quinta-feira, 2 de junho de 2011

Periferia europeia busca saídas para pior crise econômica em séculos


crise
O primeiro-ministro George Papandreou conversará com o FMI

A Europa, em crise, busca soluções, seja no sistema financeiro, seja nas urnas, para contornar a pior degradação econômica sofrida nos últimos séculos. Nesta quinta-feira, a Grécia concordou com 6,4 bilhões de euros em novas medidas para reduzir seu deficit em 2011, e visa encerrar até sexta-feira as negociações com inspetores internacionais, disse uma fonte sênior do governo à agência inglesa de notícias Reuters. O primeiro-ministro, George Papandreou, irá apresentar os principais pontos do plano orçamentário de médio prazo ao presidente dos ministros da zona do euro, Jean-Claude Juncker, em reunião na sexta-feira, segundo a fonte.

Gerente da crise, a equipe formada por União Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE), conhecida como troika, está em Atenas desde o início de maio negociando duas coisas: se o governo está qualificado para receber a quarta parcela do pacote de resgate e a sustentabilidade da dívida do país.

– As negociações com a troika devem ser concluídas no fim da quinta-feira ou na sexta-feira. Estamos em um estágio em que a troika está pedindo detalhes sobre várias questões – acrescentou a autoridade, que pediu anonimato.

O plano orçamentário inclui aumentos de impostos e menores isenções tributárias, disse.
– A discussão sobre medidas adicionais de 6,4 bilhões de euros para 2011 foi concluída, os recursos foram encontrados – afirmou.

Aguarda-se uma nova leva de protestos nas ruas das principais capitais gregas, nos próximos dias, em manifestações contra o arrocho salarial exigido pelo FMI.
Portugal vota

Outro país que vive uma profunda crise econômica, Portugal prepara-se para votar. O Partido Social Democrata, de centro-direita, manteve a liderança sobre o governista Partido Socialista em duas pesquisas divulgadas nesta quinta-feira para a eleição de Portugal, abrindo caminho para que forme um governo de maioria com o CDS, de direita, na votação de domingo.

A primeira pesquisa, publicada pelo jornal Diário de Notícias, mostrou que o apoio aos social-democratas se manteve em 36%, enquanto a intenção de voto nos socialistas caiu de 36% para 31%. A outra pesquisa, do Diário Econômico, deu aos social-democratas 38,5% dos votos e 30,1% para os socialistas. Os dois levantamentos indicam que os social-democratas estão em condição de criar uma maioria com o CDS, que obteve 11% e 9,7% nas duas pesquisas.

Tal desfecho para o pleito de domingo pode trazer alívio aos investidores, uma vez que uma maioria forte é crucial para Portugal aprovar medidas de austeridade e reformas que o governo aceitou para receber um pacote de resgate de 78 bilhões de euros da União Europeia e do FMI. A pesquisa do Diário de Notícias, conduzida pela Universidade Católica de Lisboa, entrevistou 3.963 pessoas e tem margem de erro de 1,6%.
A segunda foi realizada pela agência Marktest, com 1.208 entrevistados, e tem margem de erro de 2,82%. (CdB)

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