O fenômeno da desindustrialização avança no Brasil — e já se torna uma ameaça para status obtido pelo país no governo Lula (2003-2010). Graças à absurda sobrevalorização do real, a indústria brasileira tem apresentado o pior desempenho entre os grandes mercados emergentes.
Os bens fabricados no Brasil estão ficando mais caros em relação ao que é produzido fora — o que torna o setor industrial do país menos competitivo em relação a seus pares. O chamado Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) — um indicador baseado em entrevistas feitas com executivos — apontou uma tendência de contração do setor no país em junho.
O PMI tenta prever o comportamento da indústria com base em informações como nível de estoques, ritmo de novas encomendas e contratações. Entre as 13 nações emergentes para o qual o índice é calculado, o Brasil foi o único a registrar queda no mês passado, embora outros países tenham exibido tendência de desaceleração. Na média dos últimos 12 meses, o Brasil também teve expansão mais fraca que a de outras nações.
Para Fabio Akira, economista-chefe do JP Morgan no Brasil, a fraqueza da indústria medida pelo PMI reflete, principalmente, o desempenho dos setores exportadores, mais afetados pelo câmbio valorizado. "Isso contribui para uma redução da produção industrial", diz Constantin Jancso, economista do HSBC. O HSBC, em parceria com a consultoria Markit, calcula o Índice de Gerentes de Compras para um grupo de mercados emergentes (conhecido pela sigla EMI, em inglês).
Dados de produção industrial confirmam a debilidade relativa do Brasil. Entre os dez emergentes que estão no G20 (grupo que reúne importantes economias), a produção industrial brasileira em maio só teve desempenho melhor que a da África do Sul (veja mapa). Registrou expansão em relação ao mesmo mês de 2010 de 2,7%, ante 13,3% da China, 5,6% da Índia, 4,1% da Rússia e 6,3% da Argentina.
Segundo o economista Claudio Frischtak, da InterB Consultoria, o real forte prejudica a indústria — mas aumenta o poder aquisitivo da população. Produtos importados estão mais baratos. Porém, no longo prazo, o câmbio valorizado — resultado em parte de juros altos que atraem capitais de fora — limita o crescimento.
Em agosto, o governo deve lançar medidas de estímulo à exportação de produtos manufaturados. Segundo especialistas, incentivos pontuais ajudam setores específicos — mas não atacam a perda de competitividade do setor.
Da Redação do Vermelho, com informações da Folha de S.Paulo
O PMI tenta prever o comportamento da indústria com base em informações como nível de estoques, ritmo de novas encomendas e contratações. Entre as 13 nações emergentes para o qual o índice é calculado, o Brasil foi o único a registrar queda no mês passado, embora outros países tenham exibido tendência de desaceleração. Na média dos últimos 12 meses, o Brasil também teve expansão mais fraca que a de outras nações.
Para Fabio Akira, economista-chefe do JP Morgan no Brasil, a fraqueza da indústria medida pelo PMI reflete, principalmente, o desempenho dos setores exportadores, mais afetados pelo câmbio valorizado. "Isso contribui para uma redução da produção industrial", diz Constantin Jancso, economista do HSBC. O HSBC, em parceria com a consultoria Markit, calcula o Índice de Gerentes de Compras para um grupo de mercados emergentes (conhecido pela sigla EMI, em inglês).
Dados de produção industrial confirmam a debilidade relativa do Brasil. Entre os dez emergentes que estão no G20 (grupo que reúne importantes economias), a produção industrial brasileira em maio só teve desempenho melhor que a da África do Sul (veja mapa). Registrou expansão em relação ao mesmo mês de 2010 de 2,7%, ante 13,3% da China, 5,6% da Índia, 4,1% da Rússia e 6,3% da Argentina.
Segundo o economista Claudio Frischtak, da InterB Consultoria, o real forte prejudica a indústria — mas aumenta o poder aquisitivo da população. Produtos importados estão mais baratos. Porém, no longo prazo, o câmbio valorizado — resultado em parte de juros altos que atraem capitais de fora — limita o crescimento.
Em agosto, o governo deve lançar medidas de estímulo à exportação de produtos manufaturados. Segundo especialistas, incentivos pontuais ajudam setores específicos — mas não atacam a perda de competitividade do setor.
Da Redação do Vermelho, com informações da Folha de S.Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário