos no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, para ouvir as reivindicações para o governo federal.
A lista, já encaminhada, inclui a participação no chamado PAC da Mobilidade Urbana e na segunda fase do Minha Casa, Minha Vida, entre outros pedidos.
A despeito da vontade de Dilma Rousseff de manter a titular do Planejamento no posto, o PT da região insiste em colocá-la como a mais forte pré-candidata do partido em Santo André.
Além de ter sido secretária municipal, Miriam foi casada com o ex-prefeito Celso Daniel, assassinado em 2002.
Diante de um quadro de divisão interna e abatido por uma inesperada derrota em 2008, o PT local acha que a ministra de Dilma seria a única candidata de consenso e com força para vencer na cidade. (Vera Magalhaes – Folhapress)

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Senado levará meses para votar Código Florestal

BRASÍLIA - Derrotado na votação da Câmara dos Deputados que aprovou o novo Código Florestal , o governo terá trabalho para aprovar no Senado as mudanças que considera necessárias e assim evitar que a presidente Dilma Rousseff seja obrigada a vetar parte ou a totalidade da proposta. O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), adiantou nesta quarta-feira que vai precisar de um prazo de 90 a 120 dias para costurar um acordo na Casa.
A escolha do relator do projeto já divide a base. O PMDB trabalha para que o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) seja o relator único da matéria, mas o PT não esconde sua preferência pelo nome do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
Luiz Henrique aprovou, quando governador de seu estado um código ambiental que reduz a proteção nas margens dos rios, o que é contestado pelo Ministério Público. Por outro lado, Rollemberg é o atual presidente da Comissão de Meio Ambiente da Casa.
- A ampliação do prazo será fundamental para construir um texto que una toda a base. O Senado vai mexer e dar a sua contribuição ao texto aprovado pela Câmara. Por isso, estamos pedindo à presidente Dilma que prorrogue o decreto 6.514 (que suspende até 11 de junho multas por infrações ambientais) - anunciou Jucá, referindo-se ao decreto presidencial, que já teve sua aplicação adiada por duas vezes e determina que os agricultores demarquem suas reservas legais e Áreas de Preservação Permanente. Quem foi autuado por isso ou por desmatamentos nessas áreas está livre da punição enquanto o decreto vigorar.
A princípio, o Código Florestal deverá tramitar no Senado por três comissões diferentes: de Constituição e Justiça (CCJ), de Agricultura (CA) e de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle (CMA). A indicação de Luiz Henrique como relator da matéria já foi confirmada na CCJ e está praticamente certa na CA. Os peemedebistas prometem pressionar para que Luiz Henrique também seja o relator em plenário. Mas os petistas não concordam, tendo em vista que ele, como governador de Santa Catarina, foi duramente atacado por ambientalistas ao sancionar um texto que reduziu a mata ciliar mínima de 30 metros para cinco metros. Antes mesmo de ser confirmado como relator, o senador já declarou que não abre mão de dar aos estados a prerrogativa de definir limites de proteção de áreas. Este é um dos principais pontos dos quais o governo discorda.
Rollemberg, como presidente da CMA, admite que pode avocar para si a relatoria, mas, antes de tomar uma decisão, ele pretende conversar com representantes da base governista.
- Para que o projeto tenha um relator único é necessária a concordância das três comissões - observou Rollemberg.
O líder do PT, Humberto Costa (PE), defendeu nesta quarta-feira que a escolha do relator do Código seja negociada:
- Cada comissão vai definir o seu relator. Na verdade vamos começar a discutir o assunto na próxima segunda-feira e analisar as possibilidade de mudança no texto.
A diferença de posições entre os dois parlamentares da base cotados para assumir a relatoria do Código Florestal é grande. Enquanto Luiz Henrique prevê apenas "pequenas" mudanças no texto aprovado pela Câmara, que contrariou a orientação do governo, Rollemberg reconhece a necessidade de alteração da proposta para que ela possa ser sancionada pela presidente Dilma.
- É claro que será importante levar em consideração a posição do governo, para que o Código Florestal possa ser sancionado na sua íntegra. Acho que o Congresso Nacional, a partir de uma lei federal, deve estabelecer regras gerais. Já os estados podem legislar sobre o assunto, desde que seja para ampliar as áreas de preservação ambiental - antecipou Rollemberg.
PMDB pode apoiar proposta sobre pequenos agricultores
O presidente da CMA defende ainda a inclusão no texto do projeto de instrumentos econômicos que estimulem os produtores agrícolas a preservar áreas maiores. O PMDB, por sua vez, sinaliza que poderá apoiar a incorporação no texto de uma proposta sugerida pouco antes da votação da Câmara, que não pôde ser acatada, mas teria chances de resolver um dos impasses do projeto: a que estabelece que os pequenos produtores agrícolas, cujas propriedades estão em áreas de proteção ambiental, não sejam obrigados a recompor reserva legal que ocupe mais do que 20% de suas terras. (Adriana Vasconcelos- O Globo)

