Indicação do líder do governo é dificultada por racha na bancada; nome de Ideli Salvatti é outra alternativa
Depois de travarem uma batalha nos bastidores, lideranças do PT na Câmara se reúnem hoje para tentar um entendimento sobre o substituto de Luiz Sérgio no Ministério das Relações Institucionais. Como a coluna Poder Online informou, o ministro decidiu entregar o cargo.
Participam da conversa os dois grupos antagônicos da bancada do PT. De um lado o líder Paulo Teixeira (PT-SP) e presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Do outro, o líder do governo na Casa, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Do encontro pode sair um acordo para que Vaccarezza ceda a vaga de líder do governo para Arlindo Chinaglia (PT-SP) ou Pepe Vargas (PT-RS). Em troca, Vaccarezza ganharia apoio de toda a bancada para ser o novo ministro das Relações Institucionais.
Outra alternativa à mesa de negociação é a indicação de Ideli Salvatti, atual ministra da Pesca, para a pasta de Relações Institucionais, deixando os mesmos personagens no resto do tabuleiro da articulação política. Seu nome aparece nas articulações desde o início da semana. O PMDB também tem simpatia por ela.
Como líder do governo, Vaccarezza acumulou uma série de desentendimentos com aliados e petistas. A ida para o ministério seria uma saída honrosa. Nas últimas horas, ele pediu apoio do PMDB para assumir o cargo. Teve encontros com os senadores José Sarney (AP) , presidente do Senado, e Renan Calheiros (AL), líder do PMDB.
Restrições a Chinaglia
O grupo de Vaccarezza prefere Vargas e tem sérias restrições a Chinaglia, que já foi presidente da Câmara e é ligado à corrente interna Movimento PT. Ele tentou voltar ao cargo este ano e foi pré-candidato dentro da bancada do PT. Minutos antes da votação, no entanto, Chinaglia desistiu de concorrer e apoiou Marco Maia. Isso acabou sendo decisivo para a derrota de Vaccarezza.
A reunião entre Maia, Vaccarezza e Teixeira não visa apenas definir um substituto de Luiz Sérgio.O principal objetivo é acabar com os desentendimentos que tiveram origem ainda na eleição do presidente da Câmara.
Na disputa para definir o nome da bancada, Maia derrotou Vaccarezza, que transformou a liderança do governo na sua trincheira.
Para um representante ligado a Marco Maia, Vaccarezza “precisa entender que a eleição para presidente da Câmara acabou” e que houve um rearranjo de forças na bancada. Em resumo, o grupo que comandou a bancada durante oito anos perdeu força.
Sem poder junto à presidenta Dilma Rousseff e muito próximo do grupo de Vaccarezza, Luiz Sérgio acabou se inviabilizando nas Relações Institucionais. Ele sofria também com o tamanho da força do então ministro Antonio Palocci na Casa Civil.
Oficialmente, petistas de diferentes alas têm saído em defesa de Luiz Sérgio. O argumento maior é que ele não teve chance de mostrar seu trabalho. “Ele não chegou a ser ministro na verdade”, afirmou, na quarta-feira, o presidente nacional do PT, Rui Falcão.
Fonte: Adriano Ceolin e Danilo Fariello - iG
Participam da conversa os dois grupos antagônicos da bancada do PT. De um lado o líder Paulo Teixeira (PT-SP) e presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Do outro, o líder do governo na Casa, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Do encontro pode sair um acordo para que Vaccarezza ceda a vaga de líder do governo para Arlindo Chinaglia (PT-SP) ou Pepe Vargas (PT-RS). Em troca, Vaccarezza ganharia apoio de toda a bancada para ser o novo ministro das Relações Institucionais.
Outra alternativa à mesa de negociação é a indicação de Ideli Salvatti, atual ministra da Pesca, para a pasta de Relações Institucionais, deixando os mesmos personagens no resto do tabuleiro da articulação política. Seu nome aparece nas articulações desde o início da semana. O PMDB também tem simpatia por ela.
Como líder do governo, Vaccarezza acumulou uma série de desentendimentos com aliados e petistas. A ida para o ministério seria uma saída honrosa. Nas últimas horas, ele pediu apoio do PMDB para assumir o cargo. Teve encontros com os senadores José Sarney (AP) , presidente do Senado, e Renan Calheiros (AL), líder do PMDB.
Restrições a Chinaglia
O grupo de Vaccarezza prefere Vargas e tem sérias restrições a Chinaglia, que já foi presidente da Câmara e é ligado à corrente interna Movimento PT. Ele tentou voltar ao cargo este ano e foi pré-candidato dentro da bancada do PT. Minutos antes da votação, no entanto, Chinaglia desistiu de concorrer e apoiou Marco Maia. Isso acabou sendo decisivo para a derrota de Vaccarezza.
Foto: Futurapress
Ideli, que esteve com Dilma hoje, durante visita da presidenta a Blumenau, também é cotada para Relações Institucionais
A reunião entre Maia, Vaccarezza e Teixeira não visa apenas definir um substituto de Luiz Sérgio.O principal objetivo é acabar com os desentendimentos que tiveram origem ainda na eleição do presidente da Câmara.
Na disputa para definir o nome da bancada, Maia derrotou Vaccarezza, que transformou a liderança do governo na sua trincheira.
Para um representante ligado a Marco Maia, Vaccarezza “precisa entender que a eleição para presidente da Câmara acabou” e que houve um rearranjo de forças na bancada. Em resumo, o grupo que comandou a bancada durante oito anos perdeu força.
Sem poder junto à presidenta Dilma Rousseff e muito próximo do grupo de Vaccarezza, Luiz Sérgio acabou se inviabilizando nas Relações Institucionais. Ele sofria também com o tamanho da força do então ministro Antonio Palocci na Casa Civil.
Oficialmente, petistas de diferentes alas têm saído em defesa de Luiz Sérgio. O argumento maior é que ele não teve chance de mostrar seu trabalho. “Ele não chegou a ser ministro na verdade”, afirmou, na quarta-feira, o presidente nacional do PT, Rui Falcão.
Fonte: Adriano Ceolin e Danilo Fariello - iG
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