sexta-feira, 10 de junho de 2011

Bahia: Oposição aposta em decisão no 1º turno

Embora as executivas municipais dos partidos já tenham evidenciado a tendência de lançarem candidaturas próprias nas eleições de 2012, embolando o quadro da disputa tanto no lado do governo, quanto na ala da oposição, há quem aposte na estratégia de definição do pleito para prefeitura de Salvador ainda no primeiro turno. 

Em conversa ontem com a Tribuna, o deputado federal Antonio Imbassahy, forte liderança do PSDB baiano e ex-prefeito da cidade, revelou a possibilidade de uma “eleição plebiscitária”, ou seja, sendo definida já na primeira etapa, entre um postulante que saia da aliança entre o PSDB, DEM, PMDB e PPS e outro da composição do governo, apoiado pelo atual prefeito João Henrique (PP). 

 Segundo Imbassahy, a disputa deve ser polarizada, o que pode favorecer a força contrária. Ele defende que a oposição amadureça e siga na briga com apenas um candidato. “Na verdade, nós temos muito a avançar com essa aliança que faz oposição ao governo.

No momento certo teremos uma candidatura que reúna as forças do PSDB, DEM, PMDB e PPS e vamos com tudo para ganharmos”, disse Imbassahy, em tom de entusiasmo. 

Ele reforçou que o grupo tem analisado um projeto único para Salvador. “Queremos um prefeito que, mais do que ser eleito, coloque Salvador na situação que ela merece”, defendeu.

Questionado sobre a determinação da executiva do PSDB que definiu a necessidade de o partido ter um candidato, o tucano minimizou: “Todos os presidentes dizem isso para valorização do partido, mas todo nosso entendimento é de evoluírmos no lançamento de um único candidato que nos dê condições de saírmos com vitória”, enfatizou. Perguntado ainda se ele seria o nome a ser escolhido, Imbassahy esquivou-se: “No momento certo teremos um candidato”, disse.

Nos bastidores políticos, cogita-se uma chapa encabeçada pelo deputado federal, ACM Neto (DEM) e pelo próprio Imbassahy, considerados fortes no cenário municipal. Rumores apontam que esse seria o temor do governo que reconhece a força dos dois. Caso o quadro se configure, é certo que a briga tornaria mais complexa para a base que pode chegar fragmentada com várias candidaturas.

Em contrapartida, o presidente estadual do PSDB, Sérgio Passos, declarou anteontem à Tribuna que um partido com forte representatividade nacional, não pode ficar à margem do processo eleitoral. “Vamos trabalhar para lançarmos candidatos na capital e nas grandes cidades do interior e nas pequenas de porte o máximo possível”. (Lilian Machado - TB)

Nenhum comentário:

Postar um comentário