Depois da Câmara suspender votação da oposição, executiva nacional do PT deve orientar petistas sobre estratégia a ser adotada
Na contramão da estratégia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o partido da presidenta Dilma Rousseff deve, na prática, lavar as mãos: não produzirá resolução apoiando o ministro, mas também não pedirá sua cabeça em público. A fragilidade cada vez maior de Palocci, no entanto, já alimenta uma disputa fratricida no PT pelo espólio da Casa Civil. Dois nomes são citados para a vaga: Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Paulo Bernardo (Comunicações).
Para queimar Bernardo, grupos que se opõem a ele vazaram a informação de que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pedira a saída de Palocci em um almoço oferecido a Lula, em Brasília, na semana passada. Foi uma tentativa de constrangimento, já que Gleisi é mulher de Bernardo. Ela telefonou para Palocci ontem para desfazer o que chamou de "intriga" com o objetivo de atingir Bernardo. No almoço com Lula, a senadora perguntou ao ex-presidente até que ponto valia "queimar gordura" para defender Palocci por causa de um projeto pessoal do ministro, se ele não dava explicações sobre a evolução do seu patrimônio.
Para queimar Bernardo, grupos que se opõem a ele vazaram a informação de que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pedira a saída de Palocci em um almoço oferecido a Lula, em Brasília, na semana passada. Foi uma tentativa de constrangimento, já que Gleisi é mulher de Bernardo. Ela telefonou para Palocci ontem para desfazer o que chamou de "intriga" com o objetivo de atingir Bernardo. No almoço com Lula, a senadora perguntou ao ex-presidente até que ponto valia "queimar gordura" para defender Palocci por causa de um projeto pessoal do ministro, se ele não dava explicações sobre a evolução do seu patrimônio.
Foto: AE
ACM Neto (DEM-BA) se pronuncia na sessão da Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que aprovou o requerimento do DEM para convocar o ministro Palocci
Votação
Na noite de ontem, o presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS) suspendeu a decisão de convocar o ministro atendendo a um pedido do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), que solicitou no plenário a anulação da votação da Comissão da Agricultura. O argumento de Piau e de outros 30 deputados da base aliada era de que o governo, confiante na orientação das bancadas, desistiu de votar o requerimento.
Para o líder do DEM, deputado ACM Neto (BA), ao presidente da Casa cabia apenas observar a manifestação dos deputados que levantavam a mão ou não na votação. “Quero sustentar veementemente a decisão do presidente da comissão. Ora, se os deputados que gostariam de ter levantado a mão não o fizeram, agora a votação já ocorreu e é um ato jurídico perfeito”, afirmou.
Pego de surpresa pela manobra da oposição, o governo passou o dia tentando anular a convocação do ministro. Em meio ao choque das versões sobre os termos em que ocorreu a votação, a oposição afirmava que o governo perdeu a votação do requerimento do DEM enquanto os governistas asseguravam que a maioria votou contra a convocação de Palocci. (iG, com informações da Agência Estado e Agência Câmara)
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