Pura safadeza
Na tentativa de inibir a nova onda de assaltos aos caixas eletrônicos, os bancos decidiram manchar as notas de Real com tinta não removível. Destruir a moeda nacional é crime – agora legalmente praticado pelos bancos. Mais grave ainda: os bancos não assumem a responsabilidade pelos danos causados e repassam os prejuízos aos clientes, que precisam se virar para trocar as notas manchadas fornecidas nos próprios caixas eletrônicos.
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Reação popular
Já que o Banco Central deu razão aos bancos – contra o povo –, a melhor opção para não ficar com o mico, nem ter de registrar B.O. e provar inocência em relação ao dinheiro manchado, é só fazer saques na boca do caixa, conferir o dinheiro na frente do funcionário, não usar mais o caixa eletrônico e exigir que as filas não demorem mais de 15 minutos. Assim os bancos terão de contratar novos funcionários.
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Violência brutal
Não é de hoje que os grileiros do Mato Grosso do Sul atacam os povos indígenas para tomar conta das terras e reservas federais. No dia 3 de junho, jagunços contratados pelos grileiros atacaram com pedras e coquetéis molotov um ônibus escolar com 30 estudantes, que voltava da cidade de Miranda para a Terra Indígena Cachoerinha, do povo terena. Quatro jovens sofreram queimaduras. A polícia local não está nem aí com a apuração do crime.
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Inconformismo
Nem bem havia sido concluída a apuração da eleição presidencial no Peru, com a vitória de Ollanta Humala, a mídia conservadora da América Latina – controlada por oligarquias subordinadas ao imperialismo dos Estados Unidos – já iniciava um jogo sujo de intrigas envolvendo possíveis conflitos de fronteira entre Chile, Bolívia, Colômbia e Peru. Se depender dessa mídia, a guerra começa imediatamente!
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Democratização
Com a participação de representantes dos movimentos sociais, entidades profissionais e de parlamentares, foi constituída, dia 30 de maio, a Frente Ampla pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação Estadual do Rio de Janeiro, que vai coordenar as lutas pela democratização da comunicação. O primeiro ato já está marcado: será a Marcha da Liberdade, dia 18 de junho, às 14 horas, na praia de Ipanema.
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Abuso total
Ao mesmo tempo em que entidades de direitos humanos de vários países da América Latina recorrem à OEA para pedir proteção aos povos indígenas ameaçados pela hidrelétrica de Belo Monte, o Ministério Público Federal entope o Judiciário do Pará de ações contra as obras da usina. A desmoralização do Ibama é total: o órgão concedeu licença sem que tenham sido cumpridas 60% das condições previamente estabelecidas. Uma vergonha!
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Atenção geral
De março para abril, a dívida pública federal saltou de R$ 1,69 trilhão para R$ 1,73 trilhão, com o acréscimo em um único mês de R$ 39,63 bilhões – dos quais R$ 14,31 bilhões decorrem de correção de juros. Também está em estado de atenção a dívida externa dos bancos brasileiros, que pulou de 63 bilhões de dólares, em dezembro de 2009, para 122 bilhões de dólares em março deste ano. Estamos navegando no mundo dos papéis!
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Videonovela
Parece novela, mas não é: tem mais de dez anos a polêmica travada entre clientes do sistema de TV paga e as empresas concessionárias desse serviço público – em torno da cobrança ou não de pontos extras dentro de um mesmo domicílio. Mais uma vez a Anatel, agência nitidamente empresarial, autorizou a cobrança, mas os órgãos de defesa do consumidor – Procon e Idec – prometem novas ações judiciais. A ganância é a mãe da exploração!
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Sem alternativa
A presidenta Dilma ficou sem alternativa no caso Palocci: só mesmo a demissão do ministro da Casa Civil pode conter o crescente desgaste político do governo; de outro lado, se o ministro revelar o que fez realmente para faturar R$ 20 milhões em 2010, corre o risco de se auto-incriminar, com mais danos para o governo. Como diz a gíria, é sinuca de bico. O menor dos males é continuar o governo sem o Palocci.
Fonte: Hamilton Octavio de Souza - Brasil de Fato
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