Para revista britânica, a nomeação feita pela presidenta da senadora novata para a Casa Civil é "corajosa", mas "arriscada"
A revista britânica The Economist destacou hoje a saída de Antonio Palocci (PT-SP) da Casa Civil e classificou a escolha da presidenta Dilma Rousseff pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para o cargo como "corajosa" e "arriscada". Em sua edição online, a revista publicou que a opção de Dilma é uma tentativa de recuperar a imagem do governo.
"Ao substituí-lo (Palocci) com rapidez, ela (Dilma) tentou limitar os danos. Sua escolha por Gleisi Hoffmann, uma senadora recém-eleita pelo Trabalhadores Partido (PT), como sua nova chefe de equipe é uma tentativa corajosa, mas arriscada, de recuperar a iniciativa política", afirma a reportagem.
A publicação destaca que, ao contrário de Palocci, que tinha "laços estreitos com Luiz Inácio Lula da Silva", Gleisi Hoffmann não deve lealdade a ninguém, a não ser para a presidenta. "A nomeação mostra a Lula, ao PT e a cada ministro do governo que a presidenta tem coragem de exercer seu poder e fazer suas próprias escolhas", diz o analista político Alberto Almeida, entrevistado pela The Economist.
Segundo a reportagem, Palocci havia sido indicado por Dilma com o objetivo de mostrar aos investidores que o novo governo poderia ser confiável. O ex-ministro da Casa Civil também tinha o papel de articulador político para "manter a coalizão" em torno do governo. Os próprios parceiros de coligação, no entanto, "se aproveitaram dos problemas de Palocci para pressionar por concessões", facilitando o trabalho da oposição.
A teoria agora, segundo a revista, é de que Dilma comece a agir mais como Lula. A publicação lembrou uma entrevista concedida pelo ex-presidente em setembro de 2010, quando ele disse que quem for eleito nas eleições de outubro "deve fazer política". "Parece que Dilma Rousseff tomou esse conselho. Ela agora tem que mostrar que pode ser sua própria articuladora política", conclui a reportagem. (VoteBrasil)
"Ao substituí-lo (Palocci) com rapidez, ela (Dilma) tentou limitar os danos. Sua escolha por Gleisi Hoffmann, uma senadora recém-eleita pelo Trabalhadores Partido (PT), como sua nova chefe de equipe é uma tentativa corajosa, mas arriscada, de recuperar a iniciativa política", afirma a reportagem.
A publicação destaca que, ao contrário de Palocci, que tinha "laços estreitos com Luiz Inácio Lula da Silva", Gleisi Hoffmann não deve lealdade a ninguém, a não ser para a presidenta. "A nomeação mostra a Lula, ao PT e a cada ministro do governo que a presidenta tem coragem de exercer seu poder e fazer suas próprias escolhas", diz o analista político Alberto Almeida, entrevistado pela The Economist.
Segundo a reportagem, Palocci havia sido indicado por Dilma com o objetivo de mostrar aos investidores que o novo governo poderia ser confiável. O ex-ministro da Casa Civil também tinha o papel de articulador político para "manter a coalizão" em torno do governo. Os próprios parceiros de coligação, no entanto, "se aproveitaram dos problemas de Palocci para pressionar por concessões", facilitando o trabalho da oposição.
A teoria agora, segundo a revista, é de que Dilma comece a agir mais como Lula. A publicação lembrou uma entrevista concedida pelo ex-presidente em setembro de 2010, quando ele disse que quem for eleito nas eleições de outubro "deve fazer política". "Parece que Dilma Rousseff tomou esse conselho. Ela agora tem que mostrar que pode ser sua própria articuladora política", conclui a reportagem. (VoteBrasil)
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