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Lídice da Mata diz que respeito ao relator não pode impedir mudanças no Código Florestal
Em pronunciamento nesta quarta-feira (25), a senadora Lídice da Mata (PSB – BA) se disse uma “defensora intransigente” do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do projeto do novo Código Florestal (PL 1876/99), mas afirmou que o respeito a ele não pode impedir mudanças no texto. O projeto foi aprovado na noite de terça-feira (24) na Câmara dos Deputados e deve chegar ao Senado na próxima semana.
- Aqui não permitirei nenhum tipo de injunção, de suspeição sobre o relatório e a postura digna e honrada desse deputado federal [Aldo Rebelo], que, como já foi dito aqui, é um grande homem público, meu amigo, meu companheiro há mais de 20 anos, mas isso não quer dizer que o relatório não possa ser modificado – afirmou a senadora.
Lídice da Mata disse ainda que o Senado precisa ter bom senso ao fazer as mudanças, já que, segundo ela, há poucos pontos requerem discussão por não haver unanimidade.
- Esta casa não precisa refazer todo o Código Florestal nem toda a discussão a respeito do código porque isso seria ignorar o imenso trabalho já desenvolvido pela Câmara dos Deputados – assinalou.
A senadora defendeu o respeito entre os senadores, mesmo que estejam em lados opostos da discussão e disse que o código não interessa apenas aos estados do Norte ou do Centro-Oeste, mas a todo o Brasil. Lídice da Mata informou que discutirá em igual patamar com senadores de todas as regiões do país.
Comemoração
A beatificação da irmã Dulce, no último domingo (22), foi comemorada pela senadora, que considerou o evento um “fato político importante” para a Bahia. Lídice da Mata falou sobre a obra social de irmã Dulce e disse que a beatificação é um passo no sentido da santificação. Também foi comemorado pela senadora o centenário do nascimento do artista plástico argentino Carybé, que se destacou com pinturas sobre o Candomblé na Bahia. (Agência Senado)

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Christine Lagarde anuncia oficialmente candidatura ao FMI
Paris - A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, apresentada oficialmente como favorita à sucessão de seu compatriota Dominique Strauss-Kahn à frente do Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciou oficialmente nesta quarta-feira (25/5) sua candidatura e afirmou que deseja obter um "amplo consenso" em torno de seu nome.

"Resolvi apresentar minha candidatura" ao posto, disse a ministra à imprensa, na abertura da cúpula do G8 em Deauville, indicando ter tomado esta decisão "após uma reflexão madura".

"Tomo esta decisão após uma longa reflexão e com a concordância do presidente da República e do primeiro-ministro, que me apóiam totalmente neste processo", indicou Lagarde, referindo-se a Nicolas Sarkozy e François Fillon. Além disso, destacou, sua intenção é "colher o mais amplo consenso" em torno da candidatura.

Fillon assegurou, posteriormente, que Lagarde é "uma candidatura de qualidade, eficácia, equilíbrio entre feito econômico e solidariedade".

Lagarde foi imediatamente apoiada "plenamente" pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e recebeu o apoio "forte" da Alemanha. Reino Unido e Itália já o haviam dado, inclusive antes de sua apresentação oficial como candidata.

Entretanto, Christine Lagarde, de 55 anos, não quer aparecer como a candidata de um grupo só, num momento em que os países emergentes veem com maus olhos a manutenção de um europeu na chefia da poderosa instituição financeira internacional.

"Não sou nem a candidata do Eurogrupo, nem a candidata europeia, nem a candidata francesa", indicou a ministra, afirmando contar com apoios "mais além da Europa". Os Estados Unidos, cujo aval é crucial, e o Japão, ainda não declararam apoio a nenhuma candidatura.

O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, não quis se pronunciar e assegurou que tanto Lagarde quanto outro dos candidatos que se apresentarão ao cargo, o presidente do Banco Central do México, Agustín Cartens, são aspirantes "muito confiáveis" para chefiar o FMI após a demissão, há uma semana, de Strauss-Kahn, acusado de tentativa de estupro em Nova York.

Desde sua criação, depois da Segunda Guerra Mundial, o FMI foi sempre dirigido por um europeu, segundo uma regra tácita que paralelamente garante aos americanos a chefia do Banco Mundial.

Mas, uma semana após a renúncia de Dominique Strauss-Khan, acusado em Nova York de tentativa de estupro, os países emergentes, que se fazem valer cada vez mais de seu peso crescente na economia mundial, encontraram um momento propício para protestar contra esta tradição.

O grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) publicou na terça-feira uma declaração conjunta para pedir que esta regra seja abandonada.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mencionou o candidato mexicano, Augustín Carstens, e anunciou que ele viajará ao Brasil na próxima semana.

Mantega afirmou que o Brasil não definirá qual candidato apóia até conhecer as propostas de cada um, embora tenha destacadao a importância de que o FMI possa ser chefiado por um representante de um país emergente: "é importante o compromisso de que não seja necessariamente um europeu", disse, em Brasília.

