quarta-feira, 15 de junho de 2011

PSD de Kassab ‘perdeu o charme’ com queda de Palocci, diz Agripino

Alçado ao comando do partido em 15 de março, Agripino avalia que o partido foi vitorioso na crise que derrubou da chefia da Casa Civil o então ministro Antonio Palocci.

PSD de Kassab ‘perdeu o charme’ com queda de Palocci, diz Agripino

Três meses após ter assumido a presidência nacional do DEM, o senador José Agripino Maia (RN) afirmou nesta terça (14) que sua maior vitória até o momento foi ter mantido vivo o Democratas, após a debandada de filiados para o Partido Social Democrático (PSD), criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Para Agripino, o pior momento da sigla “já passou”.

“A nossa grande vitória até aqui é que o partido está mantido. O pior já passou”, disse Agripino.

A assessoria de Kassab e da Prefeitura de São Paulo informou ao G1 que o prefeito não iria se manifestar sobre as declarações do presidente do DEM.

Alçado ao comando do partido em 15 de março, Agripino avalia que o partido foi vitorioso na crise que derrubou da chefia da Casa Civil o então ministro Antonio Palocci. Para o presidente, a atuação dos parlamentares do DEM na Câmara e no Senado verbalizou a insatisfação da sociedade no episódio do enriquecimento do ex-ministro.

“Estamos cumprindo uma bela missão, porque o Democratas tem como verbalizar as coisas, aqueles que estão insatisfeitos precisam se ancorar em alguém que diga que as coisas estão erradas”, argumentou Agripino.

Desde que assumiu o comando do DEM, Agripino vem percorrendo o país para organizar o partido nos lugares onde a debandada de filiados foi mais prejudicial ao partido. Em Santa Catarina, onde o grupo do ex-senador Jorge Bornhausen desembarcou do DEM, Agripino afirma que o partido já está sendo “reconstruído”.

Já em relação ao futuro no comando do DEM, uma vez que o mandato tampão para o qual foi eleito termina em setembro, Agripino afirma que ainda não fez planos, mas está trabalhando para organizar o partido para as eleições municipais de 2012.

Câmara

Na mesma linha de Agripino, o líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto (BA), avalia que o momento mais crítico do partido foi superado: “Tivemos o desafio inicial de garantir a sobrevivência do partido, o partido está de pé e o clima hoje é outro. O partido tem unidade de comando, o partido está oxigenado e está com fôlego”

Sobre o PSD, ACM Neto afirma que o partido tinha como grande interlocutor no governo federal o ex-ministro da Casa Civil. Para o líder do DEM, a queda de Palocci enfraquece o projeto de Kassab: “O PSD estava calçado em Palocci como seu grande interlocutor do governo.”

O líder do DEM lembra que o prefeito de São Paulo, depois do episódio do suposto vazamento de informações do recolhimento de tributos da empresa de Palocci na prefeitura paulista, ficou de fora até de reuniões do governo federal sobre o Mundial de 2014. “Dilma excluiu Kassab da reunião com prefeitos das capitais da copa. Ele foi preterido”, exemplifica ACM Neto.

Senado

O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), analisa que a saída dos “divergentes” do partido fez com que a sigla encontrasse o clima para atuar e se encaixasse novamente: “A gente sempre dizia que o partido se estabilizaria com a saída dos divergentes, que o partido encontraria o rumo.” (VB)

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