quinta-feira, 2 de junho de 2011

Fatos em foco


Fritura oficial

As cinco grandes multinacionais da telefonia que operam no Brasil continuam atacando com voracidade o programa federal de Banda Larga: primeiro fizeram o governo Dilma cortar recursos e recuar na implantação da Internet rápida pela Telebrás; agora fritaram, com ajuda do Ministério das Comunicações, a própria diretoria da Telebrás. As empresas privadas estão de olho gordo nos fartos lucros da inclusão digital.

Corrosão salarial

Utilizado para reajuste dos aluguéis, o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) fechou o mês de maio com aumento de 9,77% em relação aos últimos 12 meses. Esse aumento mais os efetivados nos alimentos e nos preços públicos (energia, transportes, telefonia etc) representam uma brutal corrosão nos salários dos trabalhadores. Quem não lutar por reajuste superior a 10% vai pagar a conta em 2011.

Tudo parado – 1

O projeto de lei que institui a Comissão da Verdade, enviado pelo governo Lula ao Congresso Nacional no ano passado, continua dormindo em berço esplêndido – não avança pela vontade da bancada do PT e muito menos pela iniciativa da base aliada. Está claro que a apuração da verdade sobre os crimes praticados pelo Estado durante da Ditadura Militar (1964-1985) não está na agenda do atual governo. Morreu!

Tudo parado – 2

Depois de todo o esforço dos movimentos sociais nas conferências municipais, estaduais e a nacional de Comunicação Social, em 2009, que aprovou 672 propostas para democratizar o sistema vigente, o governo federal prometeu elaborar projetos de lei em consonância com as demandas da sociedade, mas, até o presente momento não avançou em nada concretamente. O Brasil continua sob o domínio do oligopólio midiático inconstitucional!

Algo mais

A sequência de assassinatos no campo, desde Chico Mendes, Irmã Dorothy e de tantos outros trabalhadores, sindicalistas, religiosos, advogados, até as mortes recentes de Adelino Ramos, José Claudio e Maria da Silva, tem provocado comoção pública e forte indignação em boa parte do povo, mas não o suficiente para conter a brutal violência dos algozes. É preciso fazer algo que mude em definitivo o rumo dessa história.

De propósito

No final de maio, o Superior Tribunal de Justiça finalmente notificou um desembargador e dois juízes do Mato Grosso que entre 2003 e 2005 teriam repassado milhões de reais dos cofres públicos para uma Loja Maçônica a que os três pertenciam. Esse processo – como tantos outros – caminha lentamente nos escaninhos do Poder Judiciário, já que o objetivo da corporação é mesmo não julgar e não punir os seus protegidos. Ponto final!

Condenados

Milhares de desabrigados pelas chuvas e removidos por causa das obras dos megaeventos esportivos, no Rio de Janeiro, continuam sem teto e sem a proteção do poder público. O governo estadual tem transferido alguns para moradias do programa federal Minha Casa Minha Vida localizadas até 70 quilômetros de onde moravam, em conjuntos já dominados por milícias e que apresentam rachaduras na construção. É o fim da picada!

Dívida estatal

Ao denunciar os recentes crimes praticados contra camponeses, o bispo emérito de São Felix do Araguaia (MT), Dom Pedro Casaldáliga criticou o papel do Estado brasileiro (Folha de S. Paulo em 31.05.2011): “O Estado continua omisso frente a tres grandes dívidas: a reforma agrária, a política indigenista e a política doméstica e ecológica do consumo interno”. Todos são vítimas da ganância do agronegócio!

Conciliação

No dia 26 de maio, em ato solene, os presidentes da CUT, da Força Sindical e da poderosa FIESP divulgaram nota sob o título “Um acordo pela indústria brasileira”, na qual enaltecem o “grande momento econômico e social” vivido pelo Brasil, fazem juras em defesa de um genérico “desenvolvimento” e de uma “indústria forte”, e anunciam a promoção conjunta do seminário “O Brasil do Diálogo, da Produção e do Emprego”. Sem comentários!

Fonte: Hamilton Otávio de Sousa - CdB

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