Para Lagarde, "ser europeu não é um problema, tampouco é uma qualidade".

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, anunciou que apoia "plenamente" a candidatura de Lagarde.

"Apóio plenamente a candidatura de Christine Lagarde ao posto de diretor gerente do Fundo Monetário Internacional", declarou Barroso em um comunicado, divulgado pouco após o anúncio da ministra.

Barroso destacou que Lagarde conta com o respeito da comunidade internacional, num momento em que a Europa tenta chegar a um consenso em torno de um candidato para substituir Strauss-Kahn, que renunciou ao cargo no FMI em meio a um escândalo sexual.

Segundo Barroso, a Comissão Europeia "acredita que as qualidades de Lagarde, assim como seu compromisso com o fortalecimento da governança econômica global, são indispensáveis para cumprir a missão do FMI e sua contribuição vital para a estabilidade da economia internacional".

A Alemanha também declarou apoio à ministra francesa, qualificando-a como "uma pessoa com excelente conhecimento que há anos ocupa posições de alto nível em empresas privadas, na política e no governo".

"Ela está, e isto é particularmente importante, muito familiarizada com a crise da dívida pública na Europa, na qual o FMI têm desempenhado um significativo papel", ressaltou Steffen Seibert, porta-voz do governo da chanceler Angela Merkel.

Lagarde iniciará uma viagem por vários países para defender sua candidatura, exibindo como trunfo o balanço dos primeiros meses da presidência francesa do G20.

Além disso, espera valer-se do "conhecimento íntimo" que possui das instituições europeias, num momento em que a Eurozona atravessa uma crise sem precedentes - na qual o FMI desempenha papel central. (France Presse)

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FMI tenta chegar a 'consenso' sobre novo diretor-geral

Os 24 membros do Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional (FMI) devem tentar chegar a um "consenso" nesta quarta-feira para designar o novo diretor-geral da instituição.

A seguir estão os alinhamentos formados após a candidatura oficial europeia da ministra da Economia da França, Christine Lagarde.

Sete europeus apoiam Lagarde

Sete administradores da União Europeia se alinharam pela candidata francesa. Por ordem de importância, são eles: Hubert Temmeyer (Alemanha), Ambroise Fayolle (França), Alexander Gibbs (Reino Unido), Willy Kiekens (Bélgica), Cama Bakker (Holanda), Arrigo Sadun (Itália) e Benny Andersen (Dinamarca).

Estados Unidos e Japão se mantém como espectadores

Os administradores que têm mais direito de voto, Meg Lundsager (Estados Unidos) e Mitsuhiro Furusawa (Japão), têm postergado a questão. Washington deve esperar até o fim das candidaturas, em 10 de junho, para tomar uma posição e Tóquio deve fazer o mesmo.

Outros países que normalmente apoiam aos Estados Unidos se mantêm também na expectativa

Dois administradores geralmente alinhados com a posição dos Estados Unidos ainda têm possibilidade de ser candidatos: Thomás Hockin (Canadá, que representa a Irlanda e a nove países do Caribe e a Belice) e Ahmed Abdulkarim Alkholifey (Arábia Saudita).

México provavelmente dará respaldo a Agustín Carstens

O México conta até o momento com dois candidatos: Agustin Carstens e Carlos Perez-Verdia, que representariam a seis países de América Latina, a um da União Europeia e Espanha. Este primeiro deve ser o nome definitivo deste grupo.

Os cinco Brics se uniram para criticar a Europa

Paulo Nogueira Batista (Brasil), Alexei Mojine (Rússia), Arvind Virmani (Índia), Jianxiong He (China) e Moeketsi Majoro (Lesotho, que representa a 21 países africanos, entre eles África do Sul) criticaram duramente na terça-feira a vontade da Europa de manter-se no cargo que monopoliza há 65 anos. Rússia, por sua vez, respalda a Grigori Martchenko de Kazajastán.

Suíça sem uma posição particular

René Weber declarou em um semanário suiço que se opôs a ideia de voltar a designar um europeu. Seu país tem a maioria dos votos do grupo (50,6%). Mas este administrador também representa um membro da UE, Polônia, e a cinco países da Ásia Central, que têm como candidato a Martchenko.

Seis administradores a serem convencidos

Der Jiun Chia (Singapura, que representa onze países asiáticos e dois da Oceania), Christopher Legg (Austrália, que representa quinze países da Oceania e asiáticos), Abdel Shakur Shaalan (Egito, que representa doze países árabes e Ilhas Maldivas), Jafar Mojarrad (Irã, que representa quatro países africanos, Afeganistão e Paquistão), Alfredo Mac Laughlin (Argentina, que representa seis países sul-americanos) e Kossi Assimaidu (Togo, que representa 22 países africanos) se mostraram a princípio favoráveis a que seja um representante europeu à frente do FMI. Contudo, suas preferências são incertas até o momento. (France Presse)

Organização
Genaldo de Melo

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