Camila Queiroz
Jornalista da ADITAL
Adital
Em carta divulgada hoje (18), a organização humanitária ‘Colombianas e Colombianos pela Paz’ propôs às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ao Exército de Liberação Nacional (ELN) "reiniciar de imediato e de forma fluida por meio do intercâmbio epistolar, a discussão sobre diversas temáticas de transcendência nacional”, como forma de dirimir o conflito armado que se arrasta há décadas na Colômbia.
A publicação da mensagem foi motivada por graves violações aos direitos humanos no país. "Circunstâncias produzidas em consequência do conflito armado geram profundos questionamentos sobre o presente e o futuro que se nos avizinha e nos obrigam a realizar um chamado ético sobre infrações cometidas ao direito humanitário e sobre a necessidade de proteger os direitos fundamentais da população civil”, afirmam.
Os ativistas chamam a atenção para as declarações do Escritório da Alta Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que recentemente denunciou ações bélicas, por parte dos guerrilheiros, em que foram cometidas sérias violações aos direitos humanos.
Frente a isso, Colombianas e Colombianos pela Paz solicita aos guerrilheiros a aplicação, urgente, do direito humanitário, por meio do estabelecimento de normas e mecanismos específicos de regulação ou limitação bélica "para impedir que ocorram novos fatos violatórios e se degrade ainda mais o conflito, rechaçando e condenando claramente todas as práticas inadmissíveis, contrárias aos mais elementares princípios humanitários”.
Além do mais, pedem para ratificar o pacto que as duas organizações guerrilheiras firmaram no final do ano de 2009 para abolir ações que atinjam comunidades do departamento de Arauca. A carta sugere a expansão desse acordo para toda a Colômbia.
Por fim, convocam os guerrilheiros a demonstrar que é possível ter esperança de "não apenas humanizar a guerra, senão alcançar uma interlocução para avançar em sua superação definitiva”.
Colombianas e Colombianos pela Paz expressou ainda "esperança” com as recentes declarações dos grupos guerrilheiros, em que se mostraram dispostos a dialogar sobre uma agenda nacional relativa aos principais problemas sociais (terras, políticas econômicas, sociais e ambientais, direitos políticos e civis etc); valorizar cenários de diálogo "para construir uma saída política”, como a Unasul (União das Nações Sul- Americanas); e respeitar os princípios do Direito Internacional Humanitário.
"Desejamos que por meio desse diálogo epistolar se debatam e assumam decisões conjuntas, respostas e iniciativas que o país necessita e demanda, com a esperança de que estejamos à altura dos desafios que sua dura realidade e história nos põem no presente; e que tantos esforços e sacrifícios pela vida digna das colombianas e colombianos tenham sentido hoje e para as gerações do futuro”, arrematam.
Colombianas e Colombianos pela Paz expressou ainda "esperança” com as recentes declarações dos grupos guerrilheiros, em que se mostraram dispostos a dialogar sobre uma agenda nacional relativa aos principais problemas sociais (terras, políticas econômicas, sociais e ambientais, direitos políticos e civis etc); valorizar cenários de diálogo "para construir uma saída política”, como a Unasul (União das Nações Sul- Americanas); e respeitar os princípios do Direito Internacional Humanitário.
"Desejamos que por meio desse diálogo epistolar se debatam e assumam decisões conjuntas, respostas e iniciativas que o país necessita e demanda, com a esperança de que estejamos à altura dos desafios que sua dura realidade e história nos põem no presente; e que tantos esforços e sacrifícios pela vida digna das colombianas e colombianos tenham sentido hoje e para as gerações do futuro”, arrematam.
Sobre a organização
Colombianas e Colombianos pela Paz atua em negociações com as Farc para obter liberações de detidos, tendo conseguido dezenas delas desde janeiro de 2008.
No último dia 13, segundo informações da TeleSul, a ativista Piedad Córdoba Ruiz, que encabeça a organização, anunciou para o dia 3 de agosto uma provável nova liberação por parte das Forças Armadas Revolucionárias.